quinta-feira, 29 de julho de 2010

IRLANDA DO NORTE

A Irlanda do Norte é uma parte da Irlanda, especificamente do Ulster, integrada ao Reino Unido, situado na parte nordeste da ilha da Irlanda.


Faz fronteira ao norte e a nordeste com o canal do Norte, a sudeste com o mar da Irlanda e ao sul e a oeste com a República da Irlanda. Tem 14.148 km2 de superfície.


A beleza da Irlanda do Norte está entrelaçada com acontecimentos históricos trágicos, cultura muito rica e a famosa simpatia do seu povo.

As suas montanhas escarpadas e selvagens, esplêndidos lagos e uma vasta linha costeira, são ideais para os entusiastas dos desportos aquáticos, caminhantes, ciclistas, escaladores e marinheiros.
Também existem inúmeras oportunidades para manter entretidos os amantes da cultura.

De exuberantes festivais gastronômicos de Ostras, a autênticas feiras de cavalos, e de Castelos seculares a elegantes Mansões, esta magnífica parte da Irlanda está recheada de coisas para fazer.


Os seis condados de Antrim, Armagh, Down, Fermanagh, Londonderry e Tyrone estão sempre à nossa espera para serem explorados.


A Irlanda do Norte tem tudo.

Além da sua herança histórica, dos cenários esplendorosos, das cidades vibrantes com lojas, vida noturna e festivais, desfruta também de atividades ao ar livre, comida fabulosa e refúgios de beleza natural onde se pode relaxar, descansar e recarregar as baterias.


Muita coisa aconteceu nos últimos anos e não há qualquer dúvida que a dinâmica vida noturna de Belfast, os bares modernos, os pubs tradicionais e restaurante de boa comida, são uma fonte de atração para jovens e menos jovens.


Um dos sinais da renovação da cidade é o crescimento do número de quartos de hotel: triplicou nos últimos cinco anos.



Fora das cidades está um mundo à parte cheio de campos verdes, com quintas e aldeias ligadas por pequenas estradas.


E de acordo com um relatório da ONU, A Irlanda do Norte tem a segunda taxa de crime mais baixa do 1º mundo, apenas o Japão é mais seguro para os turistas.


A nível de tamanho a Irlanda do Norte é pequena.
No que diz respeito à variedade de paisagem, o país parece maior do que é. Montanhas, vales estreitos, charnecas cintilantes, tudo junto numa harmonia perfeita.

História da Irlanda do Norte


A área agora conhecida como Irlanda do Norte teve uma história complexa. Foi a pedra fundamental do nacionalismo irlandês na era das ocupações da rainha Isabel I e de Jaime I em outras partes da Irlanda, se tornou o principal aglomerado de acampamentos escoceses depois do Flight of the Earls (quando o governo escocês nativo, os militares nacionalistas e a elite deixaram a Escócia em massa).


Hoje, a Irlanda do Norte passa por uma variedade grande de rivalidades entre comunidades, representadas em Belfast pela bandeira tricolor do republicanismo Irlandês ou a Union Flag, o símbolo da sua identidade britânica, enquanto os kerbstones em áreas de menor influência pintam bandeiras verde/branco/laranja ou vermelho/branco/azul, dependendo se a comunidade local é simpática aos nacionalistas/republicanos ou aos unionistas.


Unionistas costumam chamar a Irlanda do Norte de "Ulster" ou de "a Província"; os nacionalistas costumam usar os termos "o Norte da Irlanda" ou "os Seis Condados".


Ultimamente o termo Ulster tem sido muito utilizado pelos republicanos, pois desta forma tratam da Irlanda do Norte como uma região da Irlanda. O Ulster formou uma das províncias históricas da ilha da Irlanda e consiste de 9 condados. Três desses agora são parte da República da Irlanda.

A Irlanda do Norte é uma entidade complexa, dividida entre duas comunidades culturais distintas, os Unionistas e os Nacionalistas Irlandeses.

Ambas as comunidades são freqüentemente descritas em função de suas ligações religiosas predominantes; os unionistas são predominantemente Protestantes (entre os quais a fé a maior delas é a do Presbiterianismo, e a segunda, em termos de número de adeptos e a Igreja da Irlanda, enquanto os nacionalistas são predominantemente Católicos.


Entretanto, ao contrário da crença comum, não são todos os católicos que apoiam necessariamente o nacionalismo, com a mesma regra valendo para os Protestantes em relação ao Unionismo.


Uma vez estabelecido no Ato de Governo da Irlanda de 1920, a Irlanda do Norte foi estruturada geograficamente para ter maioria unionista, que temem por seu destino se ocorresse a unificação das Irlandas.

Porém, a população católica vêm crescendo em porcentagem dentro da Irlanda do Norte, enquanto a população protestante vêm diminuindo.


A história da Irlanda remonta ao século IV a.C., quando tribos celtas de origem gaulesa se estabelecem na ilha e fundam uma civilização gaélica.

O cristianismo é introduzido por São Patrício no século V.


Devastada pelos vikings no século VIII, a Irlanda divide-se em vários principados rivais, o que facilita a ocupação anglo-normanda em 1166.
O rei Henrique VIII consolida a dominação inglesa sobre a ilha em 1542 e introduz o protestantismo.
No reinado de Elizabeth I, os católicos começam a ser excluídos da vida pública.
Nos séculos XVI e XVII, os irlandeses são despojados de suas terras, que se tornam propriedade de colonos ingleses.
Ainda no século XVII, imigrantes protestantes, vindos principalmente da Escócia, colonizam grande parte do norte do país, o chamado Ulster.


Em 1801, a Irlanda é integrada ao Reino Unido. Em meados do século XIX, a nação é assolada por uma grande onda de fome, que mata mais de 1 milhão de pessoas e leva 2 milhões a imigrar, a maioria para os EUA.


A Irlanda do Norte esteve coberta por uma camada de gelo durante quase toda a última era do gelo e em inúmeras ocasiões anteriores.
O legado dessas épocas pode ser visto na extensa cobertura de drumlins nos condados de Fermanagh, Armagh, Antrim e particularmente Down.

O marco central da geografia da Irlanda do Norte é o lago Neaghm, que com 392km² de área configura-se no maior dos lagos de água fresca das ilhas britânicas.

Um segundo sistema de lagos bastante extenso é formado pelos lagos Erne Superior e Inferior, em Fermanagh.
Existem muitos planaltos nas montanhas Sperrin (uma extensão do dobramento Caledônio) com grandes reservas de ouro, granito (Montanhas Mourne) e basalto (platô Antrim), assim como, em menor escala, no sul de Armagh e ao longo da fronteira Fermanagh-Tyrone.
O ponto mais alto é Slieve Donard, em Mournes, com 848m. A atividade vulcânica que criou o platô de Antrim também formou os pilares eerily geométricos do Causeway do Gigante.
Os rios Bann, Foyle e Blackwater formam planícies férteis, com um excelente solo arável encontrado também no norte e no sudeste, embora a maior parte das terras montanhosas sejam marginais e apropriadas para husbandry de animais.
O vale do rio lagan é dominado por Belfast, cuja área metropolitana inclui mais de um terço da população da Irlanda do Norte, com grande urbanização e industrialização pesada ao longo do vale Lagan e às margens do lago Belfast.
Todo o país tem clima temperado marítimo, mais úmido a oeste que a leste, embora a cobertura das nuvens seja persistente nessa região.
O tempo é imprevisível em todas as épocas do ano, e apesar de as estações do ano serem distinguíveis, elas são consideravelmente menos pronunciadas que no interior da Europa ou na costa leste da América do Norte.
A média temperatura máxima durante o dia em Belfast é 6,5ºC em janeiro e 17,5ºC em julho.
A umidade do clima e o grande desflorestamento nos séculos XVI e XVII produziram na maior parte da região uma cobertura de ricos e verdes gramados.
Maior temperatura registrada: 30,8ºC em Knockarevan, perto de Belleek Menor temperatura registrada: -17,5ºC em Magherally, perto de Banbridge.

Um ato do governo local da Irlanda aprovado pelo parlamento do Reino Unido em 1898 (Local Government Act 1898 - 61 & 62 Vict. c. 37) foi o marco inicial para o estabelecimentos de um sistema de governo local na Irlanda (similar ao que fora criado na Grã-Bretanha) e a formação dos condados administrativos e seus estatutos em toda a ilha.
Os seis condados administrativos estabelecidos no local da atual Irlanda do Norte, correspodiam exatamente aos condados tradicionais existentes na época.
Duas cidades com estatuto de condado (county boroughs), Belfast e Derry também foram criadas.
No início do século XX, toda a ilha da Irlanda ainda pertencia ao Reino Unido.
Por diversas vezes os irlandeses discutiram e lutaram pela independência. Finalmente, em 6 de dezembro de 1921, o Tratado Anglo-Irlandês foi assinado.
Nos seus termos, a Irlanda tornou-se um país independente pertencente a comunidade britânica (dominion status), embora tenha sido permitida aos 6 condados do norte de maioria protestante, tomar sua própria decisão.
O novo país passou a se chamar Estado Livre da Irlanda (inglês: Irish Free State, gaélico: Saorstát Éireann).
Em 12 de dezembro de 1922, os seis condados do norte (atual Irlanda do Norte) votaram e decidiram reverter ao Reino Unido.

A separação da Irlanda do Norte da República da Irlanda, dividiu a província histórica do Ulster em duas partes: A maior (com 6 condados na época da separação) é a atual Irlanda do Norte e a menor (3 condados), é atualmente duas partes descontínuas da República da Irlanda.
Por conta disto, a Irlanda do Norte é freqüentemente mencionada como Ulster ou província do Reino Unido, estes termos podem causar confusão, uma vez que uma parte da província histórica do Ulster faz parte da República da Irlanda.
O padrão atual de governo local da Irlanda do Norte, com 26 distritos, foi estabelecido em 1973 por 2 atos do governo local da Irlanda do Norte aprovado pelo parlamento do Reino Unido em 1971 e 1972. Este padrão substituiu o sistema de condados administrativos estabelecidos em 1898.

Condados da Irlanda do Norte
Os seis condados tradicionais e antigos condados administrativos da Irlanda do Norte são:
Condado de Fermanagh
Condado de Tyrone
Condado de Derry (ou Londonderry)
Condado de Antrim
Condado de Down
Condado de Armagh
Para fins administrativos, existiam ainda as cidades com estatuto de condado (county-borough), Belfast e Derry.
Os condados administrativos não são mais usados para quaisquer fins de governo local ou administração e continuam sendo usados apenas para alguns fins específicos. Para fins administrativos foram criados em 1973, 26 distritos.

Distritos da Irlanda do Norte
Os 26 distritos da Irlanda do Norte são:
1. Antrim
2. Ards
3. Armagh
4. Ballymena
5. Ballymoney
6. Banbridge
7. Belfast
8. Carrickfergus
9. Castlereagh
10. Coleraine
11. Cookstown
12. Craigavon
13. Derry
14. Down
15. Dungannon e South Tyrone
16. Fermanagh
17. Larne
18. Limavady
19. Lisburn
20. Magherafelt
21. Moyle
22. Newry e Mourne
23. Newtownabbey
24. North Down
25. Omagh
26. Strabane

Os limites territoriais dos distritos, não guardam qualquer relação com os limites dos antigos condados, não sendo, portanto, possível subdividir os condados em distritos.

domingo, 18 de julho de 2010

UMA VIAGEM À IRLANDA

A ilha da Irlanda tem uma extensão de mais 84 421 km², dos quais cinco sextos pertencem á República da Irlanda, constituindo o restante a Irlanda do Norte.
É banhada a oeste pelo oceano Atlântico, a nordeste pelo canal do Norte, a leste pelo mar da Irlanda e a sudeste e sul pelo canal de São Jorge e pelo mar Céltico.
A costa ocidental da Irlanda consiste principalmente de arribas, colinas e montanhas baixas (o ponto mais elevado é o Carrauntoohil, com 1 041 m).
O interior do país é predominantemente composto por terras agrícolas relativamente planas, atravessadas por rios como o Shannon e ponteado por vários lagos grandes, os loughs.
O centro do país faz parte da bacia hidrográfica do rio Shannon, e contém grandes áreas de paul, usados para a produção de turfa.
O clima temperado da ilha é modificado pela corrente do Atlântico Norte e é relativamente suave. Os verões raramente são muito quentes, mas é raro fazer muito frio no inverno.
A precipitação é muito comum, com até 275 dias de chuva por ano em algumas partes do país.
As cidades principais são a capital, Dublin, na costa oriental, Cork no sul, Galway e Limerick na costa ocidental e Waterford na costa sudeste .

Principais Cidades

Dublin
Dublin deve seu nome à palavra Dub Linn, ou seja, lagoa negra. Nessa porção de água, formada quase na foz do rio Liffey, os celtas tinham um santuário religioso. Essa posição estratégica voltada para o canal entre as ilhas britânicas foi tomada pelos vikings no século 8 e, depois de muita briga, os mesmos acabaram expulsos pelos celtas.
O alívio não durou muito, porque uns poucos séculos depois aportaram os normandos. Dessa mistura (sobretudo dos vikings) é que vem o cabelo vermelho dos dublinenses, a cultura dos pubs e provavelmente a simpatia, o que você pode ser comprovado, conhecendo-se um entre os mais de um milhão de moradores.
Dublin é a capital da República Irlandesa, com seus 500mil habitantes é a cidade mais povoada da Irlanda, apesar de ser o país menos populoso de toda a Europa. A cidade situada na bacia do Rio Liffey é detentora do porto mais importante da região, além de ser grande produtora de cerveja, eletrônica, mecânica e destilados. O que faz de Dublin o centro econômico e político Irlandês.
Um bom período para se visitar a cidade seria durante o verão. (Apesar de que o nome “verão” indica apenas a época do ano. Dublin é conhecida por haver as 4 estações no mesmo dia! Chove, faz sol, faz frio e faz calor. Quer dizer, calorzinho…)

Clima

Janeiro – máxima de 8º C e mínima de 3º C
Fevereiro – máxima de 8º C e mínima de 3º C
Marco – máxima de 9º C e mínima de 3º C
Abril – máxima de 12º C e mínima de 4º C
Maio – máxima de 14º C e mínima de 7º C
Junho – máxima de 17º C e mínima de 9º C
Julho – máxima de 19º C e mínima de 12º C
Agosto – máxima de 19º C e mínima de 11º C
Setembro – máxima de 17º C e mínima de 9º C
Outubro – máxima de 14º C e mínima de 8º C
Novembro – máxima de 10º C e mínima de 4º C
Dezembro – máxima de 8º C e mínima de 3º C


A cidade é extremamente cosmopolita, deixando a impressão que existem mais estrangeiros que irlandeses pelas ruas. Talvez por isso, os cidadãos dublinenses sejam tão receptivos aos turistas.
A cidade tem uma vida noturna muito agitada e famosa por seus pubs regados a música tradicional irlandesa e muita cerveja Guinness. O primeiro lugar a se conhecer é sem dúvida o Temple Bar, e depois se pode esticar em uma disco nas proximidades da O’Connel Street e Grafton Street.
Durante o dia, um passeio aos parques públicos é aconselhável. Destaque para o Stephen’s Green e para o maior parque urbano da Europa, o Phoenix Park. Dublin é uma cidade para se passar pelo menos 4 dias em uma viagem à Irlanda.


Pontos Turísticos
Temple Bar
Grafton street
Merrion Square
Parnell Square
O’Connell Street
Trinity College
Dublin castle
Catedral de St. Patrick
Guinness Storehouse
Centro Cultural James Joyce
Fontana Anna Livia Millenium
Parque St. Stephen’s Green
Jardins Iveagh
National Botanic Garden
Phoenix Park


Cork
Situada na região sudeste da ilha, Cork é a segunda cidade da república da Irlanda, depois de Dublin, da qual sempre tentou manter uma certa independência. A zona mais importante e interessante da cidade é o bairro de Quays, que desde os tempos de primeiro crescimento (cerca de 1500 anos atrás), representa o coração cultural e comercial de Cork. O clima é levemente mais agradável que no resto da Irlanda, graças à sua posição meridional e a proximidade com o mar. A cidade sempre representou o principal centro do Movimento Feniano, por isso é também o segundo centro político da Irlanda.


Principais Pontos Turísticos
Castelo Bernard
Castelo Blarney
Monasterio castlemartyr carmelite
Local de nascimento de Michael Collins
Catedral Cobh
Catedral St. Finbarr
Ruínas Timoleague Franciscan
Ponte Trinity
Castelo Connagh
Castelo Desmond
Forte James
Drombeg Stone Circle
Temblerbryan Stone Circle


Galway
Situada no lado oceanico da ilha, Galway é a cidade mais importante da Irlanda ocidental. Uma cidade que vive basicamete da pesca e da Industria. Muito simpática, mas com poucas atrações turísticas dentro da cidade.
Geralmente os turistas que visitam Galway fazem os passeios nas ilhotas e penhascos próximos a cidade.
Com um clima chuvoso na maior parte do ano e paisagens exuberantes, Galway é um ponto crucial da ilha pra quem gosta de Natureza bela e virgem!!!
Um passeio imperdível em viagem Irlanda, é o Cliffs Of Moher! Uma das paisagens mais belas que já vi!


Principais Pontos Turísticos
Praça Eyre
Muros da cidade Medieval
Kirwan’s Lane
Castelo Lynch
Galway Arts Centre
Arco Espanhol
Catedral de Galway
Ilas Aran
Hill of Doon
Castelo Ross
Ciff’s of Moher


Kilkenny
Situado às margens do rio Nore, no sudeste da Irlanda, Kilkenny é uma das cidades históricas mais importantes da república, aliás uma das mais belas pra se visitar. Caracterizada por um clima mais agradável que no resto do país, a cidade de origens antiguíssimas, viveu o seu maior esplendor nos anos de 1300, quando o seu castel hospitava o Parlamento. É um centro turístico importante, famoso por sua produção de uma excelente cerveja. Não se pode perder em uma viagem irlanda.


Principais Pontos Turísticos
Black Abbey
Castelo Kilkenny
Castelo Yard
Castelo Grace
National Craft Gallery
Casa Rothe
Casa Shee Alms
Catedral St. Canice
Cervejaria St. Francis Abbey
St. Kieran’s college
The Thosel
Teatro Watergate
Woodstock Garden
Parque Castlecomer
Parque Jenkistown
The watergarden


Limerick
Limerick é por população e importância, a terceira cidade da Irlanda e se encontra às margens do rio Shannon, o maior rio da ilha. A cidade é constituída de uma parte antiga, chamada de Irishtown, e da parte nova, Newton. Centro de ataques dos nacionalistas irlandeses e centro religioso da população católica do país.
É aconselhável visitá-la apenas no período de verão, pois durante o resto do ano, a cidade é muito fria e chuvosa.


Principais Pontos Turísticos
Catedral st Mary
Castelo King John
Area do castelo Lane
Limerick Museum
Belltable Arts Centre
Parque Arthur’s Quay
Parque temático Celta
Lough Gur
Castelo Matrix
Castelo Glin


Malahide
Malahide é uma cidade turística do litoral irlandes, a 16km ao norte de Dublin, famoso pelo belíssimo Castelo de Malahide, a vila portuária, a praia pitoresca, as pequenas ilhas em torno e às atrações turísticas (diversos pubs e restaurantes para todos os gostos).
Para se chegar à Malahide basta um trem urbano que sai de Dublin, ou de ônibus. Aconselhável pra quem consegue ter um dia de sol em Dublin!


Principais Pontos Turísticos
Castelo Malahide
Parque de Malahide
Porto

quarta-feira, 14 de julho de 2010

CONHECENDO A IRLANDA


A República da Irlanda, ou Eire, é um país de 4 milhões de habitantes, dos quais 1,5 milhão em Dublin, terra do verde, da Guinness, dos leprechauns e dos arqueiros medievais, lugar onde a paixão nacional é beber (tanto dos homens quanto das mulheres), os assuntos do dia-a-dia são o clima, as trapalhadas do governo (são muitas!!) e os esportes nacionais são o Gaelic - misto de futebol e o Rugby, similar ao futebol australiano - e o Hurling (variação do Gaelic, joga-se com tacos), ambos praticados apenas no Eire.
Belas paisagens e povo hospitaleiro são encontrados aos montes, sobretudo no interior; o interior será tema do próximo texto.

Se o objetivo é morar, estudar ou trabalhar, seu destino é a capital, Dublin.
A cidade oferece alguns pontos turísticos como o Trinity College, universidade bem no centro, que abriga o Dublin Experience - apresentação multimídia da história do país, desde os Vikings até os dias de hoje - além de uma bela biblioteca, onde é possível ver o Livro de Kells, manuscrito de 800 d.C.
Também encontra-se, ao lado do Parque St. Stephen's Green, a melhor opção pra quem quer paz e silêncio e fugir da confusão do centro. Outros lugares que merecem ser visitados são:
- Fábrica da Guinness, onde, por vários andares, pode-se acompanhar a história e o processo de fabricação do Black Stuff - o passeio custa 10 euros, com direito a 1 pint no pub, que é todo espelhado e no topo de uma chaminé, e oferece uma bela vista da cidade;
- Phoenix Park, maior parque urbano do mundo e reduto dos boleiros nos finais de semana;
- St Patrick's Cathedral, do legendário padroeiro do país. Graças a ele em 17 de março há uma das maiores festas do ano em qualquer país de língua inglesa;
Nos arredores da cidade, para um belo dia de caminhada ao ar livre, pegue o DART (trem urbano) sentido norte, pare na estação Howth e faça a trilha em volta da península de mesmo nome, ou sentido sul em direção à Bray, e dar uma voltinha na praia.
A vida noturna é bem agitada, em qualquer dia da semana, mesmo com os pubs fechando à 1h30 e o pint a 4 ou 5 euros! Para o irlandês, 6 a 10 pints é a média (fora algumas doses de vodka com coca-cola).
Portanto se quiser acompanhá-los, prepare o engov e agüente o rombo no orçamento.
Aí vão algumas sugestões de pub: Arlington Hotel (tradicional dança e música irlandesa, todo dia às 21h), Mezz (reggae, ao vivo, às quartas), Whelan's e Phantasm (rock), Brussels (hard rock), Odeon e 4 Dame Lane (lounge, dance) e Fitzsimon's ou Turk's Head (pop, Britney, Espirro, Cristina Narguile e outros).
Para ver o que está acontecendo, os principais eventos, confiram esse site, www.dublinks.com.
Não só a balada, mas o custo de vida de um modo geral é bem alto em Dublin.
Se você for estudar ou trabalhar, a acomodação em casa de família não é uma boa opção porque você vai pagar caro, comer batata com feijão doce e não ter tanta liberdade.
A principal vantagem, que seria morar com falantes da língua inglesa, obtem-se dividindo um lugar com outras pessoas, sempre há alguém procurando, é fácil achar, seja apenas cuidadoso na escolha, principalmente se tiver que pagar depósito (uma semana ou um mês adiantado) e assinar contrato, o que ocorre na maioria dos casos.
Comece a procurar por isso já no Brasil, aqui vão dois sites bem eficientes (www.daft.ie , www.livinginireland.com) - tenha um bom mapa da cidade ao seu lado pra saber a distância do lugar.
Se quiser seu próprio quarto, perto do centro, lá se vai uma pequena fortuna (90 a 140 euros pppw, ou seja, per person per week); quanto mais longe, mais gente e mais velho, mais barato é o barraco (é muito difícil achar algo mais barato que 40 euros pppw).
Você pode ainda contatar o Jacob's Inn, hostel perto da Busarass (Rodoviária), eles oferecem um preço semanal de 60 euros (menos de 10 euros por dia é muito barato para um hostel) - o telefone é 00 353 1 8555660, pode ser uma boa de início, te dará um tempo pra procurar algo melhor.
Para comer, espere gastar de 10 a 20 euros por semana, sem regalias e fazendo sua própria comida (supermercados baratos: Tesco, Audi e Lidl).
Os produtos de marca própria são bem melhores que os produtos Carrefour, pode comprar tranqüilo.
Um lanche simples na rua não sai por menos de 2 euros. Só compre em Spars e Centras em caso de muita necessidade.
Por último, locomover-se em Dublin é muito fácil, a rede de ônibus funciona relativamente bem (o ticket semanal para estudante custa 15,50 euros) e para os lugares ao longo da costa há o DART, o qual já mencionei acima.
Agora, a cidade é bem plana e com algumas boas ciclovias, assim bicicleta é uma ótima opção! Tudo bem, a chuva vai te pegar às vezes, mas em compensação, vai chegar mais rápido e economizar bastante (bicicleta usada, em boas condições, custa entre 40 e 70 euros).
Aproveite!
Informações que o consulado me enviou...
De acordo com a lei de imigração em vigor, cidadãos brasileiros portadores de passaporte brasileiro viajando para a Irlanda como turista em um período de até 90 dias não necessitam de visto para viajar para a Irlanda.
Participamos ainda que na chegada à Irlanda, o turista deverá apresentar-se ao serviço de imigração que é o único órgão autorizado a permitir ou negar a entrada de estrangeiros no país.
Informamos que não existe um valor específico em quantia de dinheiro exigido pelo serviço de imigração irlandês para turistas que estejam visitando o país.
Cabe ao cidadão brasileiro fazer uma estimativa de gastos diversos referente ao período de estadia pretendido na Irlanda, e também ter em mãos a comprovação de fundos suficientes para o período de permanência pretendido.
Esta comprovação de fundos pode ser através de extratos bancários correspondentes aos seis meses anteriores a sua viagem, cartão de crédito, dinheiro em espécie ou cheques de viagem próprios ou da pessoa que irá fornecer auxílio financeiro.
Para a segurança de brasileiros viajando para a Irlanda, sugerimos apresentar no mínimo os seguintes documentos originais para as autoridades de imigração:
- Passagem de ida e volta;
- Comprovante de hospedagem para o período que pretende ficar na Irlanda (confirmação de reserva em hotel ou carta convite)
- Comprovante de fundos suficientes para se manter durante o período pretendido no país;
- Passaporte com validade de no mínimo 6 meses após a data em que se pretende deixar a Irlanda.
Maiores informações sobre os regulamentos de imigração favor acessar o site:
Contato da Embaixada do Brasil em Dublin:
Embassy of the Federative Republic of BrazilEuropa House, 5th Floor41 - 54 Harcourt Street, Dublin 2Tel: (00 353 1) 475-6000 / 416-1202 / 416-1204Fax: (00 353 1) 475-1341

domingo, 11 de julho de 2010

A MAGIA DA IRLANDA



A magia da Irlanda não está só em suas lendas,
contos, fadas, duendes, leprechauns e fantasmas.
A magia da Irlanda está na sua alma,
no seu povo alegre e hospitaleiro,
em seus campos verdejantes pintados de bege pelos carneiros,
em seus pacíficos lagos decorados com cisnes nadando,
na sua costa colorida por barcos,
no seu mar que beija as suas rochas misteriosas e milenares,
nos seus inúmeros castelos, nas ruínas de eras passadas,
na neblina que chega sem aviso,
no sol que brilha quando a chuva não cai...
A magia da Irlanda está no ar...


A Irlanda é o último reduto do mundo celta na Europa. É uma ilha vulcânica de paisagens fantásticas, cuja chuva constante ajuda a tornar a grama mais verde, as ovelhas gordas e os rios cristalinos.

Com certeza a primeira coisa que apaixona na Irlanda são as paisagens: verdes colinas, vilas montanhosas circundadas de imensos pastos e pequenas praias de pedra, penhascos gigantescos e um céu indescritivelmente azul.


Um lugar de uma beleza tão incrível que fica difícil reproduzir em um cartão-postal.

Após o impacto da primeira vista, em uma viagem à Irlanda, é aconselhável que se entre de cabeça na vida irlandesa, especialmente na capital Dublin: deixar-se levar pela cordialidade e simpatia dos irish, viver intensamente o ambiente lar-doce-lar de um verdadeiro irish pub e degustar a jóia da casa, a famosa pint de Guinness se possível, ouvindo música irlandesa, folk ou rock e batendo papo com os caras (ainda que você não entenda mais que 20% do seu inglês). Pode ser inesquecível!


O irlandês é um dos povos mais acessíveis da Europa. é alegre, cervejeiro, festivo: bastante diferente dos ingleses, bem mais do que a curta distância poderia supor.
No entanto, a Irlanda tem sido lembrada nos últimos tempos por motivos menos simpáticos, decorrentes de atentados e conflitos pela existência de duas Irlandas: a República da Irlanda, ao sul, católica, independente desde 1949, também chamada de Éire; e a Irlanda do Norte, protestante, pertencente ao Reino Unido, conhecida como Ulster.
O acordo de paz assinado em 1998 e a criação de um Parlamento na Irlanda do Norte no final de 1999 deram sinais de otimismo para um final pacífico; a trégua continua, ainda que com eventuais percalços.
Mas nada disso deve preocupar ou afastar-nos dessa terra mágica, que evoca mistérios de uma cultura que parece ter sido feita sob medida para vender livros do Paulo Coelho, cheia de maneirismos, trevos de quatro folhas, broches de ouro e contos de nobreza e heroísmo.
Fácil perceber de onde veio inspiração para alguns dos maiores expoentes da música pop das últimas duas décadas, como U2, Van Morrisson, Sinéad O'Connor e The Cranberries.


A Irlanda é muito mais do que a terra da lenda e mistério – Fadas anões, duendes e magia.
É Cu Chulainn, Fionn Mac Cumhaill e Tuatha De Danaan, que mais tarde passou à clandestinidade em montes de fadas para se tornar "Na Daoine Sidhe" Bom Povo da.
O interior da Irlanda é repleto de castelos e casas antigas que são tradicionalmente a casa de fantasmas.
Leap Castle é considerado o mais assombrado castelo na Irlanda e Glin Castle é assombrado por poltergeist pelos bancos da Shannon.
Aventurar-se em alguns desses palácios é certeza de poder ver um "Phuca" ou dois.
A magia e o mistério tiram o fôlego e fazem você se arriscar novamente e novamente, para ver mais e mais a cada momento!
O país é também conhecido por gerar amores eternos! Muitos casais que se conhecem na Irlanda se apaixonam perdidamente.
Portanto, uma eventual viagem à Irlanda pode se transformar até em casamento!


segunda-feira, 5 de julho de 2010

BIOGRAFIA DA IRLANDA

Situada no extremo oeste da Europa, a Irlanda é uma ilha banhada pelo Atlântico e separada de sua vizinha Grã-Bretanha e do continente por braços de mar vastos o suficiente para lhe garantir um isolamento até certo ponto seguro, mas estreitos o bastante para permitir o contato e as migrações de diversos povos.

Durante o longo de sua história, a ilha da Irlanda é um personagem fundamental a moldar fatos, eventos e o destino daquelas terras e dos povos que a têm habitado e, é justamente por isso que agora trataremos a Irlanda como um ser vivo; não faremos uma abordagem meramente histórica, fria e pautada em datas e fatos: o que faremos é entender de que forma as terras e paisagens irlandesas - o seu Corpo - influenciam na formação da identidade cultural da Irlanda - a sua Alma.



Como Nasceu a Irlanda


Antigamente, a Irlanda estava ligada à Grã-Bretanha e ao continente europeu por uma "ponte" de terra, tornando-se uma ilha após o final da Era Glacial, por força da elevação dos níveis das águas marinhas.
Podemos supor então, que o clima da época era bastante frio, e as espécies animais e vegetais que se desenvolveram na região nesse primeiro instante eram típicas das áreas mais frias. Somente com o gradual aquecimento do clima é que outras espécies, mais adaptadas a climas temperados, migraram para a Irlanda - entre elas, os primeiros humanos.
Esses 'imigrantes' primitivos formam a primeira manifestação da alma irlandesa.



Os Primeiros Habitantes Humanos
Frágeis vestígios de ocupação humana que foram encontrados na Irlanda remontam ao período mesolítico, cerca de 10.000 anos atrás. Eram caçadores-coletores que atravessaram os braços de mar que já então separavam as Ilhas Britânicas do continente europeu. O que teria levado esses pequenos grupos de aventureiros a essa aventura só podemos especular - mas podemos afirmar que eram pequenas comunidades ainda sem conhecimentos agrícolas, que viviam da caça de animais pequenos, porcos selvagens, aves e peixes, estabelecendo-se em grupos de tendas simples e espalhados escassamente pelo território irlandês.
A esta altura, porém, as terras irlandesas já abrigavam indivíduos de outra espécie, talvez tão importante quanto a humana a julgar por sua presença constante nos mitos e lendas da Irlanda através das eras: as Árvores.



As Pioneiras da Irlanda
Durante o aquecimento pós-glacial (Littletonian), sementes carregadas pelos ventos ou levadas por animais aquáticos trouxeram à Irlanda as pioneiras bétulas, olmeiros, carvalhos, aveleiras, e salgueiros que, mais tarde, desempenhariam papéis fundamentais na mitologia e nos ensinamentos dos celtas irlandeses - como o misterioso 'alfabeto' ogham, por exemplo.
Essa flora variada e o clima estável criou a paisagem ideal para o estabelecimento dos primeiros humanos poucos séculos depois, e esses primeiros humanos irlandeses têm uma primazia sobre seus vizinhos britânicos: é na Irlanda - mais especificamente em Mount Sandel, Co. Derry - que se encontram os mais antigos vestígios de construções humanas, na forma de habitações circulares de madeira: os primórdios da sedentarização, as primeiras interações entre humanos e paisagem na Irlanda.
Podemos nos maravilhar com a fantástica imagem dessas primitivas casas de telhados cônicos recortando a verdejante paisagem da Irlanda primitiva, seus habitantes empenhados no preparo das carnes dos animais abatidos, suas vozes entoando as primeiras canções e ressonando as primeiras palavras ditas por humanos em terras irlandesas, numa língua hoje perdida...
A estagnação no processo de desenvolvimento dos instrumentos líticos num longo período de 3.000 anos parece ser fruto do isolamento em que esses primeiros irlandeses viviam com relação às outras populações humanas na Grã-Bretanha e na Europa.
Assim, como para por fim a essa estagnação, houve a chegada dos primeiros agricultores e construtores das impressionantes estruturas megalíticas que salpicam todo o território irlandês.




Os Primeiros Fazendeiros e as Maravilhosas 'Catedrais' Pré-Históricas

Antes da chegada dos primeiros povos neolíticos à Irlanda, os habitantes primitivos deixaram pouquíssimos registros de sua presença - como mortais nos nossos primeiros anos de vida, a Irlanda tem poucas memórias de sua infância. Mas esse cenário muda dramaticamente em meados do quarto milênio a.e.a. com a primeira onda de derrubada de árvores em grande escala, para a criação de plantações e pastagens por uma cultura recém-chegada.
Esse povo trazia consigo as evoluções de mais de três mil anos de técnicas de desflorestamento e plantio, desde o surgimento da agricultura, no Oriente Médio.
É aqui que a Irlanda recebe mais dois de seus mais ilustres e mitológicos habitantes: os suínos e os bovinos, trazidos pelos fazendeiros neolíticos - esses animais virão a ser centrais em muitas das sagas e lendas dos celtas da Irlanda, como os importantes "Táin Bó Cuailgne" ("O Roubo do Gado de Cooley") e "Scélla Mucce Meic da Thó" ("A História do Porco de Mac da Thó"): gradativamente, o espírito da Irlanda vai ganhando forma diante de nossos olhos.



Habitações em madeira, florestas derrubadas, planícies férteis transformadas em plantações e pastos: é impossível ler estas informações do desenvolvimento da Irlanda sem remeter aos relatos contidos no "Léabhar Gabala na hEireann", o famoso "Livro das Invasões da Irlanda", tratado por muitos como 'pesudo-história' mas que, cada vez mais, se mostra um relato bastante acurado - ainda que mítico - de fatos reais...


Reconstrução de casas neolíticasàs margens do Lough Gur, Limmerick


Mas as maiores contribuições do período neolítico para a formação da identidade da Irlanda surgiriam algum tempo depois: as estruturas megalíticas de Brú na Bóinne (Newgrange), Dowth e Knowth, no Vale do Rio Boyne. Newgrange (Irlandês: Dún Fhearghusa) , aliás, é impressionante em sua grandiosidade e magia.
É uma tumba do Conjunto Arqueológico do Vale do Boyne, no Condado de Meath, na Irlanda. Um dos mais famosos sítios pré-históricos do mundo e o mais famoso da Irlanda.




Newgrange foi construído de modo que, ao nascer do sol do dia mais curto do ano (solstício de inverno), um fino raio de sol ilumine por pouco tempo o piso da câmara no final de um longo corredor.
Foi construída originalmente entre 3300 e 2900 AC, mais de 500 anos antes da Pirâmide de Quéops no Egito. Também precede Stonehenge em mais de 1.000 anos.
No período Neolítico, Newgrange continuou como um local de cerimôniasmas ao que parece pode ter sido usada principalmente como uma tumba pois foram encontrados restos humanos cremados de cinco indivíduos.
O sol parece ter sido um important elemento nas crenças religiosas do Neolítico.
O alinhamento solar em Newgrange é ainda muito preciso se comparado a outros fenômenos, tais como o que acontece nas Ilhas Órcades, perto da costa de Escócia.
De acordo com a Mitologia irlandesa, Newgrange era um dos Sídhes (montes) onde Tuatha Dé Danann vivia.
Foi construído pelo deus Dagda e de acordo com a lenda, o herói Cú Chulainn nasceu lá. Contudo, a maioria dos ciclos místicos associados com Newgrange datam da era Céltica da mitologia e da História da Irlanda.
O acesso ao local é feito a partir do Condado de Meath.



Acima, Newgrange - ao lado, a colossal estrutura de Knowth (Vale do Boyne)



Ao vistar estruturas desse porte, dessa magnitude e de tamanha precisão matemática e astronômica, percebemos que seus construtores dispunham de um dos mais mágicos ingredientes que uma pessoa pode encontrar em sua vida: senso de propósito. Ao tocar as imensas pedras que compõem a galeria interior de Newgrange, ali posicionadas há praticamente seis mil anos, tive por seus idealizadores e executores um respeito e uma admiração que me trouxeram lágrimas aos olhos. Basta imaginar uma verdadeira montanha artificial projetada e construída por pessoas de forma que a entrada de sua galeria interior esteja perfeitamente alinhada ao nascer do sol num dos mais significativos dias para praticamente todos os povos da Antigüidade - o Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano, em que as forças da luz e da vida começam a retornar e a derrotar a escuridão e o frio. Não bastasse Newgrange, não muito longe dali temos a ainda maior estrutura de Knowth, sem contar os inúmeros dolmens, cairns e colinas ocas espalhadas por praticamente toda a Irlanda. Essas estruturas são os equivalentes neolíticos das catedrais góticas erigidas na Idade Média na Europa continental - ambas causam maravilhamento por sua grandiosidade, pelo senso de própósito de seus construtores e pelo profundo componente espiritual que motivou suas construções - envolvendo centenas, talvez milhares de pessoas ao longo de vastos períodos de tempo para que suas crenças e anseios dotassem a paisagem de uma forma ao mesmo tempo divina e mundana - como tudo na Irlanda, aliás.




Círculo de Pedras de Drombeg, Co. Cork




Esses monumentos megalíticos são o testemunho silencioso dessa cultura que tão bem trabalhava a terra, domesticando e criando animais com grande sucesso, interagindo com a paisagem em que vivia, transformando-a, sacralizando-a. Desde a mais remota Antigüidade, as terras da Irlanda sempre se mostraram plenas de vida e magia aos humanos que sobre ela caminhavam.
Prova disso é o fato de que, ao chegar à Irlanda, os celtas - essa cultura tão rica e vigorosa - não só absorveu como desenvolveu a sacralidade atribuída a esses locais tão mais antigos que eles próprios: muitas dessas estruturas foram incorporadas às lendas de deusas e deuses - a própria Newgrange é descrita como sendo a morada do Dagda, o "Bom Deus" dos celtas irlandeses. Através de sua paisagem, a alma da Irlanda ganha uma voz mais forte, que é ouvida e acolhida pelos celtas em sua Era Dourada.





Carrowmore (Irish: Ceathrú Mhór) é um dos quatro grandes cemitérios com túmulo de passagem na Irlanda. Está localizado no centro da paisagem ritual pré-histórico de Knocknarea ou Cúil Irra Península em Sligo, na Irlanda. Hoje em dia podem ser vistos cerca de 30 túmulos megalíticos em Carrowmore.





Túmulo megalítico de Carrowmore, Sligo

domingo, 4 de julho de 2010

UM POUCO SOBRE A IRLANDA




Panorâmica

A Ilha da Irlanda é conhecida há muito como Ilha Esmeralda, por ser muito verde devido à chuva.

Cerca de 80% do território de 85 mil quilômetros quadrados corresponde à República da Irlanda (declarada em 1948), e o restante forma a


Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido.

Enquanto este é conhecido por suas cidades, a Irlanda é conhecida por seu campo. Fotos de pequenos chalés brancos com paredes de pedra recortadas, ovelhas brancas em pastos montanhosos e irlandeses felizes, tocando rabeca nos pubs do interior, abundam nas brochuras turísticas. Mas há muito mais na Irlanda do que as cenas campestres sentimentais.

A economia do país tem sido uma das mais rápidas em crescimento por um longo período e uma das mais saudáveis na Europa, dando à região o apelido de Tigre Celta.
A riqueza natural, material e intelectual do país está por toda parte.
Climas de sonho, em cenários esfumaçados. A Irlanda é assim. A culpa é da luz macia, avessa a contornos nítidos. Não que falte cor ao país. Pelo contrário, ela está presente no verde dos prados, na exuberância das flores, nas fachadinhas em tons de rosa e amarelo, no bege da carneirada, no vermelho da cabeleira das meninas sardentas. Mas quando se vê a lua cheia nascer entre as nuvens, nas ruínas de um castelo roído pelo tempo, é impossível deixar de pensar que a beleza deste país é como a daquelas mulheres que mais sugerem do que exibem.

A Irlanda é uma descoberta. E que descoberta!

A ilha mágica


Nada poderia ser mais diferente de uma nação nova como o Brasil do que um país que conheceu seu auge, em poder e influência, durante a Idade Média. É o caso da Irlanda, onde cada pedrinha tem 1500 anos de tradição.

Durante a Alta Idade Média (até por volta do ano 1200), os mosteiros e abadias irlandeses ficaram famosos em toda a Europa, como centros onde se louvava a Deus com mais capricho até do que em Roma. Seus restos estão hoje por toda a parte, entre vales encobertos por farrapos de névoa e montanhas perdidas em brumas, ainda mais intrigantes quando ao lado se ergue um cemitério meio abandonado, cheio de lápides de pedra e cruzes celtas desalinhadas.
É, a Irlanda tem clima. É fácil descobrir por que ela deu origem a uma das mitologias mais ricas da Europa. Foi dali que vieram as histórias das fadas que voam, dos duendes que carregam potes de ouro, dos espíritos femininos que trazem desgraça a quem os vê nas noites sem lua.

Muitos desses contos vêm do tempo dos celtas, os primeiros habitantes da Irlanda, que legaram sua língua, seus bardos e seu talento para contar histórias. Deixaram, também, muitos vestígios de sua civilização, sob a forma de monumentos megalíticos, como menires iguais aos de Asterix, círculos de pedra como o de Stonehenge e dólmens em formato de mesa, que na origem eram homenagens aos mortos e hoje viraram centros de peregrinação, visitados por místicos de todos os quadrantes.

O melhor lugar para ver esses monumentos de pedra são as partes mais desabitadas do litoral oeste irlandês, sobretudo as deslumbrantes penínsulas de Connemara e Dingle, onde até hoje se fala mais gaélico do que inglês.
Diz-se que a Irlanda também deve aos celtas outra de suas grandes qualidades: o ouvido musical impressionante. A música que se faz no país tem basicamente duas vertentes, bem diferentes entre si. A mais familiar tem ritmo vigoroso, é conduzida por um violino endiabrado que parece fundo musical de desenho animado e basta ouvi-la para saber de onde veio a música country americana.

A outra é aquela música esfumaçada e etérea popularizada pela cantora Enya, que adora alardear suas raízes celtas. E há ainda o bom o e velho rock'n'roll, que na Irlanda gerou astros como o U2, Sinead O'Connor e Van Morrison, sem falar no pop melosinho dos Cranberries.
Mas não é só. Quem explorar a parte central da Irlanda, às margens do Rio Shannon, vai até enjoar de tanto ver castelos e torres meio arruinadas, que pontilham o verde irlandês com suas linhas austeras, manchadas pelo musgo dos séculos. Nada a ver com o esplendor dos castelos franceses: a Irlanda não é dada a rendas ou fricotes - e lá é mais fácil pensar em armaduras e lutas com invasores vikings do que em perucas e minuetos da corte.

Nas muralhas do castelo de Bunratty, por exemplo, nas redondezas da cidade de Limerick (hoje transformado numa espécie de medievalândia, com direito a banquete feudal, recepcionistas em trajes típicos e aldeia de época), ainda dá para ver os pontos por onde os antigos barões se deleitavam em derramar óleo fervente na cabeça dos bárbaros invasores.
Sim, os irlandeses eram briguentos, e esse foi um dos motivos pelo qual o país foi ficando para trás na história, até estabelecer-se como a mais pobre das nações européias - um triste celeiro de mão-de-obra barata. A mais danosa de todas as brigas foi a que separou, ao longo dos séculos, católicos e protestantes.

Por menos que se saiba sobre a Irlanda, de uma coisa todo mundo já ouviu falar: o IRA, ou Irish Republican Army, organização armada terrorista que vive disparando bombas pela ilha toda, certo? Errado.

Primeiro, porque faz tempo que o IRA não dispara um único estalinho. Segundo, porque eles não atuam na República da Irlanda - ou seja, o pedaço da Irlanda que é independente e tem a cidade de Dublin por capital.

O IRA só atua (e hoje, felizmente, pouco) na Irlanda do Norte, o pedacinho do território irlandês que ainda pertence à Inglaterra e cuja capital é Belfast, tão separado da República da Irlanda quanto o Paraguai da Argentina.

Inimigo no quintal

Para entender direito o IRA, é preciso recuar séculos na história, até a época em que São Patrício converteu ao cristianismo os reis celtas da Irlanda, usando o trevo para explicar o inexplicável - ou seja, o mistério da Santíssima Trindade, dogma da igreja católica que reza que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três, mas na verdade não passam de um só.

Desde que São Patrício realizou esse pequeno milagre, no século 5, a Irlanda adotou o trevo como símbolo nacional e se tornou um caso severo de catolicismo agudo - tão agudo que, até três anos atrás, ainda não tinha divórcio.

A questão religiosa passou a ter importância por causa dos ingleses, que invadiram a Irlanda lá pelo ano 1200.

No começo, todos eram católicos e o domínio inglês nem era tão feroz assim. Mas, quando o rei Henrique VIII e sua filha Elizabeth I transformaram a Inglaterra num império anglicano, a questão do catolicismo esquentou.

Para os ingleses, a Irlanda católica virou uma espécie de inimigo no quintal de casa, sempre pronta a se aliar a suas maiores rivais, as também católicas Espanha e França. Neutralizá-la virou questão de honra - e, com isso, as terras dos católicos irlandeses foram desapropriadas e seus proprietários, substituídos por protestantes ingleses. E não só: católicos foram proibidos de exercer a religião, de ingressar no exército e até de freqüentar escolas - tudo à custa de uma repressão cruel.
Enquanto os católicos empobreciam, os protestantes prosperavam. Concentrados no norte do país, eram tão bem tratados por Londres que a região logo se tornou a mais próspera e industrializada da Irlanda.

Em meados do século passado, quando até os próprios ingleses se deram conta de que era preciso dar autonomia à Irlanda, quem mais esperneou foi a minoria protestante nortista. Tanto, que conseguiu retardar a independência irlandesa em pelo menos 40 anos, dando margem ao surgimento do IRA, uma organização paramilitar que visava justamente apressar a independência do país.

O tigre celta

Quando ela veio, em 1949, o norte simplesmente se recusou a se separar, e desde então o IRA vem lutando para reunificar a Irlanda. Em linguagem local, toda essa confusão é conhecida pela expressão "The Troubles", ou "O Problema" - uma encrenca que gerou mortes, injustiças e um bom números de filmes, como Em Nome do Pai e Traídos pelo Desejo (assista, se quiser saber mais sobre as questões políticas da Irlanda).
Hoje, os Troubles estão sob controle, embora ninguém possa garantir que isso vá durar para sempre. Um dos motivos é a fase de progresso sem precedentes que a Irlanda atravessa, em decorrência da chuva de eurodólares derramada pela Comunidade Européia. O país inteiro está em reforma.

Nas estradas, é difícil dirigir por mais de uma hora sem encontrar obras de recuperação. Depois de cinco anos crescendo a taxas de 9% ao ano, a economia irlandesa anda tão bem que o país ganhou o apelido de Celtic Tiger, à semelhança dos Tigres Asiáticos.

O salto para a frente é decorrência da indústria de telecomunicações e alta tecnologia: a Irlanda é hoje o segundo maior exportador de softwares do mundo, perdendo só para os Estados Unidos. E é por isso que, de reserva de mão-de-obra, passou a atrair imigrantes, a ponto de achar uma casa para alugar em Dublin ser hoje tarefa para dois a três meses.
Sorte, porque isso vem tornando Dublin uma cidade cosmopolita, onde se pode ouvir línguas de toda a Europa, incluindo português com sotaque lisboeta. A cidade, que começou como uma aldeola pantanosa fundada por invasores vikings, foi ganhando em graça ao longo dos séculos e hoje tem muitos monumentos históricos e a fama de possuir algo como 1000 pubs e um número parecido de livrarias.

Essa influência literária pode ser considerada um fruto da gigantesca biblioteca do Trinity College, a antiquíssima universidade local, que tem mais de três milhões de volumes. É quase um museu inteiro só de livros, e que qualquer um pode visitar.

Cortada ao meio pelo Rio Liffey, Dublin é mais elegante ao sul e mais boêmia ao norte, onde ficam a sede da cervejaria Guinness e a ex-sede da destilaria Jameson, a mais famosa marca de Irish whiskey.
Mas, apesar desses ícones, a cidade preferiu eleger como seu símbolo uma vendedora ambulante de peixes do século passado, chamada Molly Malone, que ganhou até estátua na rua das butiques chiques, a Grafton Street.

Molly foi homenageada em trajes tão sumários que ganhou a alcunha de tart with the cart (algo como "a piranha do carrinho").

Outros monumentos famosos da cidade também têm apelido, como a ponte Ha'penny (de half penny, meio centavo, que era o preço do pedágio), que ganhou o cognome shiver on the river (ou 'arrepio no rio') porque chacoalha um bocado.
Se você está achando os irlandeses irreverentes, saiba que eles são mesmo. Quase todos pertencem àquela estirpe de gente que perde o amigo, mas não perde a piada - e muito se orgulha disso.
O amor irlandês pelas frases de efeito, que tem sua expressão máxima no escritor Oscar Wilde ("experiência é o nome que damos aos nossos erros", escreveu ele certa vez), é tanto que eles inventaram até uma mitologia a esse respeito.
Diz-se que quem beijar a Pedra de Blarney (uma pedra mesmo, que fica no castelo do mesmo nome, perto da cidade de Cork) ganha dos deuses o gift of the gab, ou o dom da conversação.
O tal beijo obriga a um certo contorcionismo: é preciso deitar-se no chão e atirar a cabeça para trás, para acertar a pedra. Mas eles garantem que quem o fizer jamais ficará entalado por falta da palavra adequada - seja ela de escárnio ou de elogio.
Valeria a pena ir até a Irlanda nem que fosse só por causa disso.