domingo, 31 de maio de 2009

LINGUA

As línguas célticas derivam de dois ramos indo-europeus do grupo denominado centum:
o celta-Q (goidélico), mais antigo, do qual derivam o irlandês, o gaélico da Escócia e a língua manx da Ilha de Man, e o celta-P (galo-britânico), falado pelos gauleses e pelos habitantes da Bretanha, cujos descendentes modernos são o galês (do País de Gales) e o bretão (na Bretanha).
Os registos mais antigos escritos numa língua celta datam do século VI a.C..

As informações hoje disponíveis sobre os celtas foram obtidas principalmente através do testemunho dos autores greco-romanos.
Isto não permite traçar um quadro completo e imparcial do que foi a realidade quotidiana desses povos.
O chamado "alfabeto das árvores" ou Ogham surgiu apenas por volta de 400 d.C.

Edward Lhuyd, em 1707, identificou uma família de línguas, ao notar a semelhança entre o irlandês, o bretão, o córnico e o galês e a extinta língua gaulesa, as quais classificou como línguas celtas.
Lhuyd justificou o uso da expressão pelo fato destas pertencerem à mesma família linguística do gaulês e a língua gaulesa e a maioria das tribos gaulesas terem sido chamadas de celtas.

Fontes clássicas e arqueológicas atestam que os celtas faziam uso limitado da escrita.
Júlio César, no De Bello Gallico, comentou que os helvécios usavam o alfabeto grego para registar o censo da população e que os druidas recusavam-se a registar por escrito os seus versos, mas que faziam uso do alfabeto grego para as transações públicas e pessoais.
Diodoro disse que nos funerais os gauleses escreviam cartas aos amigos, e jogavam-nas na pira funerária, como se elas pudessem ser lidas pelos defuntos.
Já Ulpiano determina que os fidei comunis podiam ser escritos em gaulês, entre outras línguas, o que gerou especulações de que no século III esta língua ainda seria escrita e falada.

O alfabeto ibérico foi usado para registar o celtibéro, uma língua celta da península Ibérica.
O alfabeto de Lugano e Sondrio foi usada na Gália Cisalpina e o alfabeto grego na Gália Transalpina.
Variações do alfabeto latino foram usadas na península Ibérica e na Gália Transalpina.
Estudos colocam a hipótese de haver uma relação entre as inscrições de Glozel e um dialecto celta.

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