quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O SANTO GRAAL XV - OS DIVERSOS TIPOS DE REPRESENTAR O GRAAL

O Santo Graal será uma lenda ou é um mito, o que poderia ser mesmo?
Os escritores e historiadores se debatem em torno do assunto
e não chegam a nenhuma conclusão lógica.
O grande mitólogo Joseph Campbell escrevendo sobre ele dizia:
“O rei que inicialmente cuidava do Graal era jovem adorável, mas por ser ainda muito jovem e cheio de anseios de vida, acabou por tomar atitudes que não se coadunavam com a posição de rei do Graal. Ele então abandonou o castelo bradando o grito de guerra “Amor”, o que é próprio da juventude, mas que não se coaduna com a condição de rei do Graal.
Ele partiu do castelo e, quando cavalgava, um muçulmano, um não-cristão, surgiu da floresta. Ambos erguem as lanças e se atiram um contra o outro.
A lança do rei mata o pagão, mas a lança do pagão castra o rei do Graal.”
“O que isso quer dizer é que a separação que os padres da Igreja fizeram entre matéria e espírito, entre o dinamismo da vida e o reino do espírito, entre a graça natural e a graça sobrenatural, na verdade, castrou a natureza”.

A taça, uma possível representação do Graal



Podemos também interpretar como uma alusão a Sir Lancelot, cavaleiro do rei Arthur e pertencente a “Távola Redonda” que encontrou o Graal, no entanto não pode tocá-lo, pois sua pureza fora manchada pelo adultério (simbolizado pela castração pelo muçulmano) que cometera com a rainha Guinevére esposa do rei Arthur.
No início da seqüência dos nossos artigos, informamos que, por mais intensas e profundas fossem as nossas pesquisas, nos encontramos em completa escuridão com um desconhecimento do que seria o verdadeiro Graal.
Ninguém consegue informar ou explicar o significado real de todos os eventos estranhos nas histórias do Graal.
A força duradoura e generalizada desse mito em particular é descrita por Malcolm Godwin:
“A LENDA DO GRAAL, mais que qualquer outro mito ocidental, manteve a magia vital que a caracteriza como uma lenda viva capaz de emocionar a imaginação e o espírito. Nenhum outro mito é tão rico em simbolismo, tão diverso e muitas vezes de sentido tão contraditório. E em seu âmago existe um segredo que manteve o apelo místico do Graal durante os últimos novecentos anos, enquanto outros mitos e lendas caíram no olvido e foram esquecidos”.
Voltamos a perguntar: o que é finalmente o Graal e o que ele representa?
O que dizem os nossos escritores, pesquisadores e historiadores a respeito do mesmo?
Com base na biblioteca existente, efetuamos um completo levantamento e, a partir desse momento, iremos trazer para os nossos leitores, em separado, alguns capítulos abordando o assunto já de uma forma mais específica, pois das nossas pesquisas chegamos aos seguintes tipos de possíveis representações do que seja o Santo Graal:
O Graal – Sendo uma Taça ou Cálice (e suas derivações);
O Graal – Sendo a figura de um Caldeirão;
O Graal – Na forma de uma Pedra;
O Graal – Na figura de um Livro;
O Graal – Uma explicação de fundo Científico;
O Graal – O Sangue de Jesus ou em sentido figurado a linhagem de seus descendentes;
O Graal – A cabeça de Deus;
O Graal – Diversas outras representações existentes.
Quanto à conclusão do que seria o mesmo, deixaremos ao sabor dos nossos pensamentos após analisarmos todo esse polemico assunto com a devida tranqüilidade, procurando encontrar dentro de nós a verdadeira resposta, pois, acreditamos que cada um de nós tenha o seu Graal e se no momento não o tem, sabe onde e quando procurar.
No desenvolver dos nossos trabalhos procuraremos efetuá-lo de uma maneira bastante condensada, pois, não caberia aqui, produzirmos um tratado sob cada possível representação do Graal na tentativa de esgotarmos o inesgotável, basta lembramos da existência de milhares de livros escritos, e acreditamos que outros milhares serão escritos.
Descobrir a verdade dentro de uma lenda ou um mito, é algo imponderável.
Em continuação abordaremos o Santo Graal na figura de uma Taça ou Cálice.

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