segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O SANTO GRAAL XXVIII - A CABEÇA DE DEUS


Nos números anteriores, escrevemos sobre o Santo Graal
representando diversas formas materiais.
Nos enveredamos pelo caminho do um Graal Cientifico ou Filosófico
e em seguida entramos em uma representação polêmica,
quando o abordamos não como o Graal material, mas como um Graal linhagem,
um Graal Sangue, um Graal representando a perpetuação da continuidade da família de Jesus.
Nesse artigo iremos abordar uma outra representação do Graal,
também polêmica, pois é nada mais do que sob a forma da Cabeça de Jesus
embalsamada ou o seu crânio.
Vejamos.






O Graal – A Cabeça de Deus




Esse é um assunto bastante polêmico. No entanto, essa mesma hipótese é encontrada em dois livros de escritores britânicos, “The Holy Blood and the Holy Grail” (O Sangue Sagrado e o Santo Graal), de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln (1982), e “The Head of God” (A Cabeça de Deus), de Keith Laidler (1998); o ritmo lento de recrutamento nos primeiros anos da Ordem dos Templários é explicado pela necessidade de restringir essa busca do tesouro enterrado aos poucos iniciados.
“A evidente falta de atividade dos templários nos seus anos de estruturação”, escreveu Laidler, “parece ter sido devida a alguma forma de projeto secreto sob o Templo de Salomão ou nas suas proximidades, uma operação que não poderia ser relevada a ninguém, a não ser a alguns nobres de alta categoria”. (366).




Maria Madalena com o crânio de Jesus



Para esse escritor, não há dúvida de que algo extraordinário foi encontrado.
Será que foi, pergunta Michel Lamy, a Arca da Aliança? Um meio de se comunicar com forças externas: deuses, elementares, Gênios, extraterrestres ou outras coisas? Um segredo sobre o uso sagrado e poder-se-ia dizer da magia da arquitetura? A chave de um mistério relacionado com a vida de Cristo e sua mensagem? O Graal? O meio de reconhecer os lugares onde a comunicação com o céu assim como com o inferno é facilitada sob o risco de libertar Satã ou Lúcifer.





Madalena Arrependida - Guiovanni Gioseffo dal Sole (1654-1719)



Não, afirma Laidler: o que eles encontraram foi nada menos do que a cabeça embalsamada de Cristo.
Esta era a cabeça conhecida como Baphomet e que supostamente era adorada em segredo pelos Templários.
Se não foi encontrada sob o Templo por Hugo de Payns, então pode ter sido levada para a França por Maria Madalena, onde entrou para a posse dos cátaros e foi conservada na sua fortaleza de Montségur.
Quando ela estava quase se rendendo aos cruzados, três parfaits fugiram com o tesouro.
“Mas qual era esse tesouro dos cátaros? Quanto ouro e prata poderiam três parfaits carregar? Não poderiam ter sido dinheiro (...). Tinha de ser outra coisa, algo que tivesse sido essencial para o ritual que aconteceu no equinócio da primavera, no dia anterior à capitulação do castelo” – em outras palavras, a cabeça de Cristo. E para onde os cátaros fugitivos poderiam tê-la levados senão para o “único lugar na França que estava além do alcance do rei, uma organização que para todos os efeitos era autônoma e partilhava essencialmente a mesma visão do mundo gnóstico dos cátaros: a Ordem do Templo?” (367).
Assim, quando Gérard de Villiers evadiu-se do Templo de Paris em 1307, levou consigo essa relíquia a mais importante de todas.
A esquadra de galeras pertencente aos Templários que zarpou do porto de La Rochelle se dividiu, metade rumaram para o sul, para Portugal, onde mais tarde foi absorvida pela Ordem de Cristo do rei Diniz, a outra metade navegando rumo ao norte, para a Escócia, onde lançou ancoras no estuário do Forth. Ao sul de Edimburgo estava o castelo de Rosslyn, de propriedade dos Saint-Clairs, uma família com longos vínculos com os Templários, onde a capela era “um Templo de Salomão diferente”. Foi aí, sob um dos pilares, que os Templários fugitivos colocaram “a Cabeça de Deus”.
No entanto surge uma duvida; se a mesma estava na fortaleza de Montségur, como puderam os Templários ter removido e levado para a Capela de Rosslyn?
No livro “Os Templários e o Graal” de Karen Ralls, existe uma referência a uma certa “cabeça estilizada de Cristo” quando nos informa:
"Essa imagem aparece na escultura do Véu de Verônica, antes discutida. Inúmeros boatos nos tempos medievais sugerem que os Templários possuíam um pano com a cabeça de Cristo Impressa nele – talvez o Sudário ou o Véu de Verônica. Alguns historiadores questionam se esta seria a suposta cabeça chamada Baphomet que os inquisidores, durante os julgamentos, acusaram os Templários de adorarem. Alguns pesquisadores afirmam que a escultura do Véu de Verônica, em Rosslyn, “representa a verdadeira heresia dos Templários”.
O historiador Andrew Sinclair, em “The Discovery of the Grail (A descoberta do Graal), comenta:
“Os dois ‘Graais’ dos Templários – as caixas do Santo Sudário e o Santo Véu de Constantinopla – podem ter alcançado as criptas de Rosslyn com a fuga dos cavaleiros franceses para a Escócia com seus tesouros e seus registros”.
A realidade é que existem várias pinturas realizadas por pintores famosos, nas quais representam a figura de Maria Madalena portando em seu colo ou braços, uma cabeça que muitas afirmam ser a de Jesus, seu esposo.
Para uma maior compreensão dos nossos amigos sobre o assunto, no próximo artigo abordaremos o tema referente à Fortaleza de Montségur.

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