terça-feira, 25 de agosto de 2009

O SANTO GRAAL XXI - PEDRA (2)

No artigo anterior trouxemos o Graal na figura de uma PEDRA, pedra essa, que teve várias associações, sendo a principal as duas que, segundo consta, estiveram nas mãos do rei Salomão, a “Schethiyâ”, chamada de “Pedra da Fundação” e a outra denominada de “Schamir”, conhecida como a “Pedra Relâmpago”.
Continuemos com o assunto.

O Graal Pedra (Segunda Parte)

Freqüentemente fogos perpétuos eram mantidos acesos em lugares Santos por virgens que usavam tais métodos.
Ela também demonstra quantas metáforas para luz e raios (como a lança e a espada) aparecem ao longo do tempo e novamente nas lendas do Rei Arthur.
Não só isto, mas o Graal é descrito freqüentemente como uma pedra e há referencias constantes a uma arvore de Graal.
Mais adiante, nas lendas e histórias, vemos que freqüentemente as mulheres eram responsáveis por alimentar as armas de fogo ou mesmo os fogos rituais e por isso, as mulheres são também descritas como guardiãs do Graal nas lendas Arturianas.
Indubitavelmente tais objetos existiram, e é provável que os Judeus na época de Salomão usaram tal objeto.
Uma das teorias declara que objetos desse tipo foram enterrados junto com a Arca da Aliança em uma caverna, em algum lugar da Jordânia.
De maneira interessante, as cenas finais de Indiana Jones III são filmadas nas ruínas da cidade de Petra na Jordânia e não no Egito como é reivindicado no próprio filme.



A pedra Esmeralda


As mais óbvias, que vêm logo à mente, são as tábuas que traziam o Testemunho e os Dez Mandamentos.
Elas são freqüentemente imaginadas como um par de pesadas Lages confeccionadas em Pedra, que os artistas normalmente representam pouco portáteis para Moisés, que teve de carregá-las montanha abaixo.
O Êxodo, porém, não dá nenhuma indicação referente à forma e ao tamanho dessas pedras, enquanto na estrita tradição judaica da Cabala, diz-se que a Tábua do Testemunho era feita de uma safira divina chamada Schethiyâ, que Moisés carregava na palma da mão.
Malcom Godwin, escritor Rosacruz, refere-se a Perzifal da seguinte maneira: “muitos comentadores argumentaram que a história de Perzifal contém, de modo oculto, uma descrição astrológica e alquímica sobre como um indivíduo é transformado de corpo grosseiro em formas mais e mais elevadas”.
Nesta obra que é um retrato da Idade Média – feita por quem sabia muito bem sobre o que estava falando – reconhece-se uma verdadeira ordem de cavalaria feminina, na qual se vê Esclarmunda, a virgem guerreira cátara, trazendo o Santo Graal, precedida de 25 guerreiras segurando tochas, facas de prata e uma mesa talhada em uma pedra de esmeralda.
Na descrição do autor da cena de Perzifal no castelo do rei-pescador (que, assim como Jesus, saciara a fome de muitas pessoas multiplicando um só peixe) lemos:
“Em seguida apareceram duas brancas virgens, a condessa de Tanabroc e uma companheira, trazendo dois candelabros de ouro; depois uma duquesa e uma companheira, trazendo dois pedestais de marfim; essas quatro primeiras usavam vestidos de escarlate castanho; vieram então quatro damas vestidas de veludo verde, trazendo grandes tochas, em seguida outras quatro vestidas de verde (...)”.
“Em seguida vieram as duas princesas precedidas por quatro inocentes donzelas; traziam duas facas de prata sobre uma toalha. Enfim apareceram seis senhoritas, trazendo seis copos diáfanos cheios de bálsamo que produzia uma bela chama, precedendo a Rainha Despontar de Alegria; esta usava um diadema, e trazia sobre uma almofada de achmardi verde (uma esmeralda) o Graal., superior a qualquer ideal terrestre”.



Moisés e as Tabuas da lei de Cosimo Rosselli e Piero di Cosimo,

Capela Sistina (1481) – Roma


As histórias que fazem parte do chamado “ciclo do Graal” foram redigidas de 1180 até 1230, o que nos inclina a relacioná-las com o período da repressão sangrenta da heresia cátara.
Conta-se que durante o assalto das tropas do rei Felipe II à fortaleza de Montségur, apareceu no alto da muralha uma figura coberta por uma armadura branca que fez os soldados recuarem, temendo ser um guardião do Graal.
Alguns historiadores admitem que, prevendo a derrota, os cátaros emparedaram o Graal em algum dos muros dos numerosos subterrâneos de Montségur e lá ele estaria até hoje.
A “Mesa de Esmeralda” evocada pelas histórias de fundo cátaro relacionam-se de maneira óbvia com outra “mesa”, a “Tábua de Esmeralda” atribuída a Hermes Trimegistos.
Temos também informações de uma outra pedra denominada de “Pedra da Aliança” que segundo historiadores era o travesseiro em que Jacó descansara sua cabeça para ver a escada que levava ao céu em Gênesis 28:18-22.
El Shaddai prometera a Jacó, naquela ocasião, que sua semente geraria uma linhagem de futuros reis – linhagem que, no devido tempo, tornou-se a dinastia de Davi e Salomão.
A referida “Pedra da Aliança” foi conjuntamente com a “Arca da Aliança” escondida nas galerias subterrâneas do Templo por Jeremias capitão da guarda do Templo de Hilquias, antes da invasão de Nabucodonosor que conquistou a cidade e arrasou o Templo.
Segundo a história, Jeremias, antes que o Templo fosse demolido, conseguiu levá-la para a Irlanda, onde se tornou conhecida como Lia Fail a “Pedra do Destino”.
Notamos aqui novas conhecidências dos destinos de determinadas peças referenciadas ao Graal, que sempre têm como local a Bretanha.
A partir daí o “Graal-pedra” cede lugar ao “Graal-livro”.

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