TÁ MÍLE FÁILTE ROIMH - YN FIL O WEILHAU CROESO - ARE A THOUSAND TIMES WELCOME - SEJAM MIL VEZES BEM VINDOS

sábado, 14 de maio de 2011

ANÁLISE DO FILME BRAVEHEART






O FILME





"Lutem, e pode ser que morram. Corram, e vocês vão viver. Pelo menos por um tempo. E morrendo em suas camas, daqui a muitos anos, vocês vão querer trocar todos esses dias que tiveram por uma chance, só uma chance, de voltar aqui e dizer aos seus inimigos que eles podem tirar nossas vidas, mas não podem tirar nossa liberdade".




Voltemos ao ano de 95, onde chegava às telas o épico Coração Valente (Braveheart).


Um filme que não conta a história de um homem, Wallace, mas sim como ele se tornou um mito. Quer as coisas tenham acontecido assim ou não.

É assim, sob essa visão, que Mel Gibson (que também dirige) cria o clima do seu filme.

O filme vai além do que se sabe na realidade da biografia de Wallace e extrapola toda uma parte da vida dele não conhecida.

Está recheado de batalhas, que é o que a platéia mais irá se lembrar. E apesar de ser marinheiro de primeira viagem, em cenas desse tipo, Gibson fez um excelente trabalho.


As batalhas têm muitos e muitos homens a pé ou em cima de cavalos, e ainda assim fluem de forma quase brilhante ao invés de sair um amontoado confuso de pessoas.



O herói da ação, Gibson, se revelou um grande maestro para essas cenas e, além disso, o filme foi um dos predecessores das técnicas de multiplicação de pessoas por computador, possibilitando assim grandiosas tomadas de batalhas.





A maior parte dos figurantes eram soldados escoceses, o que tornou as cenas muito mais coniventes com a geografia da história (recurso usado recentemente por Peter Jackson em O Senhor dos Anéis, mas por motivos financeiros).


E não é só nas batalhas que Gibson se sai bem, o filme como um todo se sai muito melhor do que se podia esperar.




Isso porque como disse, é um filme que não conta a história, mas mitos.


Ele cria um mundo ficcional baseado na realidade que se torna extremamente divertido de se assistir.


Tanto que as "licenças poéticas" que ele toma passam tranquilamente, assim como as licenças históricas.

Além de ganhar o Oscar de Melhor Filme em 96, Coração Valente arrebatou outras 4 estatuetas nas categorias de Fotografia, Maquiagem, Efeitos Sonoros e de Melhor Diretor para Mel Gibson que, antes deste longa, tinha dirigido somente o drama O Homem Sem Face (que também protagoniza).




Como se não bastasse o fato de ter ditado regras para novos filmes épicos cujas cenas de batalhas fossem o ponto alto da narrativa, o projeto lançou a bela estrela do cinema francês Sophie Marceau (que fez o par romântico de Gibson no filme) ao estrelato mundial.


A moça, que antes emplacava somente no circuito audiovisual de seu país, acabou levando até um papel de Bondgirl, trabalhando posteriormente ao lado de Pierce Bronan e Robert Carlyle em 007 – O Mundo Não É o Bastante.

O diretor, ator e produtor Mel Gibson acaba levando o espectador a uma história bem construída que, mesmo durando 177 minutos, nos segura na poltrona do começo ao fim. Claro que a história real de William Wallace (cuja luta pela liberdade perdurou, na realidade, por 10 anos) foi ampliada para os padrões cinéfilos, mas não deixa de ser surpreendente o quanto a determinação de um único homem pode levar multidões para lutar em prol de uma grande causa.



Cinco Oscars mais que merecidos

As mais belas paisagens da Irlanda, que se tornaram Escócia, podendo ser apreciadas em algumas cenas - pois que, em sua maioria, o set de filmagem estava bem longe dos penhascos a beira do mar da Irlanda – servindo como pano de fundo das ótimas tomadas da película onde repousava o premio de Melhor Fotografia.

Em cada tilintar de espadas e em cada trote de cavalos se ouvia a Melhor Edição de Som.

A brutalidade visceral das guerras do mundo antigo retratada com perfeição assustadora trouxe com a Melhor Maquiagem.

E por esses e muitos outros motivos que não precisam de prêmios para serem reconhecidos, a batalha de William Wallace pela liberdade levou o Oscar de Melhor Filme em 1996, assim como a visão de Mel Gibson para realizar este épico foi considerada a Melhor Direção.


Ficha Técnica


Título Original: Braveheart

Gênero: Épico
Tempo de Duração: 177 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1995

Estúdio: 20th Century Fox / Paramount Pictures / Icon Entertainment International
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation / Paramount Pictures

Direção: Mel Gibson

Roteiro: Randall Wallace

Produção: Bruce Dave, Mel Gibson e Alan Ladd Jr.

Música: James Horner



Direção de Fotografia: John Toll

Desenho de Produção: Thomas E. Sanders

Direção de Arte: Ken Court, Nathan Crowley, John Lucas e Ned McLoughlin

Figurino: Charles Knode

Edição: Steven Rosenblum

Efeitos Especiais: The Computer Film Company / R/Greenberg Associates West, Inc.


Elenco






Mel Gibson (William Wallace)



Sophie Marceau (Princesa Isabelle de França



Patrick McGoohan (Rei Eduardo I)



Catherine McCormack (Murron MacClannough)



Angus MacFadyen (Robert the Bruce)



Brendan Gleeson (Hamish)



David O'Hara (Stephen)



Ian Bannen (Leproso)



Brian Cox (Argyle Wallace)


Gerda Stevenson (Tia MacClannough)


Peter Hanly (Edward, Príncipe de Gales)



Prémios e nomeações












Globo de Ouro 1996 (EUA)
Venceu na categoria de Melhor Diretor - Cinema.
Nomeado nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora.

BAFTA 1996 (Reino Unido)
Venceu nas categorias de Melhor Vestuário, Melhor Fotografia e Melhor Som.
Nomeado nas categorias de Melhor Maquiagem, Melhor Diretor e Melhor Produção de Arte além de ter concorrido ao prémio Anthony Asquith para música de filme.

MTV Movie Awards 1996 (EUA)
Venceu na categoria de Melhor Seqüência de Ação.
Prêmio Eddie 1996 (American Cinema Editors, EUA)
Venceu na categoria de Melhor Edição.


Prêmio Saturno 1996 (Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, EUA)
Nomeado nas categorias de Melhor Filme de Ação/Aventura, Melhor Figurino e Melhor Música.

Nenhum comentário:

Postar um comentário