Um outro local onde os historiadores e pesquisadores afirmam que o Santo Graal
poderia estar escondido, é a cidade Troyes na França.
No entanto, ele estaria representado pela figura de um prato
e que teria desaparecido com a ocorrencia da Revolução Francesa.
Vejamos a história.
Vejamos a história.
TROYES é uma cidade situada em Champagne, na França. Produtora de vinho e possui belas igrejas, sendo a principal a Catedral de St. Pierre-et-St.-Paul em estilo gótico flamboyant. Sua fachada encontra-se danificada, porém o seu interior abobadado é espetacular.
Possui também uma Igreja dedicada ao culto de Maria Madalena. É a Igreja de Sta. Madeleine conhecida por seu anteparo rendado com motivos de folhagens, uvas e figos. Atrás, há uma parede de vitrais em tons marrom, vermelho e azul.
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Cidade de Troyes
A cidade de Troyes está ligada ao Santo Graal devido ao fato de que Chrétien de Troyes (1135-1183) ser um poeta local. Chrétien estudou para ser padre, mas, depois de aprender latim, tornou-se tradutor e escritor famoso e pertencia à corte de Marie de Champagne sua patronesse, onde fez carreira como poeta e escritor.
Escreveu versos inspirados na poesia dos trovadores antes de iniciar a seqüência de romances, todos eles ligados ao Ciclo Arturiano: Érec et Énide, Cligès ou la fausse morte, Lancelot ou le chevalier à la charrette, Yvain ou le chevalier au lion e Perceval ou le conte du Graal. Todos esses romances foram escritos em verso.
Dedicou seus romances para Marie, Condessa de Champagne, que era não só esposa de Henrique o Conde de Campagne, mas também uma das filhas de Luiz VII da França com Eleonor da Aquitânia.
Chrétien era muito popular na época, destacando-se como a mais influente e inovadora figura da literatura vernácula do séc. XII. Fundador do gênero romanesco, suas obras foram traduzidas e imitadas por toda a Europa.
Inspirou-se num “corpus” de lendas arturianas, essencialmente célticas, e na cultura e sociedade cortesã de seu tempo. Sua principal preocupação parece ter sido as atitudes, hábitos e crenças que caracterizavam a cavalaria de sua época e suas implicações morais.
A ação de seus romances concentra-se na busca de aventuras por parte do cavaleiro andante, que, diante de vários problemas e crises precipitados normalmente pelo amor, cresce em estatura quando adquire uma identidade e novos valores o que o habilita a realizar melhor seu potencial individual e cumprir plenamente seu papel na sociedade.
Chrétien havia construído sua reputação traduzindo histórias clássicas do latim e do grego, antes de se dedicar a compor uma série de histórias cavalerescas sobre os cavaleiros como Sir Lancelot, Sir Gawain e Sir Percival.
Esses escritos deram origem a uma enxurrada de histórias sobre o rei Arthur e seus Cavaleiros da Távola Redonda.
Diz-se que a Condessa Marie fez da Corte de Champagne o vinhedo da cultura e da cavalaria, mas quando seu marido, Conde Henrique, morreu quase imediatamente ao retornar das Cruzadas, ela se retirou da vida pública. Quando Marie veio a falecer em 1181, um dos seus primos Felipe da Alsácia, Conde de Flandres, virou seu patrono.
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Igreja de Sta. Madeleine
No século XII, quando Chrétien de Troyes estava compondo seus romances em versos, a prosa era praticamente reservada para as traduções do latim, comentários ou paráfrases de textos sagrados e em particular os sermões.
No século XIII, a prosa tornou-se o veículo utilizado nas crônicas. Quando aconteceu dos escritores iniciarem a transformação em prosa dos romances arturianos escritos em versos por volta de 1210, os textos acabaram por revelarem-se mais históricos e mais religiosos.
O enfoque dos enredos mudou da cavalaria cortês para a busca do Graal e a matéria organizou-se num ciclo de obras que passou a ter como objetivo recontar toda a história do Graal desde as suas origens na paixão de Cristo até a completa realização da busca do Santo Graal pelo seu cavaleiro preferido.
Quando lhe pediram para identificar suas fontes, Chrétien alegou que tinha lido a história do Graal em um dos livros que fora presente de seu patrono, Felipe.
De fato, é a ele que a história do Graal é dedicada. Infelizmente Felipe morreu no cerco de Acre em 1191, durante a Terceira Cruzada. Por isso o poema nunca foi terminado.
Apesar da decisão de Chrétien de não terminar sua história, mesmo assim a narrativa do Santo Graal ganhou vida própria. Foram feitas adaptações diretas do francês antigo para o holandês médio e o galês antigo.
Alguns anos depois, por volta de 1200, outro poeta e escritor, Wolfram von Eschenbach também escreveu uma outra versão sobre o Graal, afirmando com grande segurança que a versão da história do Graal escrita por Chrétien estava errada, enquanto que a sua era a correta, porque estava baseada sobre informações privilegiadas. Tais informações vieram de um certo “Kyot de Provence”.
A cidade de Troyes também está intimamente ligada à história do Santo Graal por um outro fato; foi nela que São Bernardo de Clairvaux (1090-1153) traçou as regras da Ordem Templária, que havia, por sua vez, estreitos relacionamentos com a cidade.
É muito difícil sustentar que, ninguém em uma cidade importante para os cavaleiros, fosse a corrente do reencontro do Graal por parte deles.
Se Chrétien traz ao nosso conhecimento somente de um fragmento da verdade, é fácil que tenha nesse momento, por principio, escrito o seu “Perceval ou le Conte du Graal” sob a base de um fato verdadeiro, construindo um poema sobre o cálice.
Também é conveniente ressaltar que, na obra de Chrétien de Troyes, do Graal se fala pouquíssimo, Percival o protagonista da história, não narra nunca a verdadeira identidade do objeto, e o autor não dá qualquer informações sobre a relíquia.
Wolfram Von Eschembach, que podia usufruir uma fonte como a de Kyot, diretamente em contato com a família Monferrato, ataca os erros e dos absurdos textos dos poetas franceses, iniciando seu poema sublinhando o fato de que a versão de Chrétien de Troyes estava errada, se bem que, “Parzifal” não pode ser lido como um rigoroso documento histórico.
As lendas contam que o suposto prato utilizado na última ceia foi roubado da Igreja de Bucoleon em Constantinopla, pelos cruzados em 1203.
Eles o teriam levado para Troyes.
O prato sumiu durante a Revolução Francesa e até o momento não existe nenhuma pista sobre a sua localização.
Em continuação vamos a cidade de Aberystwyth na Inglaterra a procura do Graal.
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