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domingo, 19 de julho de 2009

AS BRUMAS DE AVALON

A misteriosa ilha mágica de Avalon foi cantada em prosa e verso por trovadores medievais.
Lá viviam seres elementais, como fadas, ninfas e elfos, além das sacerdotisas da Lua e aprendizes dos mistérios e forças da natureza.
Era magicamente iluminada pelo Sol. Densas brumas obscureciam o caminho até ela, onde tudo florescia. Só quem bem conhecia os caminhos da magia era capaz de vencer as brumas de Avalon, conhecida como Ilha dos Mortos, para onde ia o mais famoso de todos os reis ingleses, Arthur, em busca de conselhos. Séculos se passaram... Mas a lenda de Arthur e de Avalon está cada vez mais forte.
Acredita-se, que o rei só espera um bom momento para voltar.
Na década de 60, arqueólogos escavaram arredores da cidade de Glastonbury, na planície de Somerset, sudoeste da Inglaterra e 150 quilômetros de sua capital, Londres. Acredita-se que Arthur teria alí se refugiado.
Foram encontrados vestígios de uma fortificação de madeira, construída no Século V, quando Arthur teria reinado.
Glastonbury foi dominada pelos celtas. Depois, conquistada por romanos, no início da Era Cristã. Foram Arthur e os 12 cavaleiros da Távola Redonda que, no final do século V, expulsaram os saxões da região.
O sobrenatural de “Ynis Witrin”, como Glastonbury foi chamada pelos celtas, os primeiros habitantes, era uma atração a mais para os conquistadores, que para lá se dirigiam em busca do ferro (ainda abundante e na Idade Média mais valioso que ouro).
Hoje, o cenário de “Ynis Witrin” mudou. Mas em todas as épocas, a sua história esteve envolta nas brumas da magia.
É considerada um Santuário e um dos lugares mais misteriosos do Planeta.
Antigas citações indicam que era de fato uma ilha. Arqueólogos confirmam que os campos ao redor da cidade foram pântanos drenados.
“Ynis Vitrin” significa “A Ilha de Vidro”, nome que designa um outro mundo, onde seres mágicos vivem para o todo e sempre.
Entre sítios históricos e formações geológicas nos arredores da cidade, existe em meio a planície da região, uma única colina (Tor) em forma de cone, com quase 300 metros de altura.
No cume, ruínas da torre da igreja de Santin Michel se erguem como tótem fincado na terra, num apelo aos céus.
Foram escavadas nas encostas, curvas de nível e desenhos.
Vistos de cima, lembram um labirinto ou espiral conduzindo para o alto.
Tor significa em Celta portão, passagem.
Estaria alí o umbral que permite a passagem do nosso mundo para a ilha mágica de Avalon? Os esotéricos que buscam Glastonbury acreditam que sim.
Foram versos de monge e trovadores medievais que registraram à frente das batalhas do povo bretão, a existência do líder guerreiro Arthur.
O bispo e Historiador Geoffrey de Monmouth, no ano de 1137, em “Histórias dos Reis da Britânia”, popularizou o mito.
Conta que Uther de Pendragon apaixonou-se pela mulher do Duque de Gorlois, Igraine. Muito doente, procurou o mago Merlin, sábio personagem que teve origem na magia dos druídas, bruxos dos celtas.
Queria viver uma noite com Igraine.
Merlin o fez, por poucas horas, à imagem e semelhança de Gorlois.
A criança gerada, Arthur, segundo o trato, foi criada por Merlin.
Pendragon morreu uma década e meia depois, deixando o país sem rei.
Merlin propôs que quem conseguisse possuir Excalibur, espada com poderes mágicos cravada numa rocha, seria o novo rei.
Arthur conseguiu possui-la.
Depois de revelada sua filiação, mergulhou em batalhas pela unificação do país, com ajuda dos 12 cavaleiros da Távola Redonda (assim chamada porque eram iguais). Reinou com filosofia de nobreza espiritual, amor cortês e justiça.
Casou com a princesa Guinevere, com a qual não teve filhos.
Ela apaixonou-se por Lancelot, o melhor e mais fiel cavaleiro de Arthur, com quem foge quando o rei estava em Roma e Mordred, filho de sua meia-irmã Morgana, planejava usurpar o trono. Arthur, cuja história está ligada à busca do Santo Graal, retorna e mata Mordred, mas é mortalmente ferido. Levado para Avalon, é curado.
Lá edifica um mosteiro, convertido em casa beneditina no século X.
Relatos indicam que em 1190, na Abadia de Glastonbury, a maior de todas da Idade Média, foi encontrado um túmulo com inscrição de que alí estava Arthur.
Meio milênio mais tarde, o rei Henrique VIII, revoltado contra a Igreja Católica que não aceitava seus divórcios, destruiu a Abadia e os lendários restos mortais.
Uma tradição milenar relata também que está em Glastonbury o Poço do Cálice Sagrado, onde José de Arimatéia, amigo e protetor de Cristo, no ano 37 d.C., teria escondido o Santo Graal, o cálice da Santa Ceia, contendo o sangue de Jesus.
O poço fica nas proximidades da colina de Tor.
O sangue do cálice teria sacralizado e tingido a água pura do poço. Esta é realmente vermelha. Segundo cientistas, devido ao alto teor de ferro no solo.
Diz a lenda que Arimatéia também construiu uma igreja em Glastonbury.
Astrólogos são seduzidos pela existência de um Zodíaco desenhado na paisagem do lugar, que se estende por um círculo de 16 km nas terras de Somerset.
Kathatarine Maltwood, escultora inglesa, em 1200, divulgou a descoberta de um grupo de enormes figuras espalhadas no solo da planície.
Limitadas pelos contornos naturais dos rios, dos caminhos, dos atalhos, da colina, do fosso e das fortificações, as figuras representam os 12 signos do Zodíaco.


Mas foi Mary Caine, professora de Arte Inglesa e membro da Ordem de Druidas de Londres, quem filmou do ar o tal Zodíaco.
Esse Templo das Estrelas é a síntese da Astrologia, das lendas do rei Arthur e da Nova Idade da Filosofia.
Descobrir seu significado requer paciência e imaginação, já que tudo se baseia em associações de nomes locais e lendas, mais do que em fatos históricos.
Arthur é Sagitário; Merlin, Capricórnio; Lacelot, Leão; Guinevere, Virgem.
Glastonbury localiza-se em Aquário, que é representado por uma Fênix - a Nova Idade nascida das cinzas da antiga.
O vaso sagrado é o bico do pássaro; o outeiro, sua cabeça; e, a Abadia, o Castelo do Graal.

Onde está Avalon?
A colina do Tor era a que poderia ser o acesso à mística Ilha de Avalon. Dizem que o mar chegava até esse local e era um lugar rodeado pelas águas e conhecido como Avalon, cujo nome de reminiscência artúrica significa Ilha das Maçãs e em algumas antigas culturas, essas frutas representavam a imortalidade.
Nela, descansavam os mortos antes de voltar a reencarnar.
Segundo a lenda, o rei Arthur, depois da batalha em Camelot, foi levado a Avalon de onde voltaria algum dia.
Inclusive a bruma que costuma cobrir a região que os habitantes locais chamam de A Dama Branca, evoca a névoa da mística de Avalon.
Além do mais, esse lugar está localizado no condado de Somerset, nome que poderia aludir ao Reino de Verão, com o qual sonhavam Merlim e Arthur, como uma terra na qual as coisas poderiam ser diferentes para todos os homens e mulheres.
Segundo as tradições galesas, Avalon, também chamada Ilha dos Benditos ou Ilha dos Afortunados, era um mundo feminino onde reina Morgana.
Este local enigmático, o Tor ou colina no idioma gaélico, com seus 176 metros de altura e com uma colina de pedras no seu topo possui grandes forças telúricas, iguais de Stonehenge e Avebury, com as quais forma um triângulo, símbolo do fogo, elemento de transmutação e renovação espiritual.
Exatamente neste local houve a construção de duas igrejas, a primeira foi destruída por incêndios e da segunda existe apenas sua torre.
Glastonbury anteriormente era Ynnis-Witrin ou a Ilha de Avalon, e estes são os nomes mais conhecidos.
Ynnis Witrin é conhecida como: a Ilha de Cristal, pois os celtas chamavam esta área de "Ynnisvitrin", a Ilha do Vaso, a Ilha Brilhante, com base na cor do rio e na velha palavra britânica.
O nome Avalon é originário da época do rei Avallach ou Avalloc e das histórias do Graal.
Simplesmente, Avalon
Uma lenda que está muito além das brumas do tempo...
Mas como alcançá-la?
Para aqueles que estão centrados na fé, basta apenas olhar dentro de si e buscá-la nos seus mais nobres sentimentos.
O Templo de Avalon é o corpo que guarda a alma ancestral, o caminho que nos leva direto a misteriosa Ilha das Maçãs, ou seja, o caminho da verdade infinita que está dentro de cada ser.
Para adentrarmos dentro da ilha sagrada de Avalon, basta respirar fundo, esvaziar a mente de todo e qualquer pré-julgamento, invocando a emoção e a razão dos nossos Antigos Deuses.
E, diga apenas:
“Que as brumas novamente dêem passagem ao filho de Avalon, que retorna de sua longa jornada, ao plano de luz e beleza maior.
Que assim seja!”
Aos poucos a sensação de bem-estar e amplitude aumentará e num determinado momento você estará lá.
Aproveite este contato e siga até o ponto mais alto da ilha para ouvir o canto dos pássaros e o farfalhar das folhas das árvores, pois eles são os elementais de Avalon apresentando-lhe todos os segredos gravados na pedra.
Ao descer a colina em espiral, consulte o poço das águas sagradas e o fogo perpétuo da pira central do templo, pois são as bases dos princípios maiores da criação.
Saiba que tudo é possível e que cada minuto são horas de puro prazer e recordação...
Busque as respostas, soluções e simplesmente acredite que elas já fazem parte da sua vida. Acesse esse portal toda vez que precisar de uma orientação.
A Deusa é amorosa, mas também implacável e, como o Deus, atua lado a lado daqueles que sabem que o melhor está sempre no caminho do eterno aprendiz.
Resgate sua sabedoria divina e a força guerreira dos antigos celtas.
Viva intensamente este momento e percorra cada canto da ilha.
A cada nova viagem você retornará revigorado e sua percepção estará cada vez mais aguçada. Avalon é simplesmente esta doce emoção, mas, apenas para aqueles que ainda acreditam na magia que está escondida dentro do seu coração.

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