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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O ENCANTO DA COSTA DO MAR NA IRLANDA

A Irlanda é um país territorialmente pequeno, em especial quando temos as proporções do quinto maior país em extensão do mundo que é Brasil. Mas não é por ser tão pequenino, que deixa em desejar em belezas naturais. Para mim, um dos maiores encantos da Irlanda, é viajar pelo seu interior e desrutar das impressionantes paisagens que ela oferece.



Um dos lugares mais incríveis que conheci por aqui, foi com certeza Cliffs of Moher. Localizados na costa oeste do País, ou seja, na costa do oceano Atlântico, o caminho que nos leva até os Cliffs nos faz entender uma das razões da Irlanda ser considerada um país de escritores. O bucolismo das paisagens inspira a todos a escrever, pensar na vida, deixar a consciência viajar e sonhar, sonhar muito!!!



Os gramados baixinhos e verdes claros hospedam as criações de gado e ovelha, onde apenas "taipas" fazem as divisões dos lotes. Muito mais ovelhas, que se adaptam bem ao clima e contribuem para a fabricação dos famosos suéters artesanais confeccionados naquela região. E o detalhe especial deste trajeto é que andando pelas estradas super estreitas da Irlanda, estreitas mesmo, com menos de 4 metros de largura, você aprecia o pasto verde de um lado e a costa do mar do outro. Na Irlanda, a magia que mistura o campo e a praia é simplesmente indescritível.

Os Cliffs of Moher são conhecidos como uma das paisagens mais exuberantes da Europa, por exibirem a beleza de 214 metros de altura e 8 Km de comprimento. No dia em que visitei os Cliffs – que são penhascos -, fomos agraciadas por um dia maravilhoso de sol, depois de dias inteiros de chuva. Os suaves raios de sol, misturados com o intenso vento lá em cima, pareceram tornar os Cliffs ainda mais belos, se é que isso é possíve!. A sensação de olhar aquela maravilha que a natureza coloca diante dos nossos olhos, nos faz nos sentir minúsculos diante da imensidão de Deus criador do Céu e da Terra.


Nas proximidades dos Cliffs você ainda pode visitar monumentos formados pelas pedreiras como - Poulnabrone Dolmen – (que tem o formato de uma mesa) que data de 5 mil anos atrás e Aillwee Caves, uma caverna que conserva uma rica formação rochosa e servia de abrigo para espécies extintas como ursos.

Ainda na mesma costa, tem-se a oportunidade de visitar Connemara, onde montanhas começam a se formar e exibem particularidades com pedreiras milenares. Mas neste último final de semana, foi a vez de pegar um barco em Galway e chegar até Aran Island: que vontade de não sair mais de lá!



São três ilhas na costa do Atlântico – Inis Mór, Inis Meáin e Inis Oírr - nas quais os moradores nativos ainda falam irish (gailec). Finalmente, depois de 2 meses na Irlanda consegui ouvir conversas em irlandês!!! Chegando em Inis Mór – a maior das três, foi a vez de alugar uma bicicleta e pedalar por toda a sua extensão, me encantando com cada detalhe da simplicidade do lugar.





Casas simples, ovelhas pastando, telhados parecidos com uma espécie de palha, muitas ruínas antigas, tanto de igrejas, quanto de cemitérios. Quando cheguei em Oún Aonghasa – um dos mais espetaculares fortes de pedra foi difícil entender que precisava voltar! A única vontade que tinha era de ficar lá, apreciando tudo aquilo, deixando o vento forte quase nos carregar, ouvindo o barulho do mar e me apaixonando por cada detalhe da beleza daquele Cliff. Este forte foi consruído pelos celtas aproximadamente há 2000 a.c. Estar dentro daquele formato semi-circular, sendo contagiada pela mistura da beleza natural com o sentimento de impotência de uma contrução tão perfeita há mais de 4000 anos, me transportou para horizontes muito maiores que nosso dia-a-dia pode nos oferecer.



É muito difícil imaginar como era a vida há 4 mil anos atrás... Mas é inevitavel dizer que eles tinham uma civilização próspera e competente por tudo o que deixaram... Por todo o caminho de volta, as pedreiras estão presentes. É um rochedo quase interminável da costa do Atlântico que promove uma paisagem indescritível.



E para encerrar, não posso deixar de mencionar Giant´s Causeway, um dos pontos indicados no rank dos 100 lugares mais lindos pra se conhecer no mundo. Localizado há aproximadamente 3 horas de Belfast, capital da Irlanda do Norte, além de oferecer a exuberância da beleza das pedreiras, montanhas e declives na costa do Atlântico, o trajeto oferece várias paradas onde se pode visitar ruínas de Castelos, de Igrejas e se aventurar em estreitas e frágeis "pinguelas" para olhar a imensidão dos penhascos de cima. É preciso se proteger para não ser levado pelo forte vento e para ter coragem de deixar aquela maravilha e voltar à vida real.

domingo, 10 de outubro de 2010

INTERIOR DA IRLANDA - Part.4

Confesso que tinha grandes expectativas com esta região, pois já havia ouvido falar que seria um dos pontos altos da costa. Realmente tenho que concordar que a península de Dingle é mágica.



Ali encontra-se a Irlanda propriamente dita com a sua língua original o Gaeltacht que é preservada com muito orgulho pelos seus moradores, apesar de que todos também falam inglês. Algumas placas de vilarejos nesta região só estão neste idioma o que na maioria dos casos é totalmente diferente do equivalente em inglês.


A cidade de Dingle em si esta mais para um charmoso vilarejo com seu pequeno porto e pubs. O povo dali é muito simpático tirando uma péssima experiência no "The Dingle Pub". Ali o que importa é jantar rápido, caro e esvaziar a mesa o mais rápido possível para o próximo cliente. Recebemos a conta antes mesmo de pedir, o que só prova que tal local é pega-turista…. uma pena.
As estradas de Dingle podem ser uma aventura à parte principalmente quando se esta atravessando o Conair Pass. Descendo do alto de 500 metros se tem uma vista de perder o fôlego do vale, lagos e da baía.



Dingle é também rica em monumentos pré-históricos e da Idade Média como por exemplo o Oratório de Gallarus ou as cabanas colméia que serviram de abrigo a famílias do ano 1000 antes de Cristo até o ano de 1200.
Saindo de Dingle fomos seguindo rumo a norte e pegamos a balsa em Tarbert rumo a Kilimer na província de Clare por ser mais rápido e assim não precisamos atravessar a cidade de Limerick.
Assim como o Brasil é famoso pelo Pão de Açúcar no Rio, na Irlanda o mesmo é verdadeiro para os Penhascos de Moher, ou no original, Cliffs of Moher.



Esta formação rochosa que se estende por 8 km e tem uma caída vertical de 214 metros é realmente impressionante.



Mas como não deixaria de ser como qualquer outra famosa atração, só se pode andar ao longo dos Cliffs numa faixa limitada artificial feita exclusivamente para os turistas, pois o resto é de propriedade particular. O estacionamento custa 8 euros. Enfim pode ser frustrante para alguns que gostariam de curtir mais este lindo lugar mas que infelizmente ficou meio que artificial.



Ainda bem perto dos penhascos de Moher, se encontra uma paisagem bem diferente conhecida como The Burren. Trata-se de uma grande área de formações rochosas de calcário que fazem lembrar a superfície lunar.


Apesar de não haver solo própriamente dito, a natureza brota de cada fenda e na primavera, há várias espécies de flores que nascem no meio das rochas. Esta região é também rica em arqueologia, principalmente da época neolítica assim como da Idade Média.


Pernoitamos na simpática cidade universitária de Galway. O seu centro medieval se concentra na William Street. Por ser pequeno pode ser facilmente explorado à pé. Dali seguimos no dia seguinte para a cidade de Letterfrack onde é a entrada para o Parque Nacional de Connemara.


Quatro das doze montanhas que formam o Twelve Bens se localizam no parque. É possível escalar o Diamond Hill ( uma hora até subir ao topo ). É aconselhavel jaqueta impermeável e sapatos anti-escorregadios para a subida.


O visual lá de cima compensa qualquer esforço. Não precisa ser expert para subir, há caminhos de pedra para facilitar a escalada.


Vista do Lago Kylemore e da Abadia Kylemore.


Construído em 1868 pelo aristocrata Mitchel Henry e sua família, o palácio é abandonado pouco tempo depois com a morte de sua esposa.
Desde 1920 administrado pelas freiras belgas que fugiram da Primeira Guerra Mundial, esta abadia é hoje em dia um internato para meninas.
É possível visitar os jardins e a igreja neogótica. ( 12€ por pessoa ).


Continuamos pela estrada N59 que reservaria outras grandes surpresas como o maior fjord da Irlanda (14 km de comprimento) ao longo do Killary Harbour. Há passeios de barco ao longo de todo o fjord.


Fomos seguindo rumo norte até a província de Sligo ou a terra do famoso escritor Yeats. Uma das marcas registradas desta região é a montanha plateau Benbulben que a kilometros de distância pode ser vista com suas impressionantes formações rochosas.



Já na província de Donegal o percurso de Killybegs até Glencolumbkille também conhecido como a Slieve League é um dos trajetos mais bonitos de toda a viagem.



Ainda na província de Donegal passamos pelo Glenveagh National Park que é considerado o mais bem perservado de toda a Irlanda com espécies raras de animais.





sexta-feira, 8 de outubro de 2010

INTERIOR DA IRLANDA - Part.3


Não tão famoso como o Ring of Kerry, este trajeto é considerado por muitos como mais bonito do que o de Kerry, no que concordo plenamente, pois encontramos muito menos turistas.





Abro aqui um pequeno parentesis para o fato de que viajar pelo interior da Irlanda requer muita atenção, principalmente ao longo da costa, pois em muitos casos, nas estradas, passam apertado
dois carros (como na da foto acima) e as ovelhas, que não são nenhum pouco ariscas e trafegam livemente pelo meio da rua. Além disso, ainda existe o fato de que temos que dirigir pelo lado esquerdo, o que pode ser um grande desafio para muitos. Mas apesar de tudo isso, o carro é a melhor opção para se locomover pelo interior, e vale muito à pena.
Mais um B&B de encher os olhos na Península de Behara (75 euros por casal) em Kenmare.
Vista do quarto

No dia seguinte partimos para o tão famoso "Ring of Kerry". Mas por sugestão dos próprios nativos resolvemos fazer somente metade dele. Seguimos ao longo da costa até chegarmos a Cidade de Waterville e dali seguimos até o vilarejo de Glencar cortando o vale das montanhas de Caha.


De acordo com os próprios moradores da região, a melhor parte do trajeto de 180 km é a costa sul entre Parknasilla e Sneem. É extremamente desaconselhável fazer este percurso no mês de agôsto, por exemplo, pois há muitos ônibus de turistas que praticamente entopem as pequeninas estradinhas do anel. tivemos sorte porque já era setembro, então, não tivemos esse problema.


Dali seguimos rumo à Península de Dingle

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

INTERIOR DA IRLANDA - Part.2









Ás vezes ficar em B&B também é um luxo quando se tem esta vista ….









Bayview B&B Phil Minihane Paddock, Aughadown, Skibbereen, Co.Cork, 028-38276. 70 euros por casal.





No meio da ilha ao fundo da segunda foto, se pode avistar o castelo Kilcoe (restaurado pelo ator Jeremy Irons), há binóculos para os hóspedes curtirem melhor a paisagem.
De Skibbereen saímos para explorar a península de Mizen Head. Por não ter uma costa tão recortada, este roteiro não é tão famoso entre os visitantes.




Dali fomos subindo em direção à península de Beara. Seu trajeto de 140 km é conhecido como o “Ring of Beara”.

Continua...