Os gramados baixinhos e verdes claros hospedam as criações de gado e ovelha, onde apenas "taipas" fazem as divisões dos lotes. Muito mais ovelhas, que se adaptam bem ao clima e contribuem para a fabricação dos famosos suéters artesanais confeccionados naquela região. E o detalhe especial deste trajeto é que andando pelas estradas super estreitas da Irlanda, estreitas mesmo, com menos de 4 metros de largura, você aprecia o pasto verde de um lado e a costa do mar do outro. Na Irlanda, a magia que mistura o campo e a praia é simplesmente indescritível.
Nas proximidades dos Cliffs você ainda pode visitar monumentos formados pelas pedreiras como - Poulnabrone Dolmen – (que tem o formato de uma mesa) que data de 5 mil anos atrás e Aillwee Caves, uma caverna que conserva uma rica formação rochosa e servia de abrigo para espécies extintas como ursos.
Ainda na mesma costa, tem-se a oportunidade de visitar Connemara, onde montanhas começam a se formar e exibem particularidades com pedreiras milenares. Mas neste último final de semana, foi a vez de pegar um barco em Galway e chegar até Aran Island: que vontade de não sair mais de lá!
São três ilhas na costa do Atlântico – Inis Mór, Inis Meáin e Inis Oírr - nas quais os moradores nativos ainda falam irish (gailec). Finalmente, depois de 2 meses na Irlanda consegui ouvir conversas em irlandês!!! Chegando em Inis Mór – a maior das três, foi a vez de alugar uma bicicleta e pedalar por toda a sua extensão, me encantando com cada detalhe da simplicidade do lugar.
Casas simples, ovelhas pastando, telhados parecidos com uma espécie de palha, muitas ruínas antigas, tanto de igrejas, quanto de cemitérios. Quando cheguei em Oún Aonghasa – um dos mais espetaculares fortes de pedra foi difícil entender que precisava voltar! A única vontade que tinha era de ficar lá, apreciando tudo aquilo, deixando o vento forte quase nos carregar, ouvindo o barulho do mar e me apaixonando por cada detalhe da beleza daquele Cliff. Este forte foi consruído pelos celtas aproximadamente há 2000 a.c. Estar dentro daquele formato semi-circular, sendo contagiada pela mistura da beleza natural com o sentimento de impotência de uma contrução tão perfeita há mais de 4000 anos, me transportou para horizontes muito maiores que nosso dia-a-dia pode nos oferecer.
É muito difícil imaginar como era a vida há 4 mil anos atrás... Mas é inevitavel dizer que eles tinham uma civilização próspera e competente por tudo o que deixaram... Por todo o caminho de volta, as pedreiras estão presentes. É um rochedo quase interminável da costa do Atlântico que promove uma paisagem indescritível.