Existem inúmeros ritos relacionados com o paganismo, de uma forma geral, e articularmente com a bruxaria. Muitos deles são bastante pessoais, ou relacionados a tradições específicas, mas, de maneira geral, pode-se dizer que toda a ritualística acaba centrando-se na idéia de comemoração dos ciclos naturais.
A celebração dos ciclos naturais é certamente uma das formas mais antigas de rito humano. O caráter cíclico da natureza foi reconhecido pela espécie humana há muitos milênios, e a própria sobrevivência da espécie foi relacionada a esses ciclos. Quando dependíamos da caça e da colheita, era vital acompanhar as manadas em seus deslocamentos sazonais, conhecer os momentos propícios para colher os frutos ou armazenar alimento. Depois, com o desenvolvimento da agricultura, o conhecimento desses ciclos passou a ser ainda mais essencial.
A ideia de celebrar, de comemorar a passagem dos ciclos naturais, era encarada pelos nossos antepassados como uma verdadeira forma de preservá-los. Na filosofia pagã, o Homem e a Natureza são indissociáveis e, portanto, mutuamente responsáveis pela sua preservação. Celebrar os ciclos, ou os seus vários momentos, era um modo de mostrar à Natureza (e às divindades naturais) a gratidão, de expressar a alegria pelos dons recebidos e, em vários momentos, de devolver à Terra aquilo que por ela era proporcionado. Magicamente, a celebração dos ciclos naturais possuía o caráter retributivo, ou seja: ofertava-se à Natureza o fruto do trabalho, para garantir que este fruto seria sempre colhido. Que o equilíbrio natural se preservaria e o suceder das fases seria contínuo.
Não diferente os Celtas desenvolveram suas festividades ligadas às essas mudanças de estações para ofertar aos seus Deuses e Ancestrais o agradecimento de mais uma estação passada e dar as boas vindas ao que está por vir, sempre pedindo através de orações, cantos e danças as bênçãos e proteção para continuar uma jornada de boa-venturança.
Não diferente os Celtas desenvolveram suas festividades ligadas às essas mudanças de estações para ofertar aos seus Deuses e Ancestrais o agradecimento de mais uma estação passada e dar as boas vindas ao que está por vir, sempre pedindo através de orações, cantos e danças as bênçãos e proteção para continuar uma jornada de boa-venturança.
As festividades celtas eram divididas apenas em 4, isso mesmo, 4 ritualísticas aos quais antecediam as estações do ano, Samhain, Oimelc, Beltane e Lughnasadh.
Na comemoração de Samhain preparavam-se para a chegada do inverno a estação mais rigorosa onde muito dos velhos, enfermos e crianças pequenas não sobreviviam as extremas temperaturas e pediam a proteção aos Ancestrais para que todos das família fiquem protegidos dessa longa jornada que simboliza a morte.
Em Oimelc comemoram o fim do período de morte e a chegada do sol com a beleza primaveril. Todo o encanto dessa estação, inspira a todos os amantes e principalmente aos bardos em suas canções alegres e a benção de que a vida continua apesar de todo o sofrimento passado.
A chegada de Beltane é a mais festiva com o aparecimento da luz solar, suas profecias de um ano melhor e o auge do amor entre os amantes.
Lughnasadh é o momento de reunir os amigos, festejar e jogar. Lembrar de nossas tradições, dançar ao ritmo das músicas alegres e agradecer à todos por mais uma longa caminhada na roda da vida.
Os celtas não denominavam suas festividades como Sabath, esses termos são usados pelos judeus para nomear suas festividades e historicamente não lembro de ler alguma referências sobre tal contato entre os Celtas e os Judeus na era pré-cristã, muitos menos registros antropológicos.
Apesar dos Celtas invadirem a Grécia e outros territórios da Europa, eles não comemoravam os equinócios e solstícios, essas são festividades helênicas, não havendo nenhuma referência Celta na comemoração dos mesmos. Como podemos observar essas culturas são distintas e tradições com identidades próprias.
Autor: Corujão
http://alcorujao.blogspot.com/
Na comemoração de Samhain preparavam-se para a chegada do inverno a estação mais rigorosa onde muito dos velhos, enfermos e crianças pequenas não sobreviviam as extremas temperaturas e pediam a proteção aos Ancestrais para que todos das família fiquem protegidos dessa longa jornada que simboliza a morte.
Em Oimelc comemoram o fim do período de morte e a chegada do sol com a beleza primaveril. Todo o encanto dessa estação, inspira a todos os amantes e principalmente aos bardos em suas canções alegres e a benção de que a vida continua apesar de todo o sofrimento passado.
A chegada de Beltane é a mais festiva com o aparecimento da luz solar, suas profecias de um ano melhor e o auge do amor entre os amantes.
Lughnasadh é o momento de reunir os amigos, festejar e jogar. Lembrar de nossas tradições, dançar ao ritmo das músicas alegres e agradecer à todos por mais uma longa caminhada na roda da vida.
Os celtas não denominavam suas festividades como Sabath, esses termos são usados pelos judeus para nomear suas festividades e historicamente não lembro de ler alguma referências sobre tal contato entre os Celtas e os Judeus na era pré-cristã, muitos menos registros antropológicos.
Apesar dos Celtas invadirem a Grécia e outros territórios da Europa, eles não comemoravam os equinócios e solstícios, essas são festividades helênicas, não havendo nenhuma referência Celta na comemoração dos mesmos. Como podemos observar essas culturas são distintas e tradições com identidades próprias.
Autor: Corujão
http://alcorujao.blogspot.com/
Tem algumas pequenas coisas que precisam ser revistas. Primeiro em relação ao sabá (sabbat ou sabbath como preferir), a palavra em si tem uma origem bem anterior a cultura judaica, apesar de realmente o sabbat ter sido uma palavra adotada pelas religiões neopagãs como uma reafirmação de seu orgulho pagão, pq na época de caça as bruxas (talvez pela influencia do termo judaico, notando que os judeus tbm eram considerados hereges)foi a palavra escolhida para designar as reuniões das bruxas ou feiticeiras que ocorriam as noites de sexta geralmente. Indico que vc leia o Os Andarilhos do Bem: feitiçaria a cultos agrários nos séculos XVI e XVII e HISTÓRIA NOTURNA - Decifrando o Sabá ambos do historiador Carlo Ginzburg,portanto são livros cientificos que abordam o tema do tradicionalismo do sabá tbm para as bruxas.
ResponderExcluirQnto aos festivais, além dos festivais agricolas ou festivais do fogo que foram os descritos por vc existem tbm os festivais solares (esses sim que comemoravam os equinócios e solsticios, ou seja, as mudanças de estação), os festivais do fogo estavam ligados mais ao ciclo das colheitas. Apesar de os Grandes Festivais Celtas do Fogo serem os que mais tem provas históricas de terem sido comemorados pelos celtas, existem tbm muitos relatos gauleses de comemorações dos festivais solares, então não é bom generalizar já que não temos bases históricas sólidas sobre esse assunto em nenhum ambito, nem mesmo no reconstrucionismo celta. quem estiver interessado em ver mais sobre os festivais solares observados por alguns povos celtas pode ler A Religião dos Antigos Celtas de J.A. MacCulloch outro grande historiador do reconstrucionismo celta.
Detalhe: sei que esse foi um artigo tirado de outro blog, no entanto não consegui o link para o original e decidi publicar aqui mesmo ;)
Gostei muito do seu blog. Você deve ter se dedicado muito para escrever todas as curiosidades, ensinamentos e informações da cultura celta.
ResponderExcluirContinue assim, não desista!
Quando procuramos a sabedoria, estamos preenchendo nossa alma de ensinamentos que nunca serão esquecidos, só serão com o passar das vidas relembrados.
Às vezes a vida faz com que nos afastemos do nosso íntimo, a fim de vivenciarmos experiências do dia-a-dia, mas a essência do nosso espírito nunca vai deixar de estar lá.
Oi Hyllanna, adorei o seu blog, principalmente esta matéria celta!!!
ResponderExcluirMeu nome é Silvia e eu trabalho com viagens espirituais e formei as Viagens Inspiradoras.
Faremos uma viagem muito bonita, agora em agosto e gostaria de convidá-la a conhecer meu blog.
http://viagensinspiradoras.com.br/viagem-celta-agosto-2013-inglaterra-escocia-e-irlanda/
www.viagensinspiradoras.com.br
Um abraço,
Silvia.
Obrigada Silvia, obrigada Cecília pelas palavras elogiosas e muito obrigada mesmo ao Anõnimo, que nos esclareceu muitos pontos, demonstrando muito conhecimento e nos ajudou com seus ensinamentos. Da próxima vez, identifique-se, para podermos compartilhar informações. Um beijo carinhoso para todos.
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