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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

SIMBOLOS CELTAS ANIMAIS


O animal


O animal, enquanto arquétipo, representa as camadas profundas do inconsciente e o instinto. Os animais são símbolos dos princípios e das forças cósmicas, materiais ou espirituais. Os símbolos do Zodíaco, que evocam as energias cósmicas, são exemplo disso. Os deuses egípcios têm cabeças de animais, o Espírito Santo é representado por uma pomba.
Todos eles dizem respeito aos três níveis do universo: Inferno, Terra e Céu.
O animal, a besta que existe em nós, é o conjunto das forças profundas que nos animam e é, em primeiro lugar, a libido. Jung, na sua obra O homem e os seus símbolos, afirma: A profusão de símbolos animais nas religiões e nas artes de todos os tempos não sublinha apenas a importância do símbolo. Mostra também até que ponto é importante para o homem integrar na sua vida o conteúdo psíquico do símbolo, isto é, o instinto…O animal, que é no homem a sua psique instintiva, pode tornar-se perigoso, quando não é reconhecido e integrado na vida do indivíduo. A aceitação da alma animal é a condição da unificação do indivíduo, e da plenitude do seu desabrochamento.
Os animais, quer sejam considerados por grupos, comunidades (os ruminantes, as abelhas) ou tomados individualmente, correspondem a caracteres, mais simbólicos do que alegóricos, devido ao número e à complexidade de significados que um só significante contém.
Este interesse do homem pelo animal, considerado como uma materialização dos seus próprios complexos específicos e simbólicos (no âmbito da psicologia das profundidades, os animais são facetas múltiplas de uma sombra que urge reintegrar), apresenta-se, hoje em dia, bem patente na moda dos animais domésticos, e sobretudo dos animais de “luxo”, mais adotados do que criados. O antigo Egipto oferece um exemplo ainda mais extremo, dado que o cuidado em relação aos animais os levou à zoolatria. Um egípcio, diz Heródoto, deixa queimar os móveis, mas expõe a vida para salvar um gato das chamas. Aliás, existem inúmeras múmias de animais. Cuidar dos sepulcros dos animais era um dever de que os devotos se orgulhavam: Dei pão ao homem faminto, água ao sedento, vestes ao despido. Cuidei dos íbis, falcões, gatos e cães divinos, e inumei-os ritualmente, untados de óleos e enfaixados em panos.
Também na religião celta os animais possuem um elevado valor simbólico: o javali simboliza a função sacerdotal, o urso a função real; o cisne ou a ave, em geral, são os mensageiros do Outro Mundo. O cavalo exerce a função de psicopompo, isto é, de guia das almas ou do neófito através do labirinto da vida.
Na Bíblia ainda, Adão dá aos animais – que lhe são apresentados e que surgem agrupados (porque providos de um sentido particular) – nomes que tudo têm a ver com as paixões humanas que, segundo Fílon, devem ser domadas. O boi, por exemplo, apresenta uma afinidade com o corpo humano devido à sua docilidade; já a cabra se relaciona mais com os sentidos, pois estes seguem os seus impulsos. O carneiro evoca o Logos por causa do seu carácter macho e activo. A pomba corresponde à razão na sua apreensão do mundo visível, enquanto a rola, amante da solidão, procura a realidade invisível.
Os animais, que tantas vezes intervêm nos sonhos e nas artes, formam pois identificações parciais com os homens: são aspectos e imagens da sua natureza complexa, espelhos das suas pulsões profundas, dos seus instintos domesticados ou selvagens. Cada um deles corresponde a uma parte de nós próprios, integrada, ou a integrar, na unidade harmonizada da pessoa.
No que diz respeito ao gato, e onde a razão não vê mais do que um quadrúpede cujas características lhe são familiares, a imagem do felino suscita uma série de associações que se agrupam em torno do tema da flexibilidade, da disponibilidade para a transformação, da plasticidade da conduta, da feminilidade, do mistério; em suma, da abertura, da aceitação da evolução psicológica.
Este artigo sobre os símbolos de animais está baseado no sistema Ogham da linguagem celta simbólica.
Eu adoro olhar para o druídico Ogham para adquirir inspiração e analisar seu significado simbólico porque as implicações são vastas.
O Ogham é enraizado na sabedoria simbólica das árvores.
Se você já fez uma caminhada no bosque, e ficou em êxtase total por causa do poder penetrante das árvores, então você está de mãos dadas com energético tipo druida.
Você desfrutou da profunda sabedoria esotérica que nossos parentes Celtas utilizavam para uma surpreendente introspecção.
Os antigos celtas simbolicamente acharam ouro quando extraíram da matriz energética da natureza a sabedoria divinatória.
Não há nada que esteja além do alcance das árvores. Nada.
Toda a vida é tocada pelas árvores quer seja por seus galhos, tronco ou raiz. Os duidas sabiam disso intimamente.
Eles podiam sentir as ondas da vida irradiando das árvores, e compreenderam que sua ligação era infinita.
Os símbolos animais são uma extensão fácil dessa conexão.
Os símbolos animais abaixo estão estreitamente ligadas a cada árvore destacadas no Ogham celta.
As associações são derivadas de mitos celtas, folclore e ritual, mas na maior parte desses animais foram escolhidos porque eles faziam sentido do ponto de vista naturalista.
O que quer dizer isso?
Nossos antepassados observavam a vida, seu grandioso e teatral desempenho com olhos espirituais.
Eles reconheceram que certos animais eram atraídos por determinados tipos árvores e se estes animais as preferiam pelo cheiro de frutas, sombra, ou abrigo - os animais não negam ter preferências como os humanos.
E assim, essas preferências determinaram as associações celtas dos símbolos animais com o Ogham celta.
Imagine uma árvore e terá mais do que apenas um animal associado a ele.
Irei adicionando os animais aos poucos, com o passar do tempo.

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