Muitas tribos celtas da Gália que se recusaram à submissão perante os romanos foram forçados a migrarem para outro local e, ao que parece, muitos atravessaram o canal inglês para a Grã-Bretanha, sobretudo os belgas, tal como regista César.
Nomes tribais idênticos foram encontrados nas ilhas e no continente (ex: Atrebates, Paris), além de linguistas modernos mostrarem que as línguas indígenas da Bretanha e da Irlanda são semelhantes às usadas pelos celtas continentais, sendo todos da mesma família de línguas celtas. Também com o evoluir da arqueologia foram identificados artefatos da Idade do Ferro, na Irlanda e na Grã-Bretanha, mostrando ligações importantes com os dos gauleses.
Todos os três tinham as mesmas características na arte, de torvelinho de linhas, sugerindo vegetação, e talvez faces estilizadas de pessoas e animais.
Parecia haver uma ênfase comum em relação as armas, fortalezas e guerras, assim como documentos históricos sugeriam também organizações em comum, não só em termos de religião; os Druidas, por exemplo, encontravam-se entre os três grupos.
Mas também essa fuga seria apenas uma solução temporária, pois em 43DC a conquista romana da Grã-Bretanha começou (apesar de Júlio César ter deixado alguns estados-clientes em 55/54AC), sob decisão do Imperador Claudius.
A ocupação romana das terras que acabaram por se tornar a Inglaterra e Gales (aproximadamente), conduziu a uma perda similar da língua e cultura celta na parte Este da ilha, em relação aos celtas continentais.
Ainda ocorria o processo de independência dos bárbaros da Caledónia (Escócia do Norte), enquanto a Irlanda nunca foi invadida. (Recentemente foi descoberta uma suposta base militar romana em Drumanagh, na Irlanda, que era quase certamente um centro comercial).
Ela era a rainha da tribo dos Iceni, e conseguiu reunir vários guerreiros celtas numa revolta contra os romanos.
Infelizmente para Boudicca, tal revolta acabou em derrota.
Também neste ano, Suetonius Paulinius, o governador romano da “Britannia”, foi para Anglesey, uma ilha a norte de gales, onde massacrou muitos druidas.
Anglesey era até aí algo como a capital dos druidas, mas ao que parece a maior parte dos druidas sobreviventes depois deste massacre fugiram para a Irlanda, que nunca foi ocupada pelas forças militares romanas.
Em 122 DC, começou a construção da Muralha Adriana, uma muralha com 120 km de comprimento, que marcava as fronteiras do território romano, e mantinha afastados os assaltos das tribos dos Pictish da Escócia. Em 142 DC essa muralha foi extendida mais a norte, quando a muralha Antonina foi construída, apesar de ter sido abandonada novamente 20 anos após a sua construção.
Em 181 DC, um certo comandante romano, Lucius Artorius Castus, foi supostamente posicionado perto da Muralha Adriana, e crê-se que pode ter sido a fonte para as lendas arturianas que mais tarde surgiram.
O estandarte de Artorius tinha de facto um grade dragão vermelho, com o qual Arthur Pendragon teria sido também mais tarde associado.
Quando o Imperador Constantino, o Grande, tornou o cristianismo legal pelo império em 313 DC, ocorreram consequências irreversíveis na cultura dos celtas romanizados.
Quando o Imperador Constantino, o Grande, tornou o cristianismo legal pelo império em 313 DC, ocorreram consequências irreversíveis na cultura dos celtas romanizados.
Os santos cristãos entraram na História, como S. Patrício da Irlanda, S. David de Gales e S. André da Escócia, que são os mais conhecidos.
As populações celtas foram cristianizadas e a Igreja celta tornou-se a religião princip
Em 383 DC, Magnus Maximus foi proclamado Imperador de Roma pelas suas tropas britânicas e instalou-se por si mesmo no trono em Roma.
Em 383 DC, Magnus Maximus foi proclamado Imperador de Roma pelas suas tropas britânicas e instalou-se por si mesmo no trono em Roma.
Deste salto nasceu uma lenda em gales, chamada “The Dream of Macsen Wledig”.
O seu reinado como Imperador de Roma foi curto contudo, e acabou por ser morto em 388.
Assim que o império começou a decair nos séc III e IV, os restantes celtas livres moveram-se para uma posição ofensiva.
Assim que o império começou a decair nos séc III e IV, os restantes celtas livres moveram-se para uma posição ofensiva.
Estes, ameaçaram as fronteiras romanas, enquanto os navegadores irlandeses, conhecidos como Scotti, navegavam as costas Oeste, estando os anglo-germanos e saxões no Este.
No início do século V, o império romano foi invadido então pelas tribos germânicas, e em 410, o Imperador romano Honorius ordenou à Inglaterra para se defender sozinha, retirou as tropas romanas, acabando aí um período de quase 400 anos de soberania romana na ilha.
Começaram as Dark Ages e a população celta na Grã-bretanha começaram a sofrer das maiores invasões dos Anglo-Saxões.
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