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sábado, 30 de maio de 2009

TRIBOS E POVOS CELTAS



Brácaros
Bretões
Batavos
Calaicos
Caledônios
Celtiberos
Célticos
Gauleses
Eburões
Escotos
Pictos
Trinovantes


Os Brácaros (em latim bracari) eram um povo pré-romano de cultura céltica, que habitava o Noroeste de Portugal. No seu território entre os rios Douro e Lima, por volta do ano 16 a.C., foi edificada Bracara Augusta a mando do imperador romano Augusto, o nome romano da actual cidade de Braga. Adoravam a deusa galaico-lusitana Nabia.
A respectiva celticidade linguística surge atestada nomeadamente na inscrição epigráfica da Fonte do Ídolo, em Braga, dedicada a Nabia e no nome da cidade de Tongobriga (Marco de Canaveses), formado a partir dos elementos tong- ("jurar") e -briga ("povoado fortificado").

Os Bretões - Depois da conquista da Gália pelos Romanos, a Bretanha fazia parte da Armórica (aremoricae – que está frente ao mar).
Cerca de 500 d.C., os Bretões da ilha da Bretanha (a Grã-Bretanha atual), atacados pelos Anglo-saxões emigraram para a ilha, trazendo os seus costumes e língua. A região passou a se designar Bretanha com a sua chegada.
Muitos a designam, também, de Pequena Bretanha, por oposição à ilha de onde vieram.
No início da Idade Média, a Bretanha foi dividida em três reinos - o Domnonée, a Cornualha, e o Bro Waroch - que foram incorporados ao Ducado da Bretanha.
Bem antes dos Celtas, as primeiras populações erigiram aí monumentos megalíticos, como os menires e os dólmens. Não é pacífico que estes monumentos tivessem significado religioso, mas é muito provável que sim.
A religião druídica expandiu-se com a chegada dos Celtas, tanto na Gália como nas ilhas britânicas.
A dominação da península da Bretanha pelos Romanos não deixou grandes marcas na religião destes povos.
Com o fim da Gália romana, as tribos que se estabelecem na Armórica, vindas da Grã-Bretanha, trazem consigo uma nova religião – o cristianismo - que irá suplantar progressivamente as outras crenças tradicionais.
Contudo, o paganismo druídico coexistirá durante muito tempo com a religião dominante, de forma mais ou menos pacífica.
Ainda hoje existe um grande acervo de lendas e tradições locais que evocam práticas religiosas druídicas.
A Bretanha é composta, em termos históricos, por duas áreas linguísticas: a Baixa-Bretanha ou Breizh Izel, a oeste (Finisterra, Morbihan e a parte ocidental de Côtes-d’Armor) onde se fala uma língua céltica, do grupo britônico (aparentado ao galês e ao córnico) designada como bretão (ou bretão armórico); e a Alta-Bretanha ou Breizh Uhel, a leste (Ille-et-Vilaine, Côtes-d’Armor e Loire-Atlantique) onde se falam dialectos românicos (langues d’oïl) conhecidos como "Gallo".









(Mapa da Bretanha)










(Localização da Bretanha na França)

Batavos - Os batavos eram uma tribo germânica, que habitava a região do delta do rio Reno após a sua divisão; um dos braços sendo o Waal, o outro sendo o Nederrijn/Oude Rijn e nas suas ilhas vizinhas. O nome Batávia foi usado por diversas unidades militares romanas, originalmente recrutadas entre os batavos.
O nome tribal deriva de bat "excelente" e avjo "terra", uma referência à fertilidade da região, ainda hoje conhecida como o principal centro de produção agrícola dos Países Baixos (a Betuwe).
Achados arqueológicos, nomeadamente tábuas de escrita, sugerem que parte da população estava alfabetizada, utilizando uma forma de escrita antes e durante o período romano e, também sugerem, que os batavos viviam em pequenas aldeias de 6 a 12 casas, localizadas nas terras mais férteis das margens dos rios.
Dedicavam-se à agricultura e à criação de gado, possuindo cavalos, o que é comprovado pela presença de esqueletos destes animais em túmulos da época.
Aparentemente seriam exímios cavaleiros, dedicando grande atenção à equitação.
No período do romantismo, associado ao fenômeno do renascimento do nacionalismo europeu, os batavos foram erroneamente considerados como os antepassados eponimos dos neerlandeses, quando na realidade foram apenas um dos povos que convergiram àquela região do noroeste europeu, em conjunto com os frísios, francos e saxões.

Os galaicos (callaeci ou gallaeci, em latim, kallaikoi em grego), também chamados de calaicos, eram um conjunto de tribos celtas que habitavam o noroeste da península Ibérica, correspondendo hoje em dia ao espaço geográfico que abrange o norte de Portugal, a Galiza, as Astúrias e parte de Leão.
Travaram grandes batalhas com os romanos durante anos e foram subjugados por eles politica e militarmente.
Os romanos eram comandados por Décimo Júnio Bruto, que pela proeza de os derrotar, tomou o cognome de "o Galaico".
A designação da tribo vem da batalha entre galaicos e romanos que ocorreu na cidade de Cale (que alguns historiadores situam no que hoje é Gaia e outros no que hoje é Porto) e celebra a forte resistência dada por este povo aos romanos, que estendem a designação às restantes tribos do noroeste peninsular.
Foi então criada a divisão administrativa da Gallaecia, tendo como limites o Douro - a sul; o oceano Atlântico - a oeste e a norte; e a Tarraconensis (Tarraconense).
A Gallaecia (Galécia) estava dividida em três conventus: a Galécia Lucense, a Galécia Bracarense e a Galécia Asturicense. A sua capital era Braga. A divisão correspondia à divisão feita às tribos que a compunham: os ártabros, a norte; os gróvios, a sul; e os astures a oeste.












(Castro galaico)

Para quem quiser aprofundar-se no assunto, a seguir listamos as Tribos Galaicas.
Tribos Galaicas:


Aidwoi
Albioni
Arronioi
Baniensses
Brassioi
Brigantini
Cilenos
Koukoi
Límios
Nerioi
Sewroroi
Túrodes Artabroi
Zoelae
Abobrigoi
Artodioi
Bracaroi
Ekwesioi
Interammikoi
Kalaikoi

A maioria dessas tribos deu origem aos nomes das províncias romanas na Europa que mais tarde batizaram os estados/nações modernos.
O único estado/nação independente de origem céltica atualmente é a República da Irlanda.
O País de Gales também se identifica com a cultura e a etnia célticas, mas é uma entidade subnacional do Reino Unido.
A Cornualha (Reino Unido), a Bretanha (França) e a Galícia (Espanha) também são regiões onde línguas e costumes celtas predominam até hoje, ainda que na Galícia a língua Galega não é de origem celta.
Os celtas eram de etnia similar à dos povos Germânicos: altos, com muitos pêlos e de olhos e cabelos claros (ainda que, entre os celtas, os pêlos ruivos e alaranjados fossem mais comuns). São, no entanto, ramos étnicos e culturais distintos tanto geograficamente quanto historicamente.
Note-se, porém, que nos atuais irlandeses, tradicionalmente relacionados com os antigos celtas, predominam muito os cabelos escuros e menor estatura que os germânicos.



Os caledônios (português brasileiro) ou caledónios (português europeu) (em latim: caledonii), é o nome dado por historiadores a um conjunto de tribos celtas da Escócia na época da Idade do Ferro. Foram primeiramente tidos como bretões, mas depois distinguidos como pictos. Os pictos eram antigos habitantes da Escócia que estabeleceram seu próprio reino e lutaram contra os romanos na Britânia. Fontes romanas afirmam que os pictos teriam um poderoso reino com centro em Strathmere. Tiveram que enfrentar o advento de outros povos à Grã-Bretanha, entre eles os anglos da Úmbria do Norte; e os escotos procedentes da Irlanda, que formaram um reino na Dalríada.



(Pedra picta)

As invasões nórdicas nos século VIII e IX parecem ter levado os pictos e escotos a se unirem, pois, em 843, Kenneth I MacAlpin, antes rei dos escotos, tornou-se também rei dos pictos. A partir de então, toda a Escócia reconhecia um só rei. Eles venceram os vikings e os anglo-saxões e criaram a Escócia.
Segundo um estudo efetuado pelo geneticista Bryan Sykes, os pictos seriam originários da Península Ibérica.

(Britânia província britânica onde habitavam)

Eles eram inimigos do Império Romano, que possuia a Grã-Bretanha como província (Britânia). Não é sabido o nome que os caledônios referiam a si mesmos.
Eram fazendeiros que viviam em aldeias cercadas por muros, e foram derrotados pelos romanos em diversas ocasiões.
Apesar disso, os romanos nunca ocuparam completamente o território da Caledônia (correspondente à Escócia moderna) e a resistência dos caledônios foi um dos fatores que colaborou com o abandono do plano romano de ocupar a área.
Segundo registros romanos, os caledônios eram conhecidos como resistentes ao frio, à fome, e ao sofrimento.
Para conter ataques de tribos que viviam na Escócia, os romanos construiram a Muralha de Adriano, que pertence ao Patrimônio Mundial.
Quase toda a informação sobre os caledônios vem de seu inimigo, podendo resultar na parcialidade do registro histórico.
O historiador Tácito menciona que eram ruivos e fortes em seu livro sobre a vida e o caráter de Júlio Agrícola.

Os celtiberos são o povo que resultou, segundo alguns autores, da fusão das culturas do povo celta e do povo ibero, nativo da península Ibérica.
Habitavam a Península Ibérica, nas regiões montanhosas onde nascem os rios Douro, Tejo e Guadiana, desde o século VI a.C..
Não há, contudo, unanimidade quanto à origem destes povos entre os historiadores.
Para outros autores, tratar-se-ia de um povo celta que adaptou costumes e tradições iberas. Estavam organizados em gens, uma espécie de clã familiar que ligava as tribos, embora cada uma destas fosse autónoma, numa espécie de federação. Esta organização social e a sua natural belicosidade, permitiram a estes povos resistir tenazmente aos invasores Romanos até cerca de 133 a.C., com a Queda de Numância.





(Botorrita: placa de bronze com inscrição antiga)



Os célticos (em latim, CELTICI, que significa celta) é o nome dado aos celtas que habitavam a zona do Alentejo ocidental no sul de Portugal, mas poderiam também ocupar território dos Turdetanos.
Os Turdetanos eram povos ibero da Hispânia bética, que habitava a Turdetânia, região a oriente do rio Guadiana e junto ao curso médio e inferior do rio Guadalquivir, do Algarve em Portugal até Serra Morena, coincidindo com os territórios da antiga civilização de Tartessos.
Estrabão diz que, os turdetanos, principalmente os que viviam ao longo do rio Baetis, tinham adoptado o modo de vida Romano, e não se lembravam mais da própria língua.
Segundo Jorge de Alarcão a "designação Celtici seria um colectivo que abrangeria diversos populi, designadamente os Sefes, os Cempsii e talvez também os Lusitani".
As povoações dos Célticos na Lusitânia eram Lacobriga, Caepiana, Braetolaeum, Miróbriga, Arcóbriga, Meribriga, Catraleucus, Turres, Albae e Arandis.
Os célticos eram vizinhos dos Turdetanos com quem partilhavam as planícies do Alentejo, ocupando os célticos a parte ocidental.
É Ptolomeu , baseado em autores mais antigos como Possidónio e Artemidoro, que distingue os dois povos no século II d.C.

Gauleses - O termo gauleses designa um conjunto de populações celtas que habitava a Gália (Gallia, em latim), isto é, o território que corresponde hoje, a grosso modo, à França, à Bélgica e à Itália setentrional proto-históricas, provavelmente a partir da Primeira Idade do Ferro (cerca de 800 a.C.).

Os gauleses dividiam-se em diversas tribos ou povos, por vezes federados, cada um com cultura e tradições originais.

Os arqueólogos ligam as civilizações gaulesas à civilização celta de La Tène (chamada assim a partir do nome do sítio descoberto no lago Neuchâtel, Suíça).

A civilização de La Tène expandiu-se no continente na Segunda Idade do Ferro e desapareceu na Irlanda, durante a Idade Média.











(Mapa da Gália aproximadamente 58 dc.)

Os gauleses dividiam-se em povos, um total de 44 na época da conquista romana.
Formavam a Gália celta e foram incorporados à chamada Gália romana.
(Charge retratando um Gaulês)

Os Eburões – Viviam numa região que nos dias atuais, compreende a área situada ao norte da França, da Bélgica e uma parte do sul da Holanda para o Rio Reno e na porção norte-ocidental da Renânia do Norte-Vestefália.
Sabe-se que viviam da colheita pois César relata que em 54aC, após a conquista da Galia em 57aC, suas tropas necessitando urgentemente de alimentos recorreram aos campos dos Eburões que relutantes pelo fato de sua colheita naquele período não ter sido boa, negaram-se a ceder com medo de virem a sentir fome. César então ordenou que campos fossem feitos ao lado dos campos dos Eburões, o que gerou revolta.
Através dos relatos de César, sabe-se também que eram bons e valentes guerreiros, pois ele narra seu comentário sobre suas batalhas contra os gauleses: "De Bello Gallico".
Neste texto ele também escreveu a famosa linha: "De todos os gauleses, o Belgas são os mais bravos". ("... Horum omnium fortissimi sunt Belgae ...").
Os Eburões foram governados por Ambiorix
O Eburões foram história a partir desse ponto.
Ambiorix e os seus homens, no entanto, conseguiu atravessar o Reno e desaparecem sem deixar rastro.


Escotos (em irlandês antigo Scot, no moderno gaélico escocês Sgaothaich) era o nome genérico dado pelos romanos aos gaélicos da Irlanda.
Alguns deles, do nascente Reino de Dal Riata, onde hoje é o Ulster, estabeleceram-se em Argyll (Earra-Ghàidheal, East Gaels), onde criaram o Reino de Dalriada.
Com o tempo o nome tornou-se aplicável a todos os povos das regiões que eles conquistaram, donde vêm as palavras modernas escocês e Escócia (em inglês Scotland).
Acredita-se que os grupos gaélicos não se auto-denominavam escotos, exceto quando se referindo a si mesmos em latim.
A pseudo-história medieval irlandesa explicava o nome traçando a descendência dos gaélicos de Scota, filha de um faraó egípcio.


Os pictos eram antigos habitantes da Escócia que estabeleceram seu próprio reino e lutaram contra os romanos na Britânia.
Fontes romanas afirmam que os pictos teriam um poderoso reino com centro em Strathmere. Tiveram que enfrentar o advento de outros povos à Grã-Bretanha, entre eles os anglos da Úmbria do Norte; e os escotos procedentes da Irlanda, que formaram um reino na Dalríada.
As invasões nórdicas nos século VIII e IX parecem ter levado os pictos e escotos a se unirem, pois, em 843, Kenneth I MacAlpin, antes rei dos escotos, tornou-se também rei dos pictos.
A partir de então, toda a Escócia reconhecia um só rei.
Eles venceram os vikings e os anglo-saxões e criaram a Escócia.
Segundo um estudo efetuado pelo geneticista Bryan Sykes, os pictos seriam originários da Península Ibérica .

Os Trinovantes ou Trinobantes são uma das tribos célticas que viveram na Grã-Bretanha pré-romana.
Seu território ficava localizado no lado norte do estuário do rio Tâmisa, onde hoje se situam Essex e Suffolk, e incluíam terras que agora fazem parte da Grande Londres.
Seu nome deriva do prefixo intensificador celta tri- e novio ("novo"), significando portanto "muito novo", provavelmente com o sentido de "recém-chegados".
Sua capital era Camulodunum (actual Colchester), um dos lugares propostos para a legendária Camelot.

4 comentários:

  1. E os helvécios da Suíça?

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  2. S HELVÉCIOS SERÃO ABORDADOS EM UM CAPÍTULO À PARTE. MAS OBRIGADA PELA LEMBRANÇA, O QUE DEMONSTRA SEU INTERESSE NO SUCESSO E APRIMORAMENTO DO BLOG. PENA NÃO SABER SEU NOME, ANÕNIMO. DE QQUER FORMA, UM ABRAÇO E CONTINUE COM SEUS RICOS E CONVENIENTES COMENTÁRIOS

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  3. MUITO BOM O BLOG!!! Caso tenha facebook, por favor nos adicione como contato em fiacbrasil, somos projeto coletivo de resgate de Identidades Celta, Íbera e Alana, cremos que possamos trocar muito saber! Aqui quem vos fala é a fratria de Bramaigar, uma das 3 divisões atuais.

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  4. Somos uma família com sobrenomes Lemos, Melo, Alves e Gomes. Temos alguma descendência celta? Já vi referências sobre haver ligações dos Lemos com os Lemov. Terei orgulho disso caso assim seja.

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