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sexta-feira, 12 de junho de 2009

COSTUMES E VESTIMENTA CELTA

A vívida descrição, do punho do Políbio, da batalha de Télamon, travada entre os Romanos e os invasores gauleses em 225 a. C., contém o mais antigo relato do vestuário e da aparência dos Celtas.
É de supor ter-se apoiado em relatos desta batalha em primeira mão, e podemos aceitar o seu testemunho com confiança.
Descreve como os Ínsubres e os Bóios, tribos já estabelecidas no Norte de Itália, usavam calças (latim bracae, donde o inglês breeches, calções) e as capas ligeiras.
Os Gaesatae, combatentes trazidos de além-Alpes, exibiam-se nus à frente da primeira linha de batalha, tendo por únicos adornos um torques no pescoço e pulseiras nos pulsos, de ouro.
Tanto homens como as mulheres prendiam os seus cabelos com grossos alfinetes, penteavam-se com joias de ouro ou prata ricamente elaboradas.
Aqueles que não podiam aceder a este tipo de joias, recorriam a produtos de bronze, com incrustações de metais preciosos .
A vestimenta consistia numa saia larga, e numa camiseta em lã ou linho, ás vezes adornadas com motivos geométricos.
Esta vestimenta era coberta por uma capa negra de lã para protecção do frio e da chuva. Prendiam as sua vestimentas com cinturões de couro com apliques metálicos.
As roupas celtas eram vistosas, até demais para os austeros padrões de gregos e romanos.
Fios de cores vívidas - obtidos com os mais diferentes pigmentos - eram tecidos em padrões de listras ou xadrez, e a proverbial vaidade dos celtas era satisfeita com belíssimos adereços feitos com ouro, prata, contas, âmbar e esmalte.
Mas mais do que adereços, as jóias celtas determinavam seu status social.
Um adereço tipicamente celta é o torque - um grosso colar de ouro usado ao redor do pescoço. Quanto mais grosso o torque, mais socialmente proeminente era seu portador.
Os homens celtas davam preferência ao uso de longos bigodes, que usavam - segundo os observadores clássicos - para 'filtrar' a cerveja enquanto a bebiam.
Esse costume é retratado com clareza nas estátuas de celtas esculpidas por gregos e romanos - como a dramática imagem do "Gaulês à beira da morte" e também na própria arte celta.
Ao contrário das culturas clássicas do Mediterrâneo e suas togas, os celtas eram dados ao uso dessa 'barbárica' vestimenta: as calças.
Mantos e capas eram comuns, sempre em tons coloridos, e as mulheres usavam vestidos acinturados que realçavam suas formas graças a cintos de couro e, no caso das nobres, ouro e pedras presos aos quadris.
Cabelos longos eram costume em ambos os sexos, e muitos vestígios arqueológicos - bem como relatos textuais - indicam o constante uso de tranças e rabos-de-cavalo.
Sempre preocupados com as aparências, os celtas costumavam decorar o corpo com tatuagens e maquiagem.
Como já dito, os celtas jamais formaram uma federação ou império - em grande parte porque a base de sua organização social era a pequena tribo.
A esses grupos sub-tribais os romanos deram o nome de pagi.
Uma tribo – como a dos Parisi, por exemplo – era composta por diversos pagi agrupados, e raramente tribos diferentes se uniam em confederações, salvo nalguns momentos de crise – como as célebres alianças lideradas na Gália por Vercingetorix e na Grã-Bretanha pela rainha Boudicca na resistência aos romanos.
“As tribos eram geralmente governadas por reis ou chefes (normalmente em pares) com poderes limitados, e as decisões importantes eram tomadas por assembléias populares com todos os homens livres da tribo. Também havia um conselho com centenas de nobres proeminentes (chamado por César de ‘senado’), de onde eram escolhidos os líderes e do qual emanava o real poder”.
(Simon James)
Até o contato com os romanos, as tribos celtas da Gália não costumavam se estabelecer em aglomerados urbanos – pelo contrário, a população de uma tribo se espalhava por uma determinada área em pequenas propriedades rurais ou, quando muito, aldeotas.
A forma de construção das casas celtas costuma ser redonda nas ilhas britânicas e retangular na Gália (à dir.), e especula-se que cada uma delas costumava abrigar uma ou duas famílias aparentadas e seus dependentes.
Numa colina dominante da paisagem em questão, ergueria-se o forte que servia como abrigo coletivo em momentos de crise e também residência real.
A influência da cultura romana na Gália trouxe o conceito da urbe, a cidade, e muitas cidades das modernas França (Lyon) e Itália (Milão) começaram como vilas celtas.
Como principais meios de subsistência, os celtas cultivavam o trigo e criavam gado.
A posse de bois era uma forma de se determinar a riqueza de cada um.
Os celtas criaram o padrão xadrez para as vestimentas e o barril para transportar bebidas. Usavam calças, túnicas, mantos ou capas de lã, e estavam sempre ricamente adornados por torques de ouro, cintos ou faixas decorativas, broches e variados ornamentos corporais.
As túnicas e capas tinham decoração bordada.
As túnicas eram normalmente feitas de linho e caíam até os joelhos para os homens e até os tornozelos para as mulheres.
As capas eram feitas de lã e seu comprimento ostentava a riqueza ou posição social.
Usavam nos pés sandálias e sapatos de couro.
A aparência de seus trajes era muito colorida, principalmente púrpura, carmesim e verde.

6 comentários:

  1. eu amei o seu blog, estou escrevendo um romance celta e achei muito útil suas informações e riquezas de detalhes ...parabéns...beijinhos jane

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  2. Eu também estou escrevendo um romance celta Maryjane!!!!!!!!!Também estou amando o blog,me ajudou muito!bjus

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  3. Gostaria de seguir seu blog! Adoro a cultura celta!

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