Se consultarmos um dicionário de Mitologia pode-se ler: “Arthur, rei da Bretanha, filho de Uther Pendragon e de Ygrein, criado por Antor e casado com Guinevere – a loira”.
Porém, na realidade, Guinevere não era loira, nem ruiva. Tinha cabelos castanhos, olhos escuros e pele branca.
O próprio Arthur (pronunciava-se Árthur - como até hoje) também não era ruivo, mas cabelos num castanho claro, quase beirando o loiro e de olhos azuis.
Media quase 2 metros de altura e, como quase todos os cavaleiros da Távola Redonda, era dotado de força física incomum.
Os historiadores apresentam datas totalmente equivocadas para o nascimento e morte de Arthur. Por isso, suas conclusões e análises são igualmente improcedentes.
A memória da natureza mostra claramente que Arthur nasceu em 454 e morreu em 508, com 54 anos, ferido à traição em combate contra Mordred em sua décima terceira batalha. E quando se fala que Arthur lutou em 13 batalhas, isso se refere somente as "grandes batalhas", onde o rei e seus melhores cavaleiros matavam, cada um, sozinhos, entre 250 e 300 inimigos.
Na última batalha, Arthur foi ferido mortal e traiçoeiramente no rim direito por seu filho bastardo, Mordred.
Após haver pedido a Perceval que devolvesse Excalibur à Dama do Lago, Arthur foi levado à Avalon, acompanhado de várias mulheres da ilha jinas de Avalon e seu inseparável amigo e mentor Merlin. A morte de Arthur foi um acontecimento chocante na época.
Dessa última batalha apenas sobreviveu Perceval, e Arthur viu nessa batalha seus irmãos de armas tombarem, um a um, até ele mesmo ser atingido.
Perceval sobreviveu, mesmo muito ferido, porque tinha a missão de realizar as cerimônias fúnebres dos companheiros mortos. Arthur foi cremado na misteriosa Avalon.
Seja como for, numa época em que magia e mistério se mesclavam com o mundo comum e corrente, Arthur é o personagem central do ciclo que leva seu nome.
Segundo as suposições de vários historiadores, sua genealogia é bem pródiga e difícil de narrar. Dizem que teve pelo menos duas irmãs: Enna (ou Morcades, casada com o rei Loth, mãe de Gwain, Agawain e Gaheris) e Morgana.
De seu casamento com Guinevere não teve filhos [isso é verdade]. Mas, dizem, foram filhos ilegítimos de Arthur: Anir, Loholz e Mordred [apenas Mordred]. Mordred é fruto de um incesto com Morcades [não é verdade; foi adultério e Morcades ou Morkause não era irmã de Arthur], quem seduziu o irmão (Arthur), usando filtros, encantamentos e feitiços [sim, isso é verdade] - prática muito comum na época entre os celtas - com um propósito bem definido: conceber um filho de Arthur para sucedê-lo no trono, já que Guinevere não era fértil (ou sua fertilidade fora abortada por sortilégios mágicos da própria Morcades)[isso foi verdade].
Bem, tudo isso são histórias e lendas. Disso tudo, o importante mesmo é que Arthur fora preparado para cumprir uma missão cósmica, na qual foi bem sucedido, apesar de haver cometido alguns erros, como o adultério com Morkause do qual nasceu Mordred, cuja educação, a cargo de Morkause, voltou-se unicamente para derrubar Arthur do Trono Bretão.
“Voltarei quando a Bretanha precisar de mim".
Com essa frase histórica, segundo as lendas inglesas, Arthur, o maior de todos os reis de sua história abandonou este mundo, depois de transformar a vida dos habitantes por completo, com a unificação das ilhas, e expulsão dos invasores, trazendo à glória.
E por que não dizer, também os conduzindo à queda.
Teriam, esses fatos, realmente acontecido?
Não importa. Uma lenda fora forjada atravessando sua época e trazendo a mística, os ideais de cavalaria e a busca incessante por um mundo melhor, próspero e justo.
Teriam, esses fatos, realmente acontecido?
Não importa. Uma lenda fora forjada atravessando sua época e trazendo a mística, os ideais de cavalaria e a busca incessante por um mundo melhor, próspero e justo.
Os efeitos de Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda ecoam até hoje como simpáticos,
não importa quanto tempo passe, ou quantas vezes os escutemos.
Decerto, quem os escuta, nunca os esquece.
"Este é o segredo de todo o sucesso. Aí reside a magia."
Os trovadores – figuras folclóricas, que sempre foram retratados em livros como condutores de entretenimento para as cortes de todo o mundo – na verdade fazem muito mais, sendo para o povo o que Merlin foi para Arthur: conselheiros.
"Este é o segredo de todo o sucesso. Aí reside a magia."
Os trovadores – figuras folclóricas, que sempre foram retratados em livros como condutores de entretenimento para as cortes de todo o mundo – na verdade fazem muito mais, sendo para o povo o que Merlin foi para Arthur: conselheiros.
Havia alguma coisa errada na vida de um camponês?
Bastava ouvir uma canção a respeito das virtudes de Arthur,
e o simples homem do campo ganhava força para continuar.
Orgulhoso pela forma que a vida mostrava-se próspera?
Bastava um simples exemplo de falha por parte de um cavaleiro da Távola
e o orgulho era trocado pela cautela e prudência.
Em um tempo em que não haviam escolas, e que apenas os mais ricos podiam aprender,
os trovadores levaram o ensino às ruas, constituindo não somente a fama de uma lenda,
mas toda uma revolução no comportamento do povo bretão.
Arthur voltará? Com certeza, pois ele nunca foi embora.
Arthur voltará? Com certeza, pois ele nunca foi embora.
Habita os corações e mentes da humanidade, um a um. Dormindo.
Aguardando, esperando que seja necessário, trazer seus ideais mais uma vez à tona,
e conduzir cada um novamente a glória.
Só depende de cada um de nós fazê-lo.
Só depende de cada um de nós fazê-lo.
E não existiu ou existirá hora melhor que agora.
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