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segunda-feira, 29 de junho de 2009

WICCA E DRUIDISMO

Diferenças e Semelhanças
"O druidismo é uma religião politeísta, isto é, honramos diversos deuses e deusas. Não existe o conceito de deidade única, mas temos a Natureza como sagrada e mãe de toda a vida, embora ela não seja uma deidade específica, ela é a fonte de toda a vida, de onde tudo veio e para onde tudo vai, inclusive os deuses e deusas."
Para melhor traçar as diferenças e semelhanças da wicca e do druidismo, vamos examinar alguns detalhes de ambas as religiões:
Origens da Wicca: A wicca surge nos anos 1950, fruto do gênio criativo de Gerald Gardner e com algum elemento celta não por herança, mas por referência. Essa influência celta da wicca se deve em grande parte à amizade entre Gardner e Ross Nichols (criador da O.B.O.D.) à época em que ambos eram membros da A.O.D. (Ancient Order of Druids) na Inglaterra. A origem da wicca é essa, fácil de traçar porque recente.

Origens do Druidismo: Depois de muita influência de ordens semi-maçônicas da Inglaterra nos sécs. XVIII e XIX, o druidismo de então era uma mescla de entidades filantrópicas, sociedades secretas e clubes de cavalheiros. Num dado ponto, ao final do séc. XIX, existiam centenas de ordens que se entitulavam 'druídicas' sem ter nenhum conteúdo propriamente 'druídico'. Na década de 1960, Ross Nichols será o responsável pela grande mudança ao deixar a A.O.D. e fundar a Order of Bards Ovates and Druids (O.B.O.D.), dando muito mais ênfase aos aspectos mágicos e celtas. Naquela época, as muitas descobertas arqueológicas, antropológicas e etnográficas das crenças e práticas dos antigos celtas permitiram resgatar muitos elementos originais da espiritualidade celta a tantos séculos perdidos.
Até aqui, o que ambas têm em comum? Elementos celtas e o fato de terem sido estruturadas no século XX, além de serem fruto de um intercâmbio entre dois amigos 'ocultistas'.
Até aqui, o que ambas têm de diferente? A ênfase na magia cerimonial da wicca e a ênfase no resgate da espiritualidade celta do druidismo.

Crenças e práticas da Wicca:
Gardner apresenta a wicca como "o resgate da religião celta que havia sobrevivido oculta no interior da Inglaterra, transmitida oralmente por famílias de bruxos". Para criar esse "mito", Gardner mescla diversos ingredientes:

1. os cunning-folk, bruxos tradicionais do interior da Inglaterra que transmitiam seus conhecimentos de forma fechada e fazendo magia "positiva";
2. os rituais sazonais celtas (apresentados a Gardner justamente por Ross Nichols nos anos da A.O.D.);
3. as teorias (já descartadas) de Margaret Murray que afirmavam que por toda a Europa existira antes do cristianismo um culto unificado e centralizado na figura de uma Deusa da Natureza e de seu complemento masculino;
4. a ênfase nos aspectos mágicos desse suposto "culto à fertilidade", envolvendo diversos elementos de magia sexual - simbólica ou não - possivelmente herança do contato entre Gardner e Aleister Crowley.
5. A parte ritualística da wicca também tem grande influência da maçonaria e da magia cerimonial.
Desses elementos, tiramos a base das crenças Wiccanas:
1. a herediariedade e o peso da iniciação;
2. a Roda do Ano;
3. o mito de uma Deusa Única e seu Consorte;
4. o Grande Rito e os festivais de fertilidade;
5. o círculo ritual, o formalismo, os instrumentos mágicos e as graduações.

Crenças e práticas do Druidismo:
Ainda que alguns grupos e ordens druídicos afirmem possuir uma herança direta dos druidas celtas de 2.000 anos atrás, o fato é que o druidismo atual é também ele uma mescla de diversos elementos:
1. as crenças originais celtas (600 a.c. - 500 d.c.) resgatadas através dos estudos dos sécs. XIX e XX;
2. as influências do cristianismo celta que se desenvolve nas ilhas da Grã-Bretanha e da Irlanda antes da imposição do cristianismo de Roma (500 d.c. - 1000 d.c.);
3. as crenças pagãs dos normandos após a invasão das ilhas pelos vikings (800 d.c. - 1000 d.c.);
4. o cristianismo místico e a maçonaria que moldam o Renascimento Druídico do séc. XVIII;
5. o ocultismo do final do séc. XIX;
6. o Reconstrucionismo Celta do final do séc. XX;

Nesse aspecto, o que une a wicca e o druidismo? A ligação com a natureza; a visão dessa natureza como sagrada e como fonte de tudo; a percepção de que as energias da Natureza estão por trás de todos os processos da vida; o uso de círculos como espaço sagrado; o trabalho com os 4 Elementos como base mágica.
Nesse aspecto, o que diferencia wicca e druidismo? A principal diferença é: o druidismo enfatiza a importância da historicidade e da relevância de suas crenças e práticas para os dias modernos, enquanto a wicca não atribui a mesma importância às origens históricas, preferindo enfatizar as origens "místicas".
Além disso, enquanto a wicca tem como palavra-chave a "Vontade" (um princípio comum também a Thelema de Crowley), o druidismo tem como pedra de toque a "Inspiração".
Essa diferença é responsável pelo abismo que separa as práticas mágicas dos dois caminhos, pois determina o modo como o praticante de um e de outro se relaciona com os elementos, a Natureza, as forças, as Deidades, etc. Enquanto o wiccano por princípio tenta "controlar" e "dominar" os elementos, o druida tenta "compreender" e inspirar-se" pelos processos da Natureza.
Isto posto, podemos dizer que, apesar da origem comum, a wicca e o druidismo possuem naturezas bastante diferentes em suas crenças, práticas e abordagens, mas isso é uma simplificação, uma padronização de raciocínio que não corresponde ao todo das duas tradições. Atualmente, mais e mais druidas recorrem a práticas mágicas mais "wiccanas", ao mesmo tempo em que wiccanos buscam aprimorar os aspectos filosóficos da wicca através dos ensinamentos "druídicos".
É aqui que temos o ponto de convergência entre um caminho e o outro: não restam dúvidas que existe uma tendência de ambos se aproximarem, não só pelos pontos em comum, mas também porque as diferneças entre um e outro complementam, sim, aspectos carentes e/ou diferentes um do outro.
Isto não implica necessariamente na perda da identidade de um ou de outro - desde que haja seriedade e responsabilidade nesse processo.
Sabe-se que, atualmente, mais do que nunca, há um diálogo muito saudável entre alguns dos principais grupos druídicos e wiccanos na Inglaterra. Respeitando-se a identidade e as diferenças, podemos enfatizar os pontos em comum e agir em conjunto - e este é o segredo de um bom casamento, de uma boa sociedade, de uma boa amizade! Afinal, uma vez que ambos são caminhos neo-pagãos, ou seja, tanto a wicca quanto o druidismo buscam a reinserção do ser humano num contexto de totalidade com o mundo em que vivemos, nada mais justo que ambos unirem-se em torno dos pontos em comum. Já participei de diversos eventos "ecumênicos" (prefiro o termo supra-religiosos) e digo que, se é possível que beneditinos, umbandistas, zen-budistas, shintoístas, espíritas e neo-pagãos possam dialogar e trabalhar em conjunto, então por que a wicca e o druidismo não poderiam?
Claudio Quintino (Crow)

Resumo:De semelhança podemos citar o uso do círculo mágico, o resgate das tradições celtas, a sacralidade da Natureza, a celebração da roda do ano e o fato de ambas as tradições serem pagãs e animistas, isto é, acreditam que tudo têm alma, humanos, animais, plantas, colinas, rios, etc.
De diferenças: a wicca é duoteísta, tem a deusa e o deus como principaisdivindades, embora cada tradição dê um nome diferente a eles. O druidismo é politeísta, trabalha com o panteão celta principalmente (mas não exclusivamente). A wicca trabalha mais com magia cerimonial, o druidismo com magia natural e inspiração (a awen, "espírito que flui", a inspiração que flui entre os seres). O druidismo era a religião dos celtas pré-cristãos e agora está adaptado para os dias de hoje. A wicca é uma religião nova, da década de 1950.
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domingo, 28 de junho de 2009

MESODRUIDISMO

Entende-se como Mesodruidismo, o período do século XVII, especialmente no País de Gales, onde houve um renacimento do interesse de pesquisadores pelo druidismo. Suas motivações eram muito mais sócio-culturais do que espirituais - eram nacionalistas galeses que buscavam resgatar uma identidade cultural que os diferenciasse dos dominadores ingleses.

Esse elemento de diferenciação era o seu passado celta - os ingleses descendem, de forma geral, de tribos germânicas anglo-saxãs (Inglaterra = “Terra dos Anglos”). Celtas e germânicos, apesar de aparentadas, são culturas bem diferentes.
Assim, pensadores como Edward Williams - mais conhecido por seu nome celta Iolo Morganwg - buscaram em textos e lendas do passado celta do País de Gales o elemento cultural que a um só tempo mostrasse sua diferença dos dominadores ingleses e estabelecesse um elo comum a toda a nação galesa.
Ocorre que, em pleno século XVII, a religião dominante era o cristianismo, e mesmo esses nacionalistas galeses eram todos majoritariamente bons cristãos. Por conta disso, os textos produzidos nessa época acerca do druidismo eram uma mescla de elementos cristãos com a espiritualidade originalmente celta que começava ali a ser resgatada. Faz parte deste período do druidismo o genial poeta e ilustrador William Blake, além de outros nomes importantes, como John Toland.
O druidismo deste período era altamente influenciado por ordens secretas, especialmente a Maçonaria, e de modo geral, podemos dizer que esta fase do druidismo - ou ‘meso-druidismo’, para usar a terminologia da introdução a este tema - é repleta de equívocos e confusões - seja pela influência cristã, seja pela carência de registros históricos mais sólidos que resgatassem a filosofia ancestral do druidismo.
Isso não impede, contudo, que o druidismo desta fase tenha grande importância: afinal, foram os textos enaltecendo o passado celta produzidos neste período que despertaram muita gente para a importância de se resgatar o druidismo original e adequá-lo a nossos dias.
O que foi o chamado “Mesodruidismo”?


Foi o período tido como resgate do druidismo, um período intermediário entre o druidismo clássico (aquele que era praticado entre os celtas entre 600 ac até mais ou menos o século 10) e o druidismo praticado hoje (neo-druidismo). Pode parecer estranho, mas o druidismo moderno se assemelha mais ao clássico do que ao mesodruidismo, por um motivo bem óbvio: o mesodruidismo não era pagão, enquanto que o druidismo clássico e o neo-druidismo são, isto é, reconhecem e honram a sacralidade da Natureza, são politeístas e animistas.
Mas então, como era o mesodruidismo? Veremos a seguir:
O druidismo clássico morreu quando o cristianismo de Roma chegou à Irlanda, banindo o cristianismo celta (tipo de cristianismo bem diferente do romano, onde haviam muitos elementos pagãos/druídicos, onde encontramos até mesmo episcopisas) e banindo também qualquer resquício das práticas druídicas.
Mais tarde, já no séc. 18, um irlandês (muito provavelmente não por acaso, pois a Irlanda foi o país onde o druidismo mais perdurou), iniciou o resgate do druidismo: John Toland. Em 1717, junto de John Aubrey, ele fundou a Druid Order, num equinócio de outono. Foi aí que começou o que hoje chamamos de mesodruidismo.
O mesodruidismo surgiu numa época em que toda a sociedade inglesa se interessava por temas ocultos e sociedades secretas. Foi aí que atribuíram, erroneamente, a construção de Stonehenge aos druidas.
Toland era um dos que se interessava por essas sociedades ocultistas, embora fosse católico. Outro nome do meio druídico da época foi William Stuckeley, um reverendo pesquisador de alquimia e ciências ocultas. Para ele, o druidismo era uma forma de juntar sua crença pessoal cristã ao ocultismo, o que provavelmente também motivou Toland ao criar a Druid Order.
Em 1781, Henry Hurle funda a AOD - Ancient Order of Druids, inspirada na maçonaria escocesa e que existe até hoje como uma espécie de "Rottary Club", sem ligações religiosas.
William Blake, poeta e dramaturgo, membro da Druid Order, "contribuiu" também para esse período do druidismo: ele afirmava erroneamente que os druidas eram monoteístas e patriarcais (o que mostra sua pouca informação em relação à sociedade celta...) e que descendiam de Abraão - para ele, a terra prometida era a Grã-Bretanha e Cristo tinha sido crucificado em um carvalho...
Isso tudo carece de embasamento ou rigor histórico, para não dizer que são totais absurdos. Eram apenas tentativas forçadas de associar druidismo com cristianismo. Nesse período surgiram as idéias mais mirabolantes e, infelizmente, algumas delas perduram até hoje, inclusive em livros modernos cujos autores repetiram erros sem se preocupar em pesquisar a autenticidade das afirmações.
O principal personagem desse renascimento druídico, no entanto, foi o galês Edward Williams, mais conhecido como Iolo Morganwg.
Ele era muito interessado na cultura celta e, com o intuito de resgatar as origens celtas de seu povo e se opôr à cultura que a Inglaterra lhes havia imposto, forjou textos e tradições druídicas. Ele pesquisou muito dos mitos de sua terra, mas se não encontrava o que queria, ele próprio criava. Foi assim que nasceu o livro "Barddas".
Apesar disso tudo, seu trabalho foi importante nesse resgate do druidismo, como também foi o papel de todos esses personagens já citados. Sem esse interesse deles, talvez o druidismo permanecesse uma religião adormecida para sempre.
Foi Iolo quem criou a Gorsedd dos Bardos Britânicos, existente até hoje na forma de um festival folclórico onde ocorrem competições entre os bardos, que recitam seus poemas em galês.
Iolo inaugurou essa gorsedd em Primrose Hill, Londres, no solstício de verão de 1792, justamente para chamar a atenção do povo sobre seu passado celta.
Resumindo, nessa época, o druidismo era apenas mais uma entre tantas "sociedades secretas" do período, cheia de invenções e erros históricos, afinal, ainda não existia a arqueologia, nem a datação por carbono 14. Tinha muito pouco a ver com o druidismo atual, que é pagão e bastante embasado na cultura celta, sem mais nada do cristianismo, do monoteísmo ou do patriarcado do séc.18 (embora muita gente ainda ache que o druidismo é uma tradição masculina, enquanto que a wicca é feminina, isso está errado. Ambas são religiões pagãs embasadas no equilíbrio entre o masculino e o feminino).
O neo-druidismo surge no séc. 20 e ganha seus primeiros elementos pagãos (isto é, começa a voltar às origens clássicas) na década de 40, com Robert Macgregor-Reid, que se inspira nos trabalhos de Margareth Murray sobre as sociedades pagãs pré-cristãs.
Ninguém mais aceita a visão distorcida do mesodruidismo e a arqueologia começa a fornecer as informações para o resgate do verdadeiro druidismo, o druidismo praticado pelos celtas.
É assism que Ross Nichols (praticamente o pai do druidismo moderno) entra nessa história, com suas pesquisas sobre os festivais originais celtas. Ele apresenta essas pesquisas aos seus colegas membros da Ancient Order of Druids, mas estes, fiéis demais às tradições originais da Ordem e desinteressados pelo passado celta, recusam seus trabalhos.
Esse fato motiva Nichols a sair da AOD e fundar a OBOD - Order of Bards, Ovates and Druids (uma das maiores ordens druídicas nos dias de hoje).
A ordem dele passou a celebrar a roda do ano como conhecemos hoje, unindo os 4 festiviais celtas (Beltane, Lughnasadh, Samhain, Imbolc) com os 4 festivais solares (solstícios e equinócios).
Uma curiosidade: Gerald Gardner era membro da Ancient Order of Druids juntode Nichols. Foi Nichols que mostrou a Gardner suas pesquisas sobre os festivais celtas, o que o inspirou quando ele criou sua própria tradição pagã, a wicca.
A BDO (British Druid Order), outra das maiores ordens mundiais da atualidade, surge pelas mãos de Phillip Shallcrass, que se desliga da OBOD por motivos de diferenças de práticas, e a Druidnetwork (rede druídica mundial) surge pela inspiração de Emma Restall Orr, líder-adjunta da BDO, ao tentar unir os vários grupos afiliados à BDO ao redor de todo o mundo.

DRUIDISMO/KARDEK/ESPIRITISMO


Como exemplo da influencia druídica no campo místico-religioso do Ocidente podemos mencionar Kardecismo.

A Doutrina Espírita codificada por Kardec vem exercendo um significativo papel na espiritualização do mundo ocidental.

Na realidade o Espiritismo não pode ser considerado uma doutrina altamente mística, com base metafísicas elevadas, mas que mesmo assim é a religião que mais vem contribuindo para o renascer do homem ocidental no campo das ciências esotéricas.

Isto decorre do fato de que se trata de uma doutrina que tem por objetivo retirar um colossal número de pessoas da crença de que só existe uma vida material levando-as à crença da pluralidade das existências, ou seja ensinando a uma Doutrina reencarnacionista.

Poucos são os que sabem ser esta a principal missão espiritual da Doutrina Kardecista, mas essa é precisamente a missão básica do Espiritismo, ou seja, apresentar uma doutrina relativamente simples mas que tem valores positivos de grande significação.

Num plano mais elevado o Espiritismo visa levar as pessoas ao conhecimento de que os espíritos reencarnam. Sem este conceito básico o desenvolvimento da humanidade se tornaria muito lento. Desde que uma pessoa tome conhecimento de que existem encarnações sucessivas torna-se bem mais fácil o seu desenvolvimento espiritual. Eis, pois, a missão essencial do Espiritismo.

O mundo ocidental praticamente influenciado pela Doutrina Judaico Cristã em sua forma exotérica, acabou levando o povo a esquecer que esta não é a única existência do espírito na terra. O autêntico Cristianismo foi deformado pelas forças obscurantistas através de vários concílios, a partir dos quais foi expurgado tudo o que constava nos Evangelhos e que dissessem respeito à reencarnação. Assim os padres da Igreja conseguiram esconder uma verdade milenar dos olhos do povo, e naturalmente era necessário que esse conceito viesse a ser reabilitado por ser ele de fundamental importância.

Ao Espiritismo coube resgatar esse conhecimento intencionalmente expurgado pela força negativa no mundo ocidental. Tem como missão revelar essa verdade, conduzir as pessoas à aceitação de uma verdade fundamental para o progresso do ser humano. Trata-se, por certo, do primeiro degrau da porta de entrada aos arcanos do conhecimento místico, da escada mediante a qual o espírito ascende com mais rapidez.

A proposta do Espiritismo não é de ensinar elevados conceitos metafísicos, isto é reservado a outras doutrinas. O seu papel é o de conduzir a pessoa no caminho do retorno à ascensão espiritual. O povo ocidental metafisicamente ainda é muito elementar, a não ser os que pertencem a certas organizações iniciáticas. De um modo geral, a massa é totalmente ignorante quanto aos conceitos elevados a respeito da espiritualidade, e o Espiritismo é o primeiro passo da senda. Como tem que atender a uma parcela de conhecimentos místicos rudimentares ele não poderia ser muito metafísico. É por isto que muitos o consideram uma doutrina elementar, mas isto não o invalida, bem ao contrário, o seu papel é extremamente significativo, pois trata-se do trazer um sistema diferente de doutrina que, ao mesmo tempo em que atenda às limitações dos seus adeptos, os leve à aceitação dos princípios da reencarnação. Não tendo conceitos minuciosos e elevados é exatamente ele que atrai o maior número de pessoas possíveis.

Se o Espiritismo contivesse uma doutrina muito refinada, bem metafísica por assim dizer, não seria fácil uma pessoa aceitá-lo e assim poder trocar os conceitos uni-encarnacionistas e os dogmas elementares ensinados pelas atuais religiões cristãs pelas idéias relativas à transmigração do espírito. Não é fácil o afastar-se diretamente do Cristianismo Ortodoxo e abraçar o Cristianismo Gnóstico por exemplo, desde que existe um grande abismo separando os conceitos uni-encarnacionistas dos pluri-encarnacionistas, e cabe, exatamente ao Espiritismo servir de elo intermediário, de funcionar como uma ponte entre um sistema e outro, por onde as pessoas possam chegar aos altos fins da existência.

O Espiritismo é sistema religioso simples mas de grande importância no que tange a significação da solidariedade humana, da ajuda mutua, em suma, da caridade acima de tudo.

O que não é comum às pessoas saberem é que no estabelecimento do Espiritismo houve a mão do Druidismo. Na realidade o livro básico do Espiritismo é intitulado de "O Livro dos Espíritos" que foi escrito por um médico francês chamado de Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-69), que usava como pseudônimo a palavra Allan Kardek. Léon dizia que usava este nome por haver sido ele o seu nome numa encarnação anterior em que fora um sacerdote druida. Na realidade isto é correto, houve na verdade um sacerdote druida de altíssima estirpe na civilização céltica, chamado Allan Kardek.

Não nos cabe agora descrever em detalhes quando e onde exatamente Allan Kardek viveu, apenas nos basta saber que foi na Civilização Céltica. Há registros de que ele por séculos viveu ensinando nos templos druídicos.

O "Altíssimo Sumo Sacerdote Druida" disse que voltaria a encarnar para cumprir com a missão de trazer ao mundo ocidental conhecimentos que haviam sido ocultados por milênios. Kardek na realidade cumpriu com aquilo que havia prometido, voltou para cumprir bem sua missão semeando a semente de que existiam encarnações múltiplas, por meio do Espiritismo.

Kardek, podemos dizer, foi o mais alto sacerdote entre todos os que viveram em missão junto ao mundo Celta. Ele, tal como depois veio novamente a fazer quando da encarnação de Hypolyte Léon, disse que houvera sido numa encarnação anterior um Sumo Sacerdote da Atlântida e ali tivera o de Kan. Kan participava da mais elevada hierarquia entre os governantes da Atlântida. Legislador, sacerdote, cientista, pensador e outras qualificações tornaram-no um dos mais eminentes guias espirituais da Atlântida

Kan foi um dos que previram o fim calamitoso daquele continente caso não fosses tomadas medidas sérias contra determinadas condutas, especialmente no mundo científico. Ele e inúmeros outros cientistas e sacerdotes souberam com antecedência o que estava fadado a acontecer se determinadas experiências continuassem a ser praticadas da forma como estavam sendo feitas na Atlântida. Previram que tudo acabaria numa tragédia inconcebível e sendo assim aquele grupo de pensadores discordantes, dirigidos por Kan, sabendo que não dispunham de meios para deter a insensatez de muitos, passaram a pregar que os que quisessem sobresistir, e ao mesmo tempo salvar os conhecimentos milenares daquela civilização, deveriam sem perda de tempo emigrar.

Foi a partir dos que compunham a hierarquia encimada por Kan que se formaram as correntes migratórias que precederam ao afundamento do Continente Atlanta. Kan no devido momento se fez presente no Egito onde se iniciava a mais florescente "colônia" atlante. Ele foi, foi por assim dizer, o fundador daquela grande civilização, e um dos que primeiro dirigiu aquele povo. Em decorrência disto o Egito foi no passado e ainda hoje também conhecido pelo nome de TERRA DE KAN.

No Antigo Egito Kan assumiu o nome de Toth que mais tarde os gregos associaram a um Deus do Olímpio chamado Hermes. Parte dos ensinamentos de Toth estão com o nome de Hermes, conhecido também pelo nome de Hermes Trismegisto, ou Mercúrio, o Mensageiro dos deuses. Os ensinamentos de Toth, impropriamente chamado de Hermes, estão expostos em muitos papiros, sendo os mais conhecidos deles a "Tábua as Esmeraldas" e "Pistis Sóphia".



DESMISTIFICANDO CELTAS E DRUIDAS


Reafirmamos que como base para estudos sobre os celtas e sua religião, o druidismo, as informações aqui contidas são fruto de pesquisas na História, em fontes primárias, acadêmicas e arqueológicas e nos registros que os celtas nos deixaram através de suas lendas e mitos.
A seguir, relacionamos os principais pontos de dúvidas e erros:

Mito 1:

Os druidas não eram celtas: dissociar os celtas dos druidas é o mesmo que dissociar os pajés dos índios nativos de nossas terras. Ou, a grosso modo, dissociar os padres do catolicismo.

Os druidas eram a classe sacerdotal da sociedade celta, eram professores, médicos, juízes, advinhos e conselheiros dos reis e rainhas.

Sabemos que nem todas as tribos celtas possuíam um druida ou seguiam o druidismo como religião, mas certamente as tribos da maioria do mundo celta – me refiro aqui à Gália, Grã-Bretanha e Irlanda – tinham um druida como conselheiro, médico, juiz e sacerdote e, como religião, professavam o druidismo.

Hoje em dia, no entanto, os modernos druidas não possuem necessariamente etnia celta, da mesma forma que não é necessário ser hebreu para seguir o judaísmo ou cristianismo, e nem hindu para seguir o budismo.

Mito 2:

Os druidas construíram Stonehenge: o famoso megalítico data de 2000 ac, portanto, foi construído muito tempo antes dos celtas chegarem às Ilhas Britânicas: isso só ocorreu por volta de 700 ac.

Essa informação é recente em termos históricos, pois até antes da datação por caborno 14, atribuía-se aos druidas a construção desse círculo de pedras. No entanto, não existe a menor chance dele ser um monumento druida, ainda que podemos deduzir que os druidas realizavam cerimônias em Stonehenge ao descobrirem seu alinhamento com o nascer do sol no solstício de inverno.

Mito 3:

Alan Kardec era um druida: esse é um equívoco muito comum que freqüentemente associa o kardecismo ao druidismo. Não existe, porém, nenhuma relação entre essas duas correntes religiosas.

Ao criar o espiritismo, Denizard Hypolyte Leon Rivail (nome verdadeiro de Alan Kardec) decidiu adotar o nome Alan Kardec para permanecer no anonimato, uma vez que ele era um conhecido professor/filósofo.

Um dos espíritos que estaria passando as informações sobre a doutrina a Denizard, teria lhe aconselhado a usar esse pseudônimo, pois Alan Kardec teria sido uma de suas reencarnações como um sacerdote druida, na Gália pré-romana.

Portanto, Denizard/Alan Kardec nunca foi um druida moderno, mas em uma de suas encarnações poderia ter sido um druida clássico.
Vale sempre lembrar aqui que os celtas não eram reencarnacionistas como o são os kardecistas. Para os celtas, a alma era imortal e podia (ou não) viver muitas vidas. Imperava o livre-arbítrio, mas não havia carma, recompensas ou punições como no moderno kardecismo.

O livre-arbítrio possibilitava à alma celta a opção de ir viver no Outro Mundo ao lado de seus ancestrais e seus deuses para sempre, ou voltar ao nosso mundo, não para cumprir alguma tarefa, ou pagar algumam dívida, mas para viver algo que ainda não havia sido vivido, para experimentar, conhecer, vivenciar, enfim.

Para os celtas, era a ordem natural das coisas e nenhum deus ou deusa interferia nisso.

A vontade da alma era o que regia o que lhe acontecia depois da morte.

Voltar a habitar um corpo não era uma necessidade (e nem uma obrigação para evoluir – não havia o conceito de evolução espiritual para eles), mas sim, uma opção.

Mito 4:

Os celtas eram matriarcais e cultuavam uma deusa única: esse também é um erro muito comum e muito observado em livros sobre wicca, a religião criada por Gerald Gardner. Gardner, membro a AOD (Ancient Order of Druids), criou a Wicca baseado em informações apresentadas a ele por seu amigo Ross Nichols (criador da OBOD – ordem druídica muito ativa até os dias de hoje) e também baseado em elementos da maçonaria, bruxaria tradicional e nos trabalhos de Margareth Murray sobre a suposta religião paleolítica que dominava toda a europa e tinha como principal divindade uma Deusa-Mãe.

Essa mistura toda resultou numa religião interessante e atraente para nossos dias, mas também gerou muita confusão, pois insinua que os celtas adoravam uma Deusa-Mãe (idéia utilizada no romance “As Brumas de Avalon”), o que nunca foi verdade.
Os celtas eram politeístas, isto é, tinham inúmeros deuses e deusas em seu panteão, com a peculiaridade de que nenhum deles e nenhuma delas era um deus-pai ou uma deusa-mãe absolutos, como acontece entre os gregos, por exemplo, onde Zeus era o deus dos deuses e Hera a deusa das deusas.

Os deuses celtas eram tribais e associados ao lar, ao clã, ao local – a paisagem.

Não havia uma Deusa-Mãe no panteão de nenhuma tribo celta.

Aliás, as deusas celtas desempenhavam em sua maioria o papel de guerreiras ou esposas indomáveis e/ou independentes, que não se submetiam aos maridos, tinham seus amantes e levavam sua vida em liberdade.

A Deusa-Mãe da wicca é a Natureza personificada, no panteão celta nenhuma deusa representava a Natureza como um todo, mas aspectos isolados dela e da paisagem a ela atribuída.
A sociedade celta não era matriarcal, isso seria absolutamente inviável para uma sociedade guerreira como a deles.

Quando muito, podemos dizer que eram matrilineares, isto é, os filhos recebiam o sobrenome da mãe em vez do sobrenome do pai. Mas nem todas as tribos adotavam esse processo.

Mito 5:

Somente as mulheres celtas exerciam o sacerdócio: informação provavelmente interpretada do romance citado “As Brumas de Avalon”, onde as personagens que seguem a assim chamada Antiga Religião (relacionada aos celtas, mas equivocada – a religião dos celtas era o druidismo) eram sacerdotisas da Grande Deusa.

Embora Marion tenha citado os druidas e o Merlin como sacerdotes da Deusa única, ela dá total ênfase às sacerdotisas, o que levou alguns a entenderem que o povo celta dava exclusividade de sacerdócio às mulheres.

Sabemos, no entanto, que a classe sacerdotal dos celtas era composta por druidas e druidesas, embora alguns autores também digam que eram apenas os homens que podiam exercer essa função – autores estes equivocados, mas certamente influenciados pelo mesodruidismo (ver texto sobre o tema), que era machista/patriarcal como a sociedade da época em que existiu, séculos 18 e 19.

São todos unânimes, porém, em negar que somente as mulheres celtas exerciam o sacerdócio. E nenhum deles, nem druidas, nem druidesas, eram sacerdotes da Grande Deusa.

Eles eram sacerdotes de seu povo.

Mito 6:

Os druidas eram monoteístas: outro erro absurdo que provavelmente se origina nos equívocos difundidos pelo mesodruidismo.

Se houve ou há algum druida monoteísta, certamente ele nasceu depois do século 19 e esteve ou está professando a religião de forma equivocada, influenciado pelo poder do cristianismo.

Os druidas clássicos pré-cristãos eram politeístas e, como todo sacerdote pagão, veneravam os espíritos da Natureza, deuses tribais, deuses da paisagem e os ancestrais.

O druidismo moderno, ou neo-druidismo, é igualmente politeísta, pois se baseia nas crenças dos druidas clássicos e não nos druidas do renascimento do século 19.

Mito 7:

Os druidas vieram da Atlântida: não. Mesmo que Atlântica existisse, os druidas não teriam vindo de lá.

Embora na mitologia celta existam inúmeras lendas sobre ilhas míticas, os druidas nunca são originários dessas ilhas.

Entre essas inúmeras ilhas, inclusive, não há nenhuma que tenha uma semelhança sequer com Atlântida.

As ilhas dos mitos celtas são lugares para onde os heróis se dirigem sob o encantamento de algum ser mágico ou então em alguma missão em busca das terras imortais.

Os celtas nunca vêm das ilhas, mas vão para elas.

Essas ilhas são associadas ao Outro Mundo, à terra da juventude eterna, à terra dos ancestrais, ao local para onde as almas vão depois da morte, onde viverão uma vida perfeita e imortal ao lado dos antepassados e dos deuses.
O druidismo surgiu quando os celtas chegaram nas ilhas britânicas e lá travaram contato com a espiritualidade dos povos neolíticos que habitavam a
região.

Essa mistura da espiritualidade celta com a desses povos originou a religião dos celtas que conhecemos como druidismo, e esta migrou de volta ao continente, levando o druidismo para a Gália.

Alguns autores chamam a religião dos neolíticos de proto-druida, mas a Atlântida está certamente fora de questão.

É certo que o surgimento do druidismo é uma mescla da espiritualidade celta (de origem indo-européia) com a dos povos do oeste europeu.

Os celtas vieram do coração da europa, onde hoje é a Hungria, Rep. Tcheca, Suíça.

Os povos neolíticos construtores de estruturas megalíticas do oeste europeu já estavam por lá havia algum tempo quando da chegada das primeiras levas de tribos celtas. Do contato entre esses povos surge o druidismo clássico.

SOBRE "AS BRUMA DE AVALON"

Vale lembrar à você que, todas as informações aqui contidas (como em todo o resto deste site), são fruto de pesquisas em fontes primárias, acadêmicas e arqueológicas.
Não buscamos informações na literatura esotérica, mas na História, e nos registros que os celtas nos deixaram através de suas lendas e mitos.
O objetivo deste artigo é relacionar e esclarecer algumas afirmações infundadas que têm sido difundidas erroneamente sobre os celtas e os druidas.
Com o crescente interesse que essa cultura vem despertando nos dias de hoje, vemos inúmeros livros sobre neo-paganismo, como também artigos em revistas e sites na internet, citando os celtas e os druidas.
Os autores de alguns desses livros e artigos certamente não tiveram adequada assessoria ou simplesmente buscaram fontes não confiáveis sobre do assunto, pois muitas das informações são erros sérios sobre os celtas, que acabaram por perpetuar idéias absurdas.
Alguns mitos modernos que surgiram a respeito dos celtas se devem à publicação do livro de fantasia As Brumas de Avalon (de Marion Zimmer Bradley), romance genial e envolvente, mas que poucas verdades traz sobre os celtas, tendo a autora optado por romancear as informações e usado de bastante licença poética, o que é desejável em um romance de ficção.
Não serve, no entanto, como base para estudos sobre os celtas e sua religião, o druidismo.

As Brumas de Avalon (The Mists of Avalon) (1979) é uma obra da autora Marion Zimmer Bradley feita em quatro volumes.
É ambientada durante a vida do Lendário Rei Arthur e seus cavaleiros de forma fantástica.



Traz a ótica feminina e é fascinante; os detalhes que envolveram as verdadeiras protagonistas de toda a trama, o objetivo cobiçado pelas Damas de Avalon, são de tal espécie singulares, que todo o universo mítico é repensado, reestruturado.


A série
A obra foi dividida pela autora em quatro momentos (ou tomos).
Na versão estadunidense, encontramos todos os volumes num único livro.
O romance, além de narrar cerca de 70 anos ou mais (inicia-se anterior ao nascimento de Morgana e narra fatos dela já em idade bem avançada),explora fatos históricos preenchendo as lacunas ignoradas sobre a influência do paganismo e das mulheres na formação da Bretanha.
São estas as divisões:
A Senhora da Magia
A Grande Rainha
O Gamo Rei
O Prisioneiro da Árvore
Relacionados a esta obra, temos Queda de Atlântida (volume I e II), e Ancestrais de Avalon (póstumo e encerrado por sua colega), Casa da Floresta, Senhora de Avalon, Sacerdotisa de Avalon, Brumas de Avalon.

No entanto, não foram desenvolvidos linearmente pela autora.
Como o leitor de Brumas de Avalon pode notar, Viviane, Morgana, Kevin -O Bardo, Mordred, Igraine e Uther já se encontraram em outra vida; o primeiro encontro se dá em Queda de Atlântida e estende-se por Ancestrais de Avalon, com a chegada dos atlantes à Bretanha. Em Casa da Floresta, novamente alguns personagens se cruzam em papéis diferentes.
O volume de Senhora de Avalon conta com uma extensão de Casa da Floresta, tendo aí uma visão mais aprofundada da vida na comunidade de Avalon, temos um salto na segunda história para a expansão do domínio romano na Bretanha (que segue-se no livro Sacerdotisa), fechando na terceira história o passado de Viviane, o que dá gancho para as Brumas.

O romance Sacerdotisa de Avalon, explora a lenda de Santa Helena, mãe de Constantino, primeiro imperador romano (que tinha pais pagãos) e a escolha política da nova religião para o império.

São livros independentes entre si, mas o bom leitor sente as ligações e compreende a complexidade narrativa desta autora famosa pela série Darkover, que segue esta linha de desenvolvimento.
A Senhora da Magia
O romance não se detém meramente em narrar os fatos políticos e religiosos que se confrontam na Bretanha. Mais que isso, Marion - famosa por suas histórias que descobrem o véu do universo feminino - mostra toda a força e complexidade dos atos e escolhas das mulheres (ignoradas na História das Civilizações)- abre portas na lenda da Excalibur em que se encontram o misticismo da origem da espada, ritos pagãos que foram sufocados pela cristianização, a importância das uniões políticas entre os povos e o resultado da submissão ou não das mulheres frente aos homens.
Neste volume temos os fatos que servirão de fundo para o romance:
o papel da mulher, importância e conseqüência dos casamentos arranjados
o choque de culturas e poderio dos sexos
como eram realizadas as sucessões de trono
o ritualismo pagão para a ascensão do novo rei
o simbolismo por trás de entrega da sagrada espada
a ascensão de Arthur ao trono, após a morte de Uther
Morgana concebe um filho de Arthur.
A Grande Rainha
No segundo volume, há um amadurecimento das personagens, já enfrentando as conseqüências de suas escolhas. Dentre os acontecimentos importantes, temos:
Morgana vai para a corte de Morgause, agora já rainha em outra região por união política
nascimento de Mordred
a escolha por meio de dote da noiva do rei
o começo da formação dos cavaleiros da Távola Redonda
as cobranças sobre uma mulher para a existência de um herdeiro
o isolamento de Morgana
O Gamo Rei
No penúltimo volume, desta série revolucionária, alguns temas tristes serão abordados, mortes de alguns personagens chave mudam o sentido da história, levando a ferida aberta por traições, injúrias, incesto e assassinatos à uma infecção sem remédio.
Todo o reino será abalado, sua estabilidade ameaçada e seu Rei desacreditado.
Trata-se de uma historia em que no primeiro capitulo fala da vida das personagens e algumas sao apresentadas...
O Prisioneiro da Árvore
Visto que Artur deixa de lado os costumes antigos, traindo assim a confiança do povo antigo da ilha, Morgana deseja retomar para Avalon o que havia sido oferecido mediante o juramento na Ilha do Dragão, no volume I. Para isso, encontra em Acolon, seu jovem enteado criado nos costumes antigos, um apoio para uma tentativa de retornar aos velhos preceitos.
Kevin, sucessor de Taliesin, é acusado de traição por ceder a Artur os símbolos sagrados (como o Graal) para uma nova interpretação cristã, com intuito que não fossem assim esquecidos, já que não acreditava mais na possibilidade de um retorno aos costumes antigos.
A punição por sua traição vem pelas mãos de Nimue, uma filha de Lancelot que foi levada por Morgana a Avalon e se tornou sacerdotisa.
Gwenhwyfar é flagrada por cavaleiros da Távola cometendo adultério com Lancelot, e ambos fogem do reino.
A sucessora de Viviane é morta acidentalmente por Mordred. Avalon fica sem uma Senhora do Lago. Mordred, agora homem feito, enfrenta o pai.
O desfecho da lenda do Rei Arthur é conhecido, mas interpretação feita por Marion Z. Bradley reserva muitas surpresas e detalhes - Como pode-se observar desde o início do livro.



Localização
Segundo o livro, Avalon se localiza ao sul da Bretanha, atual Inglaterra, que era uma província do Império Romano.
Vários autores citam a atual cidade de Glastonbury como sendo a ilha sagrada.
Avalon era conhecida também como o País do Verão.
É nesse ambiente fictício que, por volta do século V, passa-se a história do lendário Rei que teria papel fundamental na Bretanha, no momento em que o paganismo estava começando a perder terreno para o cristianismo.

Como se pode ver, é uma obra magnífica, romance cheio de mistério mas, que tornamos a enfatizar que, embora cativante, se trata de uma OBRA DE FICCÇÃO.

sábado, 27 de junho de 2009

A CIÊNCIA DOS DRUIDAS

“O HOMEM É MODESTO NAS PALAVRAS E EXCEPCIONAL NOS ATOS”.
CONFÚCIO
1 9 9 7 - 3 3 5 0


Embora os Druidas somente neste milênio haja se apresentado publicamente, contudo a atuação deles é muitíssimo mais antigo do que se pensa. Em alguns textos diversos autores dizem que antes da Atlântida ser tragada pelo oceano muito das pessoas que lá viviam migraram, e que uma das correntes migratórias foi habitar no oeste da Europa. Com certeza os desse grupo foram os Druidas, mas que por milênios viveram sem desenvolverem uma civilização, mesmo assim conservando a ciência trazida do Continente submerso.
Os Druidas tinham grandes conhecimentos astronômicos como se pode ver pelos círculos de pedra. Aquelas construções tinham dupla finalidade, a de servir como centros de força telúricas e siderais para a realização dos rituais e, ao mesmo tempo, também, ao mesmo tempo funcionavam também como observatórios, especialmente dedicados à marcação das efemérides anuais, ou seja, eram calendários por meio do que o povo pudesse evidenciar a posição do Sol e de algumas estrelas em relação com determinados monumentos e assim pudesse saber das datas festivas, do início dos períodos próprios para início do plantio, etc. Contudo, este se constituía um uso secundário e popular, pois na realidade aquelas construções diziam respeito à utilização das forças telúricas e siderais, e em especial aquelas forças ligadas as ciências dos cristais, trazidas para a Europa pelos emigrantes da Atlântida.
Os Druidas foram considerados magos, feiticeiros, especialmente em decorrência dos conhecimentos que eles tinham de medicina, do uso das plantas medicinais, do controle do clima, etc. Eram capazes de provocar manifestações telúricas e siderais, provocar ou fazer cessar chuvas, isto, é controlar o ritmo das chuvas, de desviar furacões e ciclones, controlar as marés, atenuar os tremores de terra e as erupções vulcânicas, alem de outros fenômenos climatológicos. Isto eles dominavam bem e procediam em parte com o uso de cristais e em parte pela ação da mente, evidentemente com um poder muito ampliado graças aos rituais procedidos em lugares de força, como Stonehenge e outros círculos de pedra. Os mesmo que os Egípcios e os predecessores dos Maias faziam através das pirâmides e dos obeliscos. Embora os egípcios tivessem grandes conhecimentos do uso da energia mental ampliada, mesmo assim eles usavam mais expedientes físicos, como o uso dos cristais e coisas semelhantes.
Evidentemente, os Druidas preocupavam-se mais com o lado prático da vida, com a fertilidade dos campos e com o desenvolvimento espiritual do que propriamente com o desenvolvimento técnico.
Teologicamente o druidismo é bastante similar à Wicca; desde que visava essencialmente uma forma de relação com a Mãe Natureza, incentivando a dignidade, a liberdade, e a responsabilidade da humanidade, e coisas assim. Os Druidas celebram suas cerimônias principais nas mesmas datas em que os celtas efetivavam seus festivais. Contudo os rituais são diferentes em muitos detalhes, mas visam o mesmo objetivo que muitos outros rituais classificados pelas Igrejas Cristãs derivadas do Ortodoxismo, como ritos pagãos. Na realidade visavam estabelecer um elo sagrado entre o homem e a natureza, criar um espaço sagrado, visando à invocação da Deidade, celebrando cerimônia não em templos, mas em contacto direto com a natureza, criando e intensificando assim um elo entre a Deusa Mãe e a comunidade.
A ciência dos Druidas encerrava muitos mistérios e durante séculos tem se comentado a respeito de Avalon, uma maravilhosa "ilha encantada", lugar de grandes mistérios.
Não se pode dizer que Stonehenge, Glastonbury e outros sítios megalíticos hajam sido construídos pelos Druidas deste milênio, eles apenas usaram o que os seus antepassados construíram. A datação pelo carbono-14 mostra que aquelas construções são anteriores à fase clássica do Druidismo. Isto é verdade, pois foram construídos logo depois da chegada dos ditos Atlantes àquelas plagas. Na realidade foram construídos, e ainda existem centenas de círculos de pedra especialmente na Bretanha e na Escócia.
Embora os Celtas e Druidas não fizessem uso intenso da linguagem escrita, especialmente para transmitir seus conhecimentos, mesmo assim eles tinham uma escrita expressa sob a forma de um alfabeto conhecido por alfabeto rúnico. As runas são símbolos gráficos com os quais podem ser gravados sons, palavras, mas o principal uso dos desenhos, as runas, é de natureza mágica. Bem mais que o alfabeto hebraico as runas são símbolos evocativos de poderes e representam para o druidismo o que o alfabeto hebraico representa para a Cabala.
Podemos dizer que as runas encerram poderes idênticos aos das letras hebraicas mais os do I Ching. No sistema hebraico as letras, além dos valores simbólicos, elas têm valores numéricos segundo a vibração de cada uma, do som de cada uma. As letras hebraicas geralmente não são utilizáveis aleatoriamente como arte adivinhatória, só acontecendo isto quando elas são distribuídas na Árvore da Vida, ou em determinadas figuras geométricas. Por sua vez os trigramas que constituem o I Ching podem ser manipulados aleatoriamente com o objetivo de adivinhação, de previsão, e coisas assim. Isto acontece também com as runas, elas preenchem os dois objetivos comportando-se quer como o alfabeto hebraico quer como os trigramas do I Ching.
As runas têm o poder de canalizar as forças mentais, de projetar a mente da pessoa a um nível ampliado de consciência e daí a captação de conhecimentos ocultos, de conhecimentos velados, de situações afastadas no espaço e no tempo.
As propriedades mágicas das runas eram usadas pelos Celtas e Druidas como forma de saber o passado e o futuro. Essa arte ainda hoje é muito praticada, mas tenhamos em mente que a quase totalidade daqueles que se anunciam como adivinhos rúnicos na verdade são enganadores, que vivem comercializando uma arte sagrada. Trata-se de um sistema milenar cujos conhecimentos são secretos, cujo domínio é reservado somente aos iniciados.
Na atualidade ouvem-se falar muito de tal e de qual sociedade druídica ou céltica; na realmente elas existem, mas não se anunciam; o ingresso a elas é mediante convite, isto é, não é a pessoa quem procura as Ordens, mas sim são elas que de alguma forma especial contactam as pessoas devidamente preparadas. Com certeza os anúncios que são vistos em revistas e jornais de nenhuma forma são autênticas, via de regra são organizações de aproveitadores que visam basicamente dinheiro.
Na Inglaterra e países nórdicos existem diversas organizações druídicas sérias, mas somente uma delas é devidamente credenciada para conferir graus iniciáticos.

O RENASCIMENTO DO DRUIDISMO


Depois de enfrentar o imperialismo conquistador de Roma e a intolerância da igreja, o druidismo adormeceu por séculos, vindo a despertar em 1717, quando o irlandês John Toland, juntamente com o inglês John Aubrey, fundou a Druid Order.
Esta é a primeira de muitas ordens druídicas a surgir nessa época.
O tema atraiu tanto interesse que, décadas mais tarde, nomes de peso da literatura inglesa, como William Blake e posteriormente W.B. Yeats contribuíram de forma determinante para o ressurgimento do druidismo.
A princípio, ainda no século XVIII, as ordens druídicas nada mais eram do que variações da Maçonaria. Muitas dessas ordens nem possuíam princípios druídicos. Como ocorria com diversas tradições maçônicas, era importante criar um ‘pedigree’ que atestasse a antigüidade da ordem em questão.
Assim, surgiram interpretações fantásticas das origens do druidismo.
O próprio William Blake afirmava que os druidas descendiam de Abraão e que a Grã-Bretanha era a bíblica Terra Prometida. Como se vê, nesta fase o rigor histórico dava lugar a uma desesperada tentativa de se conciliar o cristianismo com uma pseudo-história fantástica e com tradições ocultas.
Em 1781, surge a Ancient Order of Druids (AOD), outra ordem que apostava na mesma fórmula cristianismo/druidismo/ ocultismo.
Seu fundador, Henry Hurle, inspirou-se claramente na maçonaria para desenvolver a AOD.
Ela ainda existe e conta atualmente com cerca de 3000 membros na Grã-Bretanha.
Mas a principal personagem do renascimento druídico do séc. XVIII ainda estava por aparecer. Edward Williams era um galês apaixonado pela cultura celta e possuidor de um profundo senso patriótico e fazia de tudo para dar ao povo galês uma identidade que contrastasse com a cultura imposta pelos ingleses.
Tudo mesmo - até forjar textos e tradições na tentativa de provar uma autenticidade celta em suas criações.
Williams ganhou notoriedade quando, em 1792, realizou um ritual de inauguração de sua Gorsedd (assembléia de druidas) em plena Londres.
A partir dali, Williams seria mais conhecido por sua alcunha: Iolo Morganwg.
Ele instilou nas diversas ordens druídicas de então o desejo de resgatar as tradições originais dos druidas celtas, o que despertou interesse para as pesquisas arqueológicas.
Os avanços das descobertas arqueológicas e antropológicas dos séculos XIX e XX trouxeram um novo fôlego a muitas dessas ordens que, amparadas nessas descobertas, conseguiram resgatar os elementos do druidismo histórico.
É graças a essa nova postura, mais séria e responsável, que em 1964 surgiu a Order of Bards, Ovates and Druids (OBOD).
Resgatando o druidismo celta e livrando-o de elementos estranhos (influências hindus e cristãs), seu fundador, Ross Nichols, foi instrumental para a consolidação do druidismo moderno.
Na década de 70, uma ordem irmã, a British Druid Order (BDO), foi fundada por Phillip Shallcrass.
Não demorou para ele dividir a liderança da BDO com uma carismática jovem druidesa chamada Emma Restall Orr, autora dos principais livros sobre druidismo da atualidade.
A ordem cresceu mundialmente, com druidas afiliados nos quatro cantos do mundo.
Emma fazia freqüentes viagens a diversos países para dar palestras, cursos e iniciações, e como o druidismo parecia crescer cada vez mais fora da Grã-Bretanha, ela decidiu, em maio de 2003, fortalecer o contato com outros países e ampliar as atividades mundialmente.
Para isso, ela criou a DruidNetwork, uma organização para unir grupos e indivíduos que sigam práticas druídicas – a DruidNetwork não é uma ordem ou grove.
Em 2002, a convite da editora Hi-Brasil e da Hera Mágica Cultural, Emma veio ao Brasil para apresentar seu trabalho em um workshop e uma série de eventos.
Pela primeira vez, o público brasileiro teve acesso direto a uma das principais lideranças do druidismo.
Atualmente, o escritor Claudio Quintino, um dos representantes da DruidNetwork no Brasil, dá continuidade a esse trabalho através de workshops, palestras, textos e artigos que apresentam o druidismo, suas características e sua profunda validade a mais e mais interessados.
Chegamos assim aos dias atuais.
Através de mais de três milênios de história, a longa e sinuosa estrada do druidismo desemboca à nossa frente.
Uma estrada por vezes clara, por vezes não mais do que uma trilha, por vezes duplicada, por vezes impossível de trilhar.
Acima de tudo, porém, o druidismo atual é uma tradição espiritual válida, pois soube evoluir e se adaptar às necessidades de seu tempo.
Como diz Jean Markale em Les Druides, "o que sobreviveu foram os princípios do druidismo, pois estes jamais poderiam desaparecer. E a partir deles surge a busca apaixonada do neo-druidismo.”
E como diz Emma Restall Orr em “Ritual”:
-“o druidismo é uma espiritualidade profundamente arraigada na terra, mas que se renova a cada novo amanhecer. É uma tradição que honra nosso mundo, os mundos interno e externo, os espíritos da terra, do mar e dos céus, os espíritos de nossos ancestrais; é uma filosofia que possui em sua essência a exploração da relação sagrada, de espírito para espírito.
Claudio Quintino Crow
escritor e instrutor de druidismo

OS DRUIDAS/DRUIDISMO

Quem foram os druidas?
Os druidas não são um povo. Não são uma raça, muito menos uma classe de sacerdotes.
Druida é um título máximo de uma Escola de Mistérios que, na antigüidade, formava líderes para toda a comunidade celta.
Essas escolas localizavam-se em território celta, onde todo celta podia ser um druida, mas nem todo druida era celta.

Como surgiu a primeira Escola Druida?
Segundo as lendas celtas, uma raça chamada TUATADEDANAN veio dos céus em navios através das nuvens e libertou a raça humana que estava sob o julgo dos FOMOIRÉS. Após expulsarem os FOMOIRÉS da Terra, fundaram a Primeira Escola Druida. O Império Romano fechou as Escolas Druidas por acreditarem ser elas fortes resistências contra este poderoso império.
E ao contrário do que dizem, a Inquisição nunca foi contra o Druidismo.
Algumas religiões incorporam parte do conhecimento druida aos seus preceitos.

O Que é Druidismo?
"Deixemos de lado os argumentos morais, complicados e subjetivos, e passemos aos assuntos objetivos e coerentes de nossa linha lógica de pensar que tão bem nos diferem..."
DRUIDISMO é um movimento filosófico que tem por base todo o conhecimento druida.
Essa palavra, em gaélico, quer dizer “ sábios do carvalho”.
Os druidas formavam um grupo seleto de pesquisadores e buscadores da Verdade que se reuniam não em bosques, em baixo de árvores, ou dentro de cavernas escuras, úmidas e frias, como querem algumas mentes pouco inteligentes e muito imaginativas.
O grande problema é que aqueles que geralmente dizem "conhecer" o ensinamento druídico não se deram ao trabalho de pesquisar a fundo as obras que foram escritas a respeito deles, na verdade, não estamos falando de um povo imaginário ou lendário, que viveu em uma terra mística ou lendária, mas de um grupo real, documentado e contemporâneo aos primeiros historiadores, que os viram, tocaram e falaram com eles, portanto é muito mais difícil que inventar, por isso é muito raro encontrar obras sérias contendo as suas histórias, lendas e rituais secretos.
Os druidas se reuniam em Colégios onde desenvolviam e preservavam conhecimentos que herdaram de uma raça anterior a nossa e muito mais avançada, que possuíam o controle total do que hoje chamamos infantilmente de Energia Telúrica, e preservado pelos orientais com o nome de Feng Shui, além de compreender o poder dos elementos, e teria dito Aristóteles, mentor de Alexandre, o Grande:
- "Se pudesse escolher meus exércitos. eles seriam as pedras, os ventos, o fogo os mares..."

E eles dominavam claramente estas forças da natureza não por aprendizado próprio, mas por herança, e isto não é lenda, os romanos e gregos registraram seu poder.
Caius Julius Caesar, ou Júlio César, se deu ao trabalho de registrar a história de sua guerra para conquistar a Gália (Portugal, Espanha, França, Holanda; norte da Itália, Romênia) e Bretanha (Inglaterra, Irlanda, Escócia), em sua obra Comentários, nela ele conta que após várias derrotas em suas batalhas, percebeu que haviam os druidas guerreiros, onde o termo druidesa não cabe, já que após um rito específico haveria a perda de polaridade, então seria "o druida" ou "a druida", e entre estes estrategistas havia mulheres, que oficiavam ritos, conheciam e controlavam as RUNAS, guerreavam e comandavam tribos; como é o caso de Beodica, que além de rainha, era druida, e de Morgana, que chegou ao cargo de Merlin da Bretanha, em circunstâncias especiais, estes foram os estopins para a guerra entre o Império Romano expansionista patriarcal e a Céltica, um Império Dual, com igualdade de sexos, e que se expande através do conhecimento, da ordem e justiça social, como veremos, pois isso é dito não por fantasia ou outras formas fantásticas de informações comuns hoje em dia, mas de registros históricos públicos e testemunhas.
Em primeiro lugar as diferenças:
O povo celtas eram os habitantes das áreas acima mencionadas mais a região Nórdica (Islândia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Suécia), eram segundo os romanos um povo guerreiro por natureza e segundo os gregos eles não possuíam escravos, fato impar naquela época e não haviam analfabetos, por que?
Por causa dos Druidas que eram os membros do Colégio, que eram Juizes, engenheiros, médicos professores, generais e etc...
O problema maior para os romanos foi o grau de sigilo da Ordem, e como eles conseguiam derrotar as legiões romanas?
César registrou:
"...E existe um grupo de druidas que observavam e comandavam a batalha, então um grupo especial tinha a missão de matá-los, mas ao se aproximar para golpear, eles olhavam nos olhos do agressor e não diziam nada e caiam no chão sem reagir e sem expressar qualquer medo perante a morte, pois possuíam a concepção de que se encontrariam em outra vida...", tal era a certeza da reencarnação e em um conceito mais avançado conhecido como metempsicose.
As druidas deram trabalho aos romanos, pois além de guerreiras, que deram fama as Amazonas, que é um outro ramo de guerreiras-sacerdote, após a vitória Romana, criaram as Cones, e fizeram um ramo secreto conhecido como Wicca, não estes grupos de desequilibradas que não entram em igrejas e tem medo de água benta e aliás basta ver o filme real e sem fantasias "As Bruxas de Salem", que mostra que estas paranóicas nada tem a ver com as heroínas seguidoras da verdadeira Força Ying, chamada por elas de A Deusa.
E são consideradas heroínas, em segredo, e um dos motivos seria o seguinte: na Segunda Guerra elas ajudaram a impedir a invasão da Inglaterra pelos alemães, os fatos narrados pertencem a arquivos não oficiais: "...E então elas se reuniram com sua rainha em sua ilha..., localizada na Inglaterra e nas vésperas da ofensiva contra a grande Ilha, como elas a chamam, formaram um círculo com o número necessário de irmãs, e durante treze dias formaram uma força conhecida como egrégora através do cântico, cada uma não podendo largar a mão da outra, sem poder sair do círculo, para nada, as mais idosas e as menos capazes, caíam uma a uma e a medida que o círculo abria elas imediatamente davam as mãos para fechar, e uma disse: Perdemos muitas irmãs naqueles dias, mas continuaremos sempre a necessidade assim o exigir..."
Uma formula druida de limpeza de ambiente que não põe em perigo quem o faz, sem qualquer conhecimento ou verdadeira iniciação, é a seguinte:
"Para os casos de fraquezas, desânimos, depressões, choro, pesadelos: Pegue oito espinhos de rosas vermelhas e os coloque dentro de seu perfume, então o borrife nos lugares que você queira purificar e atrair superiores presenças equilibradoras. A formula falada é: Um espinho quando espeta Surpreende quem não sabia, Ele não só provoca dor, Ele também conduz a magia E em nome dessa magia Eu digo ao espinho: "que assim seja; e assim se faça" Esta é a fórmula falada para estes casos, mas porque o espinho? E porque deve ser o perfume de seu uso pessoal? Será que cada essência de magia possui uma formula falada diferente?

Como está o Druidismo no século XXI?
Atualmente existe um movimento de reacender a chama druídica nos países de Língua Portuguesa. No mundo moderno as pessoas estão procurando fontes de real conhecimento no sentido de atingirem uma melhor qualidade de vida para si e para o seu próximo. A proposta é promover o acesso à misteriosa sabedoria druida para então aplicá-la ao dia-a-dia. É preciso levar em consideração que a realidade de hoje é completamente diferente da realidade das antigas Escolas Druidas.
Por exemplo, convivemos hoje com o barulho das grandes metrópoles e isso não pode servir de empecilho a práticas de meditação. Como posso, em plena cidade grande, isolar-me do barulho para meditar? Precisamos aceitar nossa realidade moderna e saber incorporar os antigos preceitos druidas ao nosso atual estilo de vida.
A essência do Druidismo, crenças e seus conceitos principais permanecem estáveis até os dias de hoje.
A arte do Druidismo contemporâneo pode ser muito diferente dos druidas históricos, pelo fato de vivemos em outros tempos, com outras necessidades.
Ao contrário de religiões que têm como base textos sagrados dogmáticos, o druidismo não fica limitado a escrituras ou leis.
E com o passar dos séculos hoje é mais que uma religião é um modo de vida onde significativa a capacidade de satisfazer os anseios de quem segue este caminho, cuja natureza é à base da inspiração.
Um Druida segue as estações do ano, e o ciclo da Natureza.
Um Druida não segue regras como qualquer religião, pois tudo é baseado na naturalidade e no amor que a natureza perfeita criou, seus rituais não devem ser escritos, mais sim sentidos no fundo de nossas almas e conectado ao universo com a inspiração que é denominada como magia. O mistério de um Druida é a conexão da alma com a Natureza, outra pessoa, o mundo em que vive, seu trabalho, seu alimento, seus desejos mais intensos.
Tudo emana energia e nossa alma é energia.
Toda energia é sagrada e deve ser respeitada e honrada, assim como todas as formas de vida sem exceção.
O Druidismo é a forma de amor e contato com a verdadeira criação do ser humano: A natureza.
Seus templos eram as clareiras nos bosques sagrados e sua inspiração era a beleza do universo. Hoje, o maior papel de um Druida é transformar e interagir com o mundo para que ele seja um lugar mais equilibrado, mais puro e respeitado como qualquer um antigo sábio do carvalho cuidaria de seu mundo, seu lar na natureza, e sua conexão com o conhecimento e a cura para um planeta cansado de sofrer.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

OS DRUIDAS E SUA DOUTRINA DA IMORTALIDADE DA ALMA

Como já foi dito em postagens anteriores, os Druidas eram sacerdotes e sarcedotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade: a Deusa.
Mas eles sabiam que todas as nossas idéias a respeito da divindade eram apenas parciais e imperfeitas percepções do divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo nada mais seriam que aspectos de um só Ser supremo - qualquer que fosse a sua denominação - vistos sob a ótica humana.
Eles não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos construídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas mais suaves - principalmente onde houvessem antigos carvalhos - os locais de suas cerimônias.
Os druidas eram parte da antiga civilização Celta, povo que se espalhava da Irlanda até vastas áreas no norte da europa ocidental, incluindo a Bretanha Maior e Menor (Inglaterra e norte da França) e parte do extremo norte da península ibérica (Portugal e Espanha).

Dominavam muito bem todas as áreas do conhecimento humano, cultivavam a música, a poesia, tinham notáveis conhecimentos de medicina natural, de fitoterapia, de agricultura e astronomia, e possuiam um avançado sistema filosófico muito semelhante ao dos neoplatônicos.

A mulher tinha um papel preponderante na cultura druídica, pois era vista como a imagem da Deusa, detentora do poder de unir o céu (o Deus, o eterno aspecto masculino) à terra (a Deusa, o eterno aspecto feminino).

Assim, o mais alto posto na hierarquia sacerdotal druídica era exclusividade das mulheres.

O mais alto posto masculino seria o de conselheiro e "mensageiro" dos deuses, e, entre outras denominações, recebiam o nome de Merlin.

Desde a dominação romana, a cultura druídica foi alvo de severa repressão, por isso hoje sabemos muito pouco sobre eles, apesar de o próprio Júlio César reconhecer a corajem que os druídas tinham em enfrentar a morte em defesa de sua cultura.
Sabemos que eles possuiam suficente sabedoria para marcar profundamente a literatura da época, criando uma espécie de áura de mistério e misticismo (e eles, de fato, eram místicos), sendo reverenciados e respeitados como legítimos representantes dos deuses.
O Povo Celta, como um todo, construira-se dentro de uma tradição eminentemente oral, ou seja, não usavam a escrita para transferir seus conhecimentos fundamentais - embora conhecessem uma forma de escrita chamada rúnica.
Por isso após o domínio do cristianismo - que no início foi bem recebido pelos próprios druídas, quando o poder da Igreja de Roma ainda não era suficientemente forte e corrompido ao ponto de distorcer a mensagem básica de Jesus de tolerância e amor - perdemos muito desta maravilhosa civilização, e, juntamente, perdemos muito da história dos Druidas, e até hoje muita coisa permanece envolta em mistério: sabemos que realmente eles existiram entre o povo Celta, porém eles não eram propriamente originários desta civilização, então de onde vieram os Druidas?

Seriam eles os tão terrívies Bruxos avidamente perseguidos pelo fanatismo cego e ambiciosa da Igreja Católica Romana? Foram eles quem ajudaram o bretões a se livrarem dos saxões?
Teria realmente José de Arimatéia (discípulo de Jesus) encontrado abrigo entre eles?
A história dos Druidas se esconde freqüentemente entre diversas lendas, como a do Rei Arthur, onde Merlin e a meia-irmã de Arthur, Morgana, eram Druidas.

Na verdade quando estudamos sobre os Druidas, temos diante de nós apenas fragmentos de narrações, algumas lendas e muita oposição eclesiástica, cujo ódio aos Druidas e a todos os outros povos pagãos é forte demais para que seus textos nos sejam uma fonte confiável de informação. A sensação que temos é a de embarcar num Mundo totalmente diferente, mágico, fantástico, como se tomássemos a lendária barca que nos leva à ilha sagrada de Avalon, cercada de brumas, onde vive um povo incrível e misterioso.

Das poucas coisas que sabemos sobre eles, temos a certeza de que os Druidas acreditavam na Imortalidade da Alma, que buscaria seu aperfeiçoamento através das vidas sucessivas (reencarnação).

Eles acreditavam que o homem era o responsável pelo seu destino de acordo com os atos que livremente praticasse.

Toda a ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má, segundo as obras praticadas.

Quanto mais cedo o homem despertasse para a responsabilidade que tinha nas mãos por seu próprio destino, melhor.

Ele teria ainda a ajuda dos espíritos protetores e sua liberação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida.

Ele também teria a magna responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entender essa lei, conhecida hoje por lei do carma (que é uma denominação hindu, não druídica).

Os Druidas desapareceram paulatinamente da história à medida que crescia o domínio da Igreja de Roma.

Os grandes sacerdotes druidas eram conhecidos como as serpentes da sabedoria, e, numa paródia sem graça, São Patrício ficou conhecido por ter expulso "as serpentes da Bretanha".
Mas o fascínio destas pessoas não poderia desaparecer de repente.

Eles se perpetuaram nos romances dos menestreis e trovadores medievais, e sua influência se fez sentir nos vários movimentos místicos e contestátórios da Idade Média, especialmente entre os Cátaros e na Ordem dos Templários.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A HISTÓRIA DOS DRUIDAS

Um grupo de arqueólogos acaba de publicar os resultados de suas pesquisas em tumbas encontradas em Stanway, no sudeste da Inglaterra.
Em uma das covas, datada de 40 a 60 a.C., foram achados restos humanos cremados e artefatos de uso religioso, como mantos com broches cerimoniais e um tabuleiro usado para ler o futuro. Essas são as primeiras evidências concretas de que realmente existiram os druidas, os sacerdotes do povo celta, que viveu na Europa ocidental e na Inglaterra até a expansão romana do século 1 a.C.
Antes dessa descoberta, só se sabia da existência dos druidas por intermédio de relatos escritos, em especial o diário deixado pelo imperador romano Júlio César, por volta do ano 55 a.C.

A palavra druida é de origem céltica e, segundo o historiador romano Plínio, o Antigo - está relacionada ao carvalho, considerada uma árvore sagrada.
Os druidas foram membros de uma elevada ascendência celta.

Ocupavam os trabalhos de juízes, doutores, sacerdotes, adivinhos, magos, médicos, matemáticos, astrônomos, alquimistas, etc.
Dominavam quase todas as áreas das ciências exatas, como a matemática, cultivaram a música, a poesia, além de notáveis conhecimentos da medicina natural, fitoterapia e agricultura.
Embora possuíssem uma forma de escrita conhecida pelo nome de Ogham, muito parecida com a escrita rúnica, não a usavam para gravar seus conhecimentos.
Após o domínio do cristianismo muito se perdeu das informações históricas daquela maravilhosa civilização, exceto aquilo que permaneceu guardado nos registros de algumas Ordens Iniciáticas, especialmente a Ordem Céltica e a Ordem Druídica.
Por isto, muito da história dos Druidas até hoje é um mistério para os historiadores oficiais; sabem que realmente existiram entre o povo Celta, mas que não nasceram nesta civilização.
Esse estudo se inicia aqui, com a tradução de alguns textos acadêmicos de estudiosos renomados a respeito do Druidismo, na história e nos dias de hoje e não pretende concluir, mas fornecer informações a respeito, dessa tão específica casta...
Os druidas mostram-nos que sempre podemos rever o passado para melhor aprender o presente.
Empenhemo-nos, neste maravilhoso mundo da pesquisa etimológica e histórica.
As fontes de pesquisa de druidismo são praticamente as mesmas dos celtas, com um pouco mais de restrições, pois não encontramos druidas em todas as sociedades celtas, ou seja, são textos medievais, de origem por vezes meramente mitológica, os dados da arqueologia e os relatos romanos.


A sociedade celta estava divida em apenas 3 classes: o rei, os druidas, e os homens.
Sendo que os druidas eram superiores aos reis.
Falar em druida, entretanto, não é tão fácil, a palavra engloba muitas e muitas funções, seria semelhante a falar "intelectual" nos dias de hoje, o termo engloba várias profissões.
Eram tão especializadas as funções dos druidas que eles tinham universidades, com especializações, etc.

São 6 os tipos mais comuns de druidas:

Os Druida-Brithem - Estes eram os juizes. Os celtas nunca chegaram a ter suas leis escritas, apenas os brithem a conheciam, assim a função deles era percorrer as casas e as cidades e resolver impasses que surgissem.

Os Druida-Liang - Eram os médicos e curandeiros. Em geral passavam mais de 20 anos em seus estudos antes de praticarem a cura, tinham especializaçòes entre si, entre eles estavam as ervas, as cirurgias (como a de transplante de coração) entre outras.

Os Druida-Scelaige - Eram os narradores, eles tinham como função apenas repetir a grande história dos celtas que lhe haviam sido contada por outros scelaige (A escrita era proibida a não ser para rituais de religião). Apenas repetiam para que a história não fosse esquecida. Também juntavam à sua história as novas trazidas pelos sencha

Os Druida-sencha - Já que os sceilage ficavam trancados apenas repetindo, estes deveriam percorrer as terras celtas e compor novas histórias sobre o que estava acontecendo, estas seriam repassadas aos scelaige que as decoraria.

Os Druidas-Filid - Eram a mais alta classe dos druidas, a sua função eram o contato direto com os deuses (Alguns deles eram decendentes diretos dos deuses). O mago merlin é um druida filid.

Os Druidas-Poetas - Uma vez que os druidas Scelaige decoravam a história, era preciso que alguém as aprendesse e contassem ao povo, essa era a função dos poetas, que mantinham a tradição celta viva.


As mulheres célticas gozavam de mais liberdades e direitos do que as de outras culturas contemporâneas, incluindo-se, até mesmo, o direito de participarem de batalhas, e de solicitarem divórcio. Neste contexto havia mulheres druidas.
Na cultura druídica, portanto, a mulher tinha um papel preponderante pois era visa como a imagem da Deusa.
No contexto religioso os druidas eram sacerdotes e sacerdotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade, a Deusa Mãe.
Embora cultuassem a Deusa Mãe mesmo assim admitiam que todos os aspectos expressos a respeito da Divindade eram ainda percepções imperfeitas do Divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo nada mais eram do que aspectos de um só Ser Supremo - qualquer que fosse a sua denominação visto sob a ótica humana.
Desde que o povo celta não usava a escrita para transmitir seus conhecimentos, após o domínio do cristianismo perdeu-se muito das informações históricas daquela maravilhosa civilização e especialmente das que a precederam deste o fim da Atlântida, exceto aquilo que permaneceu zelosamente guardado nos registros de algumas Ordens Iniciáticas, especialmente a Ordem Céltica e a Ordem Druídica.
Por isto muito da historia dos Druidas até hoje é um mistério para os historiadores oficiais; sabem que realmente que existiu entre o povo Celta mas que não nasceram nesta civilização. Sendo assim impõe-se a indagação: de onde vieram os Druidas? Seriam Deuses? Ou Bruxos? O pouco que popularmente é dito a respeito dos druidas tem como base diversas lendas, como a do Rei Arthur, onde Merlin era um druida.
Diversos estudiosos tem argumentado que os Druidas originariamente pertenceram à pré-céltica (não Ariana) população da Bretanha e da Escócia.
Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, a cultura druídica foi alvo de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito dela embora que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.
A Igreja Católica, inspirada pela Conjura, demonstrou grande ódio aos Druidas que, tal qual outras culturas, foram consideradas pagãs, bruxos terríveis, magos negros que faziam sacrifícios humanos e outras coisas cruéis. Na realidade nada disso corresponde à verdade, pois quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos, até porque a tradição céltica conta que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (Taça usada por Jesus na Última Ceia).
Em torno disto existem muitos relatos, contos, lendas e mitos, especialmente ligados à Corte do Rei Arthur e a Távola Redonda. São inúmeros os contos, entre eles, aqueles relativos à Corte do Rei Arthur, onde vivera Merlin, o mago, e a meia-irmã de Arthur, Morgana, que eram Druidas.
A religião druídica na realidade era uma expressão mais mística da religião céltica.
Esta era mais mágica, por isso mais popular, com formas de rituais mais rústicos, e muito mais ligado à natureza ambiental, à terra que era tratada com carinho bem especial.
A mais popular das expressões religiosas dos celtas constituiu-se a Wicca, que o Catolicismo fez empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos. São freqüentemente os festivais célticos.
Para eles o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de cada um havia um grande festival. Eram eles:
Imbolc - celebrado em 1 de fevereiro e era associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;
Beltane - celebrada em 1 de maio. (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa "brilho do fogo". Este festival, muito bonito, era marcado por milhares de fogueiras;
Lughnasadh - (também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus lugh, celebrado em 1 de agosto;
Samhain - a mais importante das quatro festas, celebrada em 1 de novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Hallowen.
Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações.

Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse.
Toda a ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má, segundo as obras praticadas.
Mesmo sendo livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.
A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes… pura ironia!
A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim.

Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como lei do carma.
Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas , principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias.
Em vez de templos fechados eles reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.

Enquanto em alguns dos festivais célticos os participantes o faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas.

Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força.
Por não usarem roupas em alguns festivais e por desenvolverem ritos ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando não realidade tratava-se de ritos sagrados.

sábado, 20 de junho de 2009

PRINCIPAIS DEUSES E DEUSAS CELTAS


O PANTEÃO:


Panteão é o termo que damos ao conjunto de nomes das divindades de um povo, ou seja, quando desejamos citar os DEUSES Gregos estamos falando sobre o Panteão Grego, e assim temos o panteão Egípcio, Nórdico, Celta, Romano, Hindu, e mais um monte.

Os nomes dos DEUSES variam de acordo com a cultura de um povoado ou nação.

Para os egípcios, por exemplo, Ísis seria a personificação da Grande Mãe, da Senhora, da Deusa, enquanto que, para os celtas, ela seria Cerridwen, que corresponde a Hera e por ai vai, sendo que é importante compreender que apesar dessas deusas possuírem atividades singulares, seus mitos, sua vivencia e personalidade são distintas, elas são Deusas distintas, unificadas apenas na questão de serem todas a Energia Feminina Criadora.
O mesmo acontece com os nomes dos deuses: Hermes é o deus mensageiro dos gregos, enquanto que Mercúrio responderia pela mesma “pasta” para os romanos. Ou Hélio seria o deus-sol dos gregos, enquanto que, para os celtas, esse seria chamado de Lugh.
Os principais deuses e deusas do panteão celta são:

Angus Mac Og - Deus da Juventude, do Amor e da Beleza na Irlanda Antiga. Um dos Tuatha de Dannan, Angus possuía uma harpa dourada que produzia música de irresistível doçura. Os seus beijos transformavam-se em pássaros que transportavam mensagens de amor.

Anu / Annan / Dana / Dannan - Deusa Mãe, da Abundância, sendo a maior de todas as deusas do panteão irlandês. Aspecto virginal da Deusa Tríplice, formada com Badb e Macha, guardiã do gado e da saúde. Deusa da Fertilidade, da Prosperidade e do Conforto.

Arawn - Regente do Inferno, Annwn, o Submundo na tradição galesa. Representa a vingança, o terror, a guerra.

Arianrhod - Seu nome significa Roda de Prata ou Grande Mãe Frutuosa. Arianrhod é a Face Mãe da Deusa Tríplice para os povo de Gales. Honrada em especial na Lua Cheia, ela é a guardiã da Roda de Prata, símbolo do tempo e do karma. Senhora da Reencarnação.

Badb - Seu nome, que se pronuncia Baid, foi traduzido como Corvo de Batalha, ou Gralha Escaldada, que representaria o caldeirão da vida, conhecido em Gales como "Cauth Bodva". Badb, deusa da Guerra, é esposa de Net, também deus da Guerra. Irmã de Macha, a Morrigu, e de Anu. Aspecto Maternal da Deusa Tríplice irlandesa. Associada ao caldeirão, aos corvos e às gralhas, Badb rege a vida, a sabedoria, a inspiração e a iluminação.

Banba - Deusa irlandesa que, juntamente com Fotia e Eriu, usava a magia para repelir os invasores.

Bel / Belenus / Belenos / Belimawr - Seu nome significa "brilhante", sendo o Deus do Sol e do Fogo dos irlandeses. Belenos dá seu nome ao festival de Beltane, ou Beltain, festa de purificação e fertilidade comemorada em 1 de maio no hemisfério norte. Belenos era ainda ligado à ciência, cura, fontes térmicas, fogo, sucesso, prosperidade, colheita e à vegetação.

Blodeuwedd - Seu nome foi traduzido como "flor branca", sendo representada, muitas vezes, com um lírio branco nas cerimônias de iniciação celtas de Gales. Criada por Math e Gwydion, o Druida, para ser esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da conspiração para a morte do marido. Aspecto virginal da Deusa Tríplice dos galeses, Blodeuwed tinha por símbolo uma coruja. Seu domínio é o das flores, sabedoria, mistérios lunares e iniciações.

Boann / Boannan / Boyne - Deusa do rio Boyne, na Irlanda, mãe de Angus mac Og com o Dagda.

Bran - O Abençoado. Bran era irmão do poderoso Manawydan ap Llyr e de Branwen, sendo filho de Llyr, do folclore galês. Associado aos corvos, Bran é o deus das profecias, das artes, dos chefes, da guerra, do Sol, da música e da escrita.

Branwen - Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Vênus dos Mares do Norte, filha de Llyr, uma das três matriarcas da Grã-Bretanha. Branwen é chamada Dama do Lago, sendo a deusa do amor e da beleza no panteão galês.

Brigit / Brid / Brigid / Brig - Seu nome significa "flecha de poder". Brigit era filha do Dagda, sendo chamada A Poetisa. Outro aspecto de Danu, associada a Imbolc. Tinha uma ordem dedicada a ela, formada só por mulheres, em Kildare, na Irlanda, que se revezavam para manter o fogo sagrado sempre aceso. Deusa do fogo, fertilidade, lareira, todas as artes e ofícios femininos, artes marciais, curas, medicina, agricultura, inspiração, aprendizagem, poesia, adivinhação, profecia, criação de gado, amor, feitiçaria, ocultismo.

Cernunnos - Seu nome deve ser pronunciado como se tivesse um "k": kernunnos. Deus Cornudo, Consorte da Grande Mãe, deus da Natureza, Senhor do Mundo. Comumente representado por um homem sentado na posição de lótus, cabelo comprido e encaracolado, de barba, nú, usando apenas um torque (colar celta) ao pescoço, ou ainda por um homem de chifres, sendo, por isso, erroneamente comparado ao diabo dos cristãos. Os seus símbolos eram o veado, o carneiro, o touro e a serpente. Deus da virilidade, fertilidade, animais, amor físico, natureza, bosques, reencarnação, riqueza, comércio e dos guerreiros.

Cerridwen / Ceridwen / Caridwen - Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur, nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração que Cerridwen preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento.

Dagda - No folclore irlandês, o Dagda era chamado de O Bom Deus, Grande Senhor, Pai dos deuses e dos homens, o Arquidruida, deus da magia, da terra. Rei supremo dos Tuatha de Dannan, mestre de todos os ofícios, senhor de todos os conhecimentos. Teve vários filhos, entre eles Brigit, Angus, Midir, Ogma e Bodb, o Vermelho. O Dagda tinha uma harpa de carvalho vivo que fazia com que as estações mudassem quando assim o ordenasse. Deus dos magos e sacerdotes, senhor dos artesãos, da música e das curas.

A Dama Branca - Conhecida em todos os países celtas, era identificada como Macha, Rainha dos Mortos, a forma idosa da Deusa. Simbolizava a morte e a destruição. Algumas lendas chamam-na de Banshee, aquela que traz a morte.

Danu / Dana / Dannan - Principal Deusa Mãe dos irlandeses, às vezes identificada com Anu. Mãe dos Tuatha de Dannan, Povo de Dana, o Povo Mágico, descendente dos deuses, que se escondeu com a chegada dos cristãos às terras celtas. Outro aspecto da Morrigu, Danu é a patrona dos feiticeiros, dos rios, das águas, dos poços, da prosperidade e abundância, da sabedoria e da magia.

Druantia - "Rainha dos Druidas", deusa ligada à fertilidade, às atividades sexuais, às árvores, à proteção, ao conhecimento e à criatividade.

Dylan - Filho da Onda, Dylan era o deus do mar para os antigos galeses, sendo filho de Gwydion e Arianrhod. Seu símbolo era um peixe prateado.

Elaine - Aspecto virginal da Deusa no panteão galês.

Epona - Seu nome significa "grande cavalo", sendo homenageada em Gales como deusa dos cavalos. Seus atributos incluíam ainda a fertilidade, a maternidade, a prosperidade, os animais, a cura e a colheita.

Eriu / Erin - Filha do Dagda, Erin era uma das três rainhas dos Tuatha de Dannan da Irlanda.

Flidais - Deusa da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma.

Goibniu / Gofannon / Govannon - Era o Grande Ferreiro do povo irlandês, semelhante a Vulcano. Foi ele quem forjou todas as armas dos Tuatha de Dannan. Estas armas sempre atingiam o alvo e toda ferida provocada por elas era fatal. Deus dos ferreiros, dos fabricantes de armas, da ourivesaria, fabricação da cerveja, fogo e trabalho com metais em geral.

Gwydion - O Grande Druida dos galeses. Feiticeiro e bardo do Norte de Gales, seu símbolo era um cavalo branco. Rege a ilusão, as mudanças, a magia, o céu e as curas.

Gwynn ap Nud - Rei das fadas e do submundo na tradição galesa.

Gwythyr - Oposto de Gwynn ap Nud, Gwythyr era o senhor do mundo superior, também no folclore galês.

Herne - O Caçador, era associado a Cernunnos, o Deus Cornudo, e acabou sendo, também, associado à floresta de Windsor.

O Homem Verde (Green Man) - O Homem Verde tinha os mesmos atributos de Cernunnos, sendo igualmente uma divindade cornuda que habitava as florestas. Deus dos bosques, seu nome, em galês antigo, é Arddhu (O Escuro) ou Atho.

Llyr / Lear / Lir - No folclore galo-irlandês, Llyr era o deus do mar e da água, sendo considerado, ainda, senhor do mundo subterrâneo. Llyr era pai de Manawyddan, de Bran e de Branwen.

Lugh / Luga / Lamhfada / Llew / Lug / Lug Samildanach / Llew Llaw Gyffes / Lleu / Lugos - Na Irlanda e em Gales, Lugh era chamando O Brilhante. Deus do Sol e da guerra, era associado aos corvos, tendo por símbolo, em Gales, um veado branco. Sua festividade é Lughnasadh, outra festa da colheita. Era filho de Cian e de Ethniu. Tinha uma espada e uma funda mágica. Lugh era carpinteiro, pedreiro, ferreiro, harpista, poeta, druida, médico e ourives. Seu domínio incluía a magia, o comércio, a reencarnação, o relâmpago, a água, as artes e ofícios em geral, viagens, curas e profecias.

Macha - O Corvo. Rainha da Vida e da Morte no panteão irlandês. Um dos aspectos da Morrigu, era reverenciada também em Lughnasadh. Após uma batalha, os irlandeses cortavam as cabeças dos vencidos e ofereciam a Macha, sendo este costume chamado de A Colheita de Macha. Deusa protetora da guerra, e da paz, Macha regia também a astúcia, a força física, a sexualidade, a fertilidade e o domínio sobre os machos.

Manannan mac Lir / Manawyddan ap Llyr / Manawydden - Filho do deus do mar, Llyr, era homenageado como uma das principais divindades do mar pelos irlandeses. Reverenciado ainda como protetor dos navegadores, deus das tempestades, da fertilidade, da navegação, dos mercadores e do comércio. Tinha uma armadura mágica que se dizia ser impenetrável.

Math Mathonwy - Deus da feitiçaria, da magia e do encantamento no folclore galês.

Merlin / Merddin / Myrddin - Figura já conhecida do círculo da mitologia arturiana, este era o Grande Feiticeiro, o Druida Supremo dos galeses. Dizia-se que aprendeu sua magia (que não era pouca) com a própria Deusa, sob os nomes de Morgana, Viviane, Nimue ou Rainha Mab. A tradição diz que Merlin dorme numa caverna de cristal depois de enganado por um encantamento de Nimue. Merlin era o senhor da ilusão, da profecia, da adivinhação, das previsões, dos artesãos e ferreiros. Diz-se ainda que tinha grande habilidade de mudar de forma.

Morrigu / Morrigan / Morrighan / Morgan - A Morrigu era tida como a Grande Rainha, Senhora Suprema da Guerra, Rainha dos Fantasmas e Rainha Espectro, pois possuía uma forma mutável. Reinava sobre os campos de batalha, ajudando com sua magia. Representa o aspecto idoso da Deusa Tríplice, sendo associada aos corvos e gralhas. Patrona das sacerdotisas e feiticeiras.

Nuada / Nuda / Nodons / Nodens / Lud / Llud Llaw Ereint - No folclore galo-irlandês, era reverenciado como o senhor dos deuses, como Júpiter. Possuía uma espada invencível, guardada pelos Tuatha de Dannan. Nuada era o deus da cura, da água, dos oceanos, da pesca, da navegação, dos carpinteiros, ferreiros, harpistas, poetas e narradores de histórias.

Ogma / Oghma / Ogmios / Grianainech / Cermait - Herói semelhante a Hércules, Ogma tinha uma enorme maça com a qual defendia seu povo, os Tuatha de Dannan, sendo eleito seu campeão. A tradição diz que foi ele quem inventou o alfabeto ogham, utilizado pelos antigos druidas, baseado em árvores consideradas mágicas. Ogma rege a eloquência, os poetas, escritores, a inspiração, a força física, a linguagem, a literatura, as artes, a música e a reencarnação.

Rhiannon - Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protetora dos cavalos e das aves. Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz cavalo branco.

Scathach / Scota / Scatha / Scath - Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a deusa da escuridão, aspecto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi à toa que o adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais.

Taliesin - Taliesin o Bardo, foi o druida chefe da corte de Arthur, um dos maiores reis da Inglaterra. Dominava a arte da escrita, a poesia, a sabedoria, a magia e a música. Taliesin é tido como patrono dos druidas, bardos e menestréis.