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terça-feira, 25 de maio de 2010

GUERRAS DA GÁLIA

Mapa das incursões de César pela Gália.



A série de campanhas de Júlio César iniciadas em abril de 58 a.C. e finalizadas durante a primavera de 52 a.C., quando, após um cerco de dois meses, César apoderou-se de Alésia e aprisionou Vercingetórix, líder dos Gauleses, são designadas historiograficamente por Guerras da Gália (ou Gálicas).


Estas campanhas permitiram estabelecer o domínio romano sobre a Europa a oeste do rio Reno (Gália Transalpina).
Após atravessar a a Gália Transalpina, César expulsou as tribos germânicas fixadas ao sul e ao leste, as belgas ao norte e os vênetos a oeste. Atravessou o Reno para mostrar o poder de controle das fronteiras.

Ele estava favorecido pela desunião intertribal e subjugou implacavelmente as costas norte e oeste e invadiu por duas vezes (55 a.C. e 54 a.C.) a Bretanha, que era vista como refúgio belga e uma ameaça para Roma.

No inverno de 53 a.C.-52 a.C., Vercingetórix reuniu as tribos da Gália central numa unidade incomum, promovendo a insurreição dos povos da Gália iniciado com o massacre dos Romanos em Orléans.

Em longa e amarga batalha, César derrotou Vercingetórix e os seus sucessores, o que culminou na rendição do chefe gaulês.
A Gália, que ocupava apenas uma parte do noroeste da península Itálica (Gália Cisalpina) e uma estreita faixa de terra ao sul da atual França (Gália Narbonense), passou a incluir o equivalente ao atual território da França e da Bélgica.


De Bello Gallico


De Bello Gallico.



Júlio César escreveu um livro relatando as diversas campanhas na então Gália, o De Bello Gallico ("Das Guerras na Gália").



A obra é de interesse inquestionável como relato das campanhas, já que foi escrita por um dos protagonistas, embora a interpretação do seu conteúdo seja largamente discutida, considerando muitas passagens como propaganda de César sobre o seu exército e sua capacidade de liderança.
Existe até mesmo uma edição acrescida de comentários de Napoleão Bonaparte.


A conquista da Gália por Júlio César
Há dois mil e cinquenta anos, Júlio César, um dos mais célebres estadistas romanos, publicou um relato da sua campanha contra as tribos celtas que então viviam espalhadas por regiões que hoje fazem parte da Suíça, França, Bélgica e Inglaterra, denominando-o Commentarii de bello gallico ("Comentários sobre a Guerra Gálica"), que o consagrou como um excelente historiador.
A Gália nos tempos de Júlio César (58 a.C.).


Seu livro tornou-se leitura obrigatória para os estudantes de latim.

Que extensão tinha a região conquistada pelos romanos e quem eram as tribos e qual a cultura dos que lá habitavam e como fez César para dominá-la, é o que o se segue.
César abre a primeira página do seu livro com uma das suas mais conhecidas frases: Gallia est divisa in partes tres ("a Gália está toda dividida em três partes").


E, de fato, assim era. Bem ao norte, a "Terra dos Celtas" era habitada pelos belgas, no centro pelos gauleses propriamente dito, e, ao sul dela, pelos aquitânios.

Politicamente, a parte meridional encontrava-se nas mãos dos romanos desde 222 a.C.-121 a.C., que a denominavam de Gália Narbonense, tendo como seu principal centro, o porto de Marselha.
A posse dessa região costeira do Mediterrâneo permitia-lhes trafegar de maneira segura pela Via Domitia, a estrada que ligava a fronteira da Itália ao Leste, com a da Ibéria, ao Oeste. Geograficamente, ela se estendia de Milão, no vale do Rio Pó, até o sopé das montanhas dos Pirenéus.

Foi para lá que enviaram Caio Júlio César, de distinguida e aristocrática família latina, como pro-cônsul da Gália Narbonense, no ano de 59 a.C.
O povo que lá vivia, no que os romanos denominavam de Gália Comata, eram os celtas, separados entre si pelas mais diversas razões.

Dividiam-se eles, de um modo geral, em galos Heudos, Arvernos, Belgas, e nos que compunham as tribos marítimas que habitavam nas margens do Atlântico (onde hoje se situam a Bretanha e a Normandia, regiões da França).

Esses gauleses, rústicos e durões, que até então estavam fora da órbita romana, eram chamados de "galos cabeludos" (Gallo comata), para separá-los dos chamados "galos togados" (já totalmente romanizados).
Caçadores e guerreiros, envolvidos em intermináveis desavenças tribais, os galos cabeludos desprezavam a atividade agrícola, apesar da grande fertilidade do solo da França.

Dedicavam-se à criação de cavalos e de gado doméstico, havendo porém entre eles grandes artistas no trabalho com bronze, estanho e objetos de prata.

O pouco comércio que conheciam era em geral praticado por comerciantes romanos que trafegavam pelos seus rios e aldeias, trazendo-lhes produtos de fora.


Reis, chefes e druidas
A organização política dos gauleses, ou a ausência dela, foi sua perdição.
Os territórios celtas continham inúmeras tribos que ora eram governadas por um pequeno número de nobres guerreiros, outra por reis ou chefes clânicos, e até por um curioso tipo de magistrado, o Vergobret, escolhido, tal como o cônsul romano, por um período de um ano.
Para o leitor de César, fica evidente que a diversidade política dos galos cabeludos, e o desacerto que dai decorre, facilitou sua capitulação final frente aos romanos.

Contra os galos cabeludos, César pôde exercer a plenitude da máxima Divide ut regnes ("Divide e domina"), tática que os líderes romanos sempre souberam tão bem aplicar contra os outros povos.


As deidades celtas
(Veja artigo: mitologia céltica)

Se eles desacertavam-se, envolvidos em intermináveis rixas tribais, havia porém um sentimento unívoco de eles pertencerem a um único universo religioso. Belenus, o deus da luz, Belisama, a deusa da luz e do fogo, Cernunnos, o deus da fertilidade, Epona a protetora dos cavalos, e Smertrios, o deus da guerra (equivalente ao que Marte representava para os romanos), eram deidades sagradas em todo o mundo celta.
Existia entre eles a confraria dos druidas, os sacerdotes-xamãs que formavam a influente elite religiosa.
Anualmente, vindos das mais distantes regiões da Terra dos Celtas, eles se reuniam num grande concílio em Chartres (onde, bem mais tarde, no século XII, a Igreja Católica, para celebrar sua vitória sobre o paganismo, fez erguer uma das maiores catedrais da Europa), para trocarem receitas de poções e saberem das novidades.

A campanha de César na Gália
Sabendo explorar as desavenças e as eternas desconfianças reinantes entre os gauleses cabeludos, particularmente entre as duas grandes tribos que habitavam a parte central da Gália, os heudos e os arvernos, Júlio César se pôs em marcha.

O pretexto para intervir na Gália Transalpina foi a provável invasão dela pelos germanos, que faziam ameaças do outro lado do Rio Reno.
Com apenas quatro legiões (a 7ª, a 8ª, a potente 9ª***, e a 10ª), uns 24 mil homens, fora as tropas auxiliares, o romano deslocou-se pelos seis anos seguintes, entre 58 a.C. e 52 a.C. , por quase todo o território da Gália, impondo-lhe a obediência ao gládio e à lei de Roma.

Sob seu comando, à sua disposição, ele tinha uma das grandes invenções de Roma: a legião.

A legião romana

Impressionante parte da máquina de guerra romana, cada legião tinha um efetivo de 5000 a 5500 soldados engajados por contrato.

Disciplinados e bem treinados, divididos em coortes, em centúrias e decúrias, os legionários, auxiliados por uma cavalaria audaz, realizavam maravilhas nos campos de batalha. Não só neles. Mesmo no descanso, eles não tinham descanso. No acampamento era o momento em que o pilus (a lança) era substituída pela pá.
Com ela, cavavam uma trincheira retangular ao redor das barracas e erguiam paliçadas no perímetro delas para nunca serem apanhados de surpresa pelos inimigos.

Eram capazes de, arrumados em linhas (velites, manípulos de hastati, principes, e triarii), onde recrutas e veteranos se intercalavam, enfrentar contingentes de forças muito superiores às suas, graças à coesão e às táticas de luta em conjunto em que se exercitavam.
Em geral, os bárbaros, desconsiderando o comando único, atacavam em hordas, onde cada clã, quase cada guerreiro, tratava de vencer por si só a batalha, tornando-se presa fácil das organizadas tropas romanas.

Mesmo quando depois de ter recebido reforços (seu efetivo parece ter saltado para 50-55 mil homens), não deixa de ser impressionante o fato de Júlio César ter submetido um território de 600 mil quilômetros quadrados com tão pouca gente.

***Legio IX Hispana (ou nona legião hispânica) foi uma legião romana possivelmente recrutada por Júlio César em 58 a.C..
O último registo da atividade desta legião data do reinado de Marco Aurélio no século II.
O símbolo desta legião era desconhecido mas provavelmente um touro, como na maioria das legiões de César.
A IX Legio IX Hispana esteve presente durante todo o período das guerras da Gália e mais tarde permaneceu fiel a César na sua guerra civil contra a facção conservadora do senado, liderada por Pompeu.
Neste conflito, participaram nas batalhas de Durrës e Farsalos (48 a.C., na atual Grécia) e na campanha africana de 46 a.C..
Depois da sua vitória final em 45 a.C., César desmobilizou a legião e estabeleceu os veteranos na área de Picenum.
Depois do assassinato de César, Octaviano remobilizou a IX legião, assim como todas as outras legiões de César.
A IX foi enviada para a província da Macedónia. Durante a guerra civil contra Marco António permanceram ao lado de Octaviano e lutaram a seu lado na batalha de Áccio (31 a.C.).
Entre 25-13 a.C., participou na pacificação da Hispania Tarraconensis, então envolvida numa insurreição da tribo dos cantábrios.

É nesta altura que surge pela primeira vez o cognome Hispana, adquirido provavelmente pelos bons serviços prestados na campanha.
A IX Hispana fez parte do exército imperial do Rio Reno comandado pelos irmãos Tibério e Druso.
A campanha resultou na anexação da Germânia a Este do rio, mas o desastre da batalha da floresta de Teutoburgo obrigou ao abandono desta área em 9 d.C..
A legião foi deslocada então para a Panónia.
Em 43, participou na segunda invasão da Britânia, comandada pelo imperador Cláudio e permaneceram na nova província como guarnição.
A IX Hispana sofreu perdas significativas durante a rebelião de Boudicca, em 60, e teve de ser reforçada por legionários recrutados nas províncias germânicas.

No início do século II, a IX Hispana ainda se encontrava na Britânia, estacionada em Eburacum (moderna York).
Pouco depois, deve ter sido transferida para a Germânia Inferior.
Após 120 a legião desaparece dos registos. Deve ter sido destruída no reinado de Marco Aurélio, na revolta de Simon bar Kokhba (na década de 130) ou nas revoltas do Danúbio da década de 160.


O exemplo de César

O próprio Júlio César revelou-se um comandante notável.
Vestindo o paludamentum, uma cota militar vermelha para poder ser visto de qualquer canto da batalha pelos seus soldados, foram inúmeras as vezes em que ele empunhou um escudo e foi para as linhas de frente dar ânimo aos seus soldados.
Bateu os helvécios, os germanos, os belgas, os vênetos e armóricos, os bretões e finalmente sufocou a resistência dos gauleses arvernos.
Suas tropas marcharam pelos Montes Jura, pelas margens do Rio Reno (chegando a construir pontes para atravessá-lo), pelas florestas das Ardenas, pelas planícies do Flandres, pela costa do Atlântico, e, atravessando o Canal da Mancha, chegaram às Ilhas Britânicas.
Idolatrado pelos soldados, César acompanhava-os a cavalo ou a pé, procurando estar sempre presente nos pontos mais frágeis da defesa para que o seu exemplo de destemor e tranquilidade não permitisse aos soldados desandarem ou desertarem.


Alésia e a capitulação de Vercingetórix



Vercingetorix se rende a César.


O levante de Vercingétorix, o chefe dos galos arvernos, foi um dos mais impressionantes e emocionantes acontecimentos da história antiga.

O grande caudilho, decepcionado pelo conformismo da nobreza gaulesa com a ocupação romana, "faz nos campos", narrou César, "um alistamento de pobretões e homens perdidos.

Com esta tropa chama a seu partido todos os da cidade, que vai encontrando; exorta-os a tomarem armas pela liberdade comum".
A essa altura a Gália inteira ferveu. O gaulês insurgente consegue impor uma derrota parcial às legiões de César que tentaram capturá-lo em Gergóvia (perto de Clermont-Ferrand), conclamando então o povo a uma guerra total contra os romanos. Ordenou que queimassem tudo, as choças e as colheitas, nada deixando ao invasor.

César, porém, se recupera e aplica sucessivas derrotas à cavalaria gaulesa.
Vercingétorix, retirando-se com 80 mil homens e 9 mil cavalos para Alésia, no alto do Monte Auxois, pensa em repetir Gergóvia, onde resistira com êxito ao sitio do romano. Só que, desta vez, foi diferente. César tomou-se de precauções.

Os seus engenheiros traçaram rapidamente um plano de circunvalação do oppidum, a fortificação dos gauleses.

De novo os 55 mil legionários empunharam a pá. Em seis semanas, eles abriram mais de vinte quilômetros de trincheiras, montando um complexo sistema de valas, fossas, armadilhas as mais diversas, e uma paliçada completa, com torres erguidas a cada 120 metros.

César decidira-se matar os gauleses pela fome.
Vercingetórix, liberando sua cavalaria, ordenou que eles trouxessem reforços de todas as partes da Gália.

Novamente César se precaveu. Uma outra circunvalação foi escavada, desta vez voltada para fora, para poder resistir ao inevitável ataque que viria dentro de uns tempos.

De fato, uma massa de 250 mil gauleses de quase todas as tribos partira em socorro do capitão gaulês preso pelo garrote romano em Alésia.
Enquanto isso, no interior da cidade cercada, a fome fazia seus estragos.

Casos de antropofagia começaram a ocorrer. As esperanças de Vercingétorix de ser salvo se esvaíram quando ele viu, lá dos altos da sua paliçada, os romanos de César aplicarem uma derrota acachapante nos reforços que viriam tirá-lo do apremio. Sim, pois eles conseguiram por a correr aquela multidão formidável.

A batalha pela liberdade estava perdida. A Gália estava cativa. César vencera.


A atitude nobre de Vercingétorix


Vercingétorix se rende a Júlio César.
No dia seguinte ao desastre, quando não havia na Gália inteira nenhuma força organizada para poder fazer reverter o sítio de Alésia, Vercingétorix convocou o conselho militar dos seus oficiais.
Nas palavras de César, "demonstra-lhes que havia empreendido a guerra, não por interesse seu particular, mas pela liberdade comum, e pois que se tinha que ceder à fortuna, se lhes oferecia para uma das duas coisas, ou para com sua morte satisfazer aos romanos, ou para o entregarem vivo aos mesmos, como melhor entendessem".
E foi assim que procedeu. Montando no seu corcel, vestido de luzente armadura, Vercingétorix cavalgou para o acampamento do inimigo.
César recebeu-o num tablado improvisado, onde sentava num pequeno trono.
Ordenou ao vencido que entregasse o cavalo e suas armas a guarda.
Vercingétorix desfez-se de tudo e foi sentar-se aos pés de César.
Os demais gauleses sobreviventes foram entregues aos legionários como butim de guerra.
O bravo Vercingétorix foi posteriormente conduzido a Roma e jogado em uma cela, onde terminou estrangulado, talvez uns cinco anos depois de Alésia.
Depois de Alésia
Para Júlio César essa batalha foi decisiva na sua carreira.
Vitorioso na Gália, ele decidiu, três anos depois, ao atravessar o Rubicão em 49 a.C., disputar com Pompeu a hegemonia sobre a República Romana, tornada império universal.
Venceu-o. Tornou-se ditador em 46 a.C. e morreu assassinado nos idos de março de 44 a.C. numa conspiração de senadores, entre os quais Brutus que, uns anos antes, estava com ele, ajudando-o a derrotar Vercingétorix.
O poder depois da morte de César foi disputado entre seu sobrinho-neto Otávio, e um antigo auxiliar de César, Marco Antônio (também um veterano das Guerras da Gália).
Para a Gália, a derrota em Alésia significou a derrocada da cultura celta e sua substituição pela romana.
César, ao ordenar que o latim se tornasse a língua oficial das tribos gaulesas submetidas, foi, de certa forma, um dos forjadores da língua francesa atual, uma das mais belas heranças da Roma Antiga.
Deste então, surgiu na Gália uma nova civilização, a civilização galo-romana.
Bem mais tarde, no século III, na época da anarquia militar, aproveitando-se da situação caótica em que o Império Romano se encontrava, durante quatorze anos seis chefes galo-romanos proclamaram-se imperadores (de 259 a 273).
Este surto independentista pode ser considerado como a última manifestação dos gauleses de tentarem reaver sua independência, ainda que abrigados com o manto do imperador de Roma.

As campanhas de César na Gália (58 a.C - 52 a.C.)

*58 a.C. Helvécios - Líder: Dunórix - Tentativa dos helvécios de invadirem, partindo da Suíça, o Sul da Gália. Foram derrotados por César na batalha de Bibracte, aceitando em seguida a situação de vassalagem.

*57 a.C. Germanos - Líder: Ariovisto - Luta pela hegemonia da Gália setentrional. Os germanos foram derrotados perto de Besançon, entre as atuais Alsácia e Franche-Comté, e Ariovisto buscou refúgio além do Rio Reno. César ordena a travessia do rio dos germanos para punir a tribo dos sugambros.
*56 a.C. Belgas - Líder: Galba - Reação das tribos belgas à presença romana na sua fronteira. Batidos por César perto de Novon, capitulam.
*55 a.C. Tribos marítimas - César desloca-se para a costa atlântica e enfrenta os gauleses armóricos ou vênetos, numa guerra por terra e por mar. Duras represálias contra as lideranças das tribos marítimas que resistiram aos romanos.
*55 a.C.-4 a.C. Bretões - Líder: Casivelauno - Expedição punitiva de César às Ilhas Britânicas, pelos bretões terem dado abrigo aos patriotas da Armórica que lá procuraram refúgio. Depois de um acordo, César recuou para a Gália.
*53 a.C. Gauleses - Líder: Ambriórix e outros - Levante geral contra os romanos. César com sua presença consegue fazer refluir o movimento.
*52 a.C. Gauleses - Líder: Vercingétorix - Nova insurreição, desta vez popular. Trata-se de uma rebelião geral contra o invasor. César é batido em Gergóvia, mas, em seguida, consegue cercar os gauleses em Alésia. Rendição de Vercingétorix. Fim da Gália independente, tornada desde então província romana.

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