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quarta-feira, 8 de julho de 2009

LENDAS DO MABINOGION GALÊS - BRANWEN, A FILHA DE LLYR

AQUI ESTÁ A SEGUNDA PARTE DO MABINOGION
Bendigeid Vran, o filho de Llyr, foi coroado rei dessa ilha, e foi exaltado pela coroa de Londres. E uma noite ele estava em Harlech no Ardudwy, em sua corte, e sentou sobre a rocha de Harlech, olhando para o mar. E com ele estava seu irmão Manawyddan filho de Llyr, e seus irmãos por parte de mãe, Nissyen e Evnissyen, a vários nobres igualmente, e estava no assento para se ver um rei. Seus dois irmão por parte de mãe eram filhos de Eurosswydd, por sua mãe , Penardun, filha de Beli, filho de Manogan. E um desses jovens era bom e de natureza gentil, e iria fazer a paz entre seus parentes , e fazer sua família ser amiga quando sua fúria estivesse no auge; e esse era Nissyen; mas o outro causaria a discórdia entre seus dois irmãos quando eles estivessem em grande paz.
E enquanto eles sentavam dessa maneira, eles contemplaram trinta navios do sul da Irlanda, vindo em sua direção, e eles vinham num movimento rápido, o vento em suas costas, e se aproximaram velozmente.
-"Vejo navios a distância", disse o rei, "vindo velozes na direção de nossa terra. Mande os homens da corte de equiparem, e vão conhecer suas intenções."
Então os homens se equiparam e foram em sua direção. E quando viram os navios próximos, certo eles ficaram de que nunca haviam visto navios melhor equipados. Belas bandeiras de cetim estavam em sua frente. E contemplaram um navio se mover mais depressa que os outros, e viram um escudo levantado no lado do navio, e a ponta do escudo estava para cima, em sinal de paz. E eles saudaram o rei, que agora podia ouvi-los do lugar em que estava, sobre as rochas acima de suas cabeças.
-"Que o Céu lhes traga prosperidade", ele disse, "e bem vindos sejam. A quem estes navios pertencem, e quem é o chefe entre vocês ? "
-"Senhor," ele disse, "Matholwch, rei da Irlanda, está aqui, e estes navios a ele pertencem."
-"E por que razão ele vem? " perguntou o rei, "e ele virá a terra ?"
-"Ele vem com uma demanda a ti, senhor," eles disseram, "e ele não virá em terra até ter seu obséquio."
-"E o que seria este?" indagou o rei.
-"Ele deseja se aliar ao senhor" eles disseram, "e ele vem pedir Branwen a filha de Llyr, para que se parecer bem ao senhor, a Ilha da Força, seja confederada aliada à Irlanda, e ambas se tornem mais poderosas."
E esta resposta foi trazida a Matholwch.
-"Estou de acordo," ele disse.
Então ele desembarcou, e foi recebido com alegria; e grande foi o tropel no palácio naquela noite, entre os convidados e os da corte; e no dia seguinte eles se consultaram, e resolveram conceder Branwen a Matholwch. Agora ela era uma das damas-chefes dessa ilha, e era a mais encantadora donzela do mundo. Fixaram Aberffraw como o lugar onde ela se tornaria sua noiva. Rumara então, e em direção a Aberffraw os anfitriões foram; Matholwch e seus anfitriões em seus navios; Bendigeid Vran e seus anfitriões por terra, até chegarem a Abeffraw.
Em Abberffraw começaram um banquete e sentaram-se. E sentaram-se o Rei da Ilha da Força e Manawyddan o filho de LLyr, em um lado, e Matholwch no outro, e Branwen filha de Llyr ao seu lado. E eles não estavam dentro duma casa, mas sob tendas. Nenhuma casa jamais poderia conter Bendigeid Vran, devido ao seu tamanho. E eles começaram o banquete e beberam e discursaram. E quando ficou mais agradável a eles dormir que beber, foram descansar, e naquela noite Branwen tornou-se noiva de Mathowlch. No dia seguinte eles levantaram, e toda a corte, e os oficiais começaram a equipar e levar os cavalos e os criados, e os levaram tão longe quanto o mar. E um dia, Evnissyen o homem briguento ao qual se fala acima, veio por acaso no lugar onde os cavalos de Matholwch estavam, e perguntou a quem eles pertenciam.
-"Estes são cavalos de Matholwch rei da Irlanda, que está casado com Branwen, tua irmã, cavalos dele estes são."
-"E deste modo ele fez com uma donzela como ela, e além disso minha irmã, tomando-a sem meu consentimento ? Eles não poderiam oferecer maior insulto a mim que este," ele disse.
E após isso ele correu sob os cavalos e cortou seus lábios no dente, e suas orelhas perto de suas cabeças, e seus rabos perto de seus traseiros, e quando ele podia apertar suas pálpebras, ele as cortava até o osso, assim desfigurou os cavalos e os devolveu inúteis. Foram trazidas tais novidades a Matholwch, dizendo que os cavalos haviam sido desfigurados, e machucados tanto, que nenhum jamais poderia ser de utilidade outra vez.
-"Em verdade, senhor" disse um, "foi um insulto a ti, e tal foi o propósito."
-"Em verdade, é de estranheza a mim, que se eles desejam me insultar, terem me dado uma donzela de tão alto escalão e tão amada entre seus parentes, como fizeram."
-"Senhor," disse outro, "Tu vês que dessa maneira é, e que não há nada para ti exceto ir para teus navios."
E após isso rumo a seus navios ele foi.
Notícias vieram a Bendigeid Vran que Matholwch estava partindo da corte sem pedir permissão para tal, e mensageiros foram mandados a ele para perguntar a razão de tal. E os mensageiros que foram, eram Iddic o filho de Anarawd, e Heveydd Hir, E estes o alcançaram e perguntaram o que ele planejava fazer, e por tal razão ele foi enfrente.
-"Em verdade," ele disse, "se eu soubesse não teria vindo a este lado. Fui inteiramente insultado, ninguém jamais teve pior tratamento que cá tive eu. Mas uma coisa me surpreende sobre tudo." -"O que é?" eles indagaram.
-"Que Branwen a filha de Llyr, uma das damas-chefes dessa ilha, e filha do Rei da Ilha da Força, foi dada a mim como noiva, e que após isso fui insultado; e eu estranho que o insulto não foi feito a mim antes de terem me entregado uma dama tão exaltada como ela."
-"Verdadeiramente, senhor, não foi de vontade de ninguém da corte," eles disseram "nem de ninguém do conselho. Que tu recebestes este insulto como tu hás recebido, a desonra é maior a Bendigeid Vran que a ti."
-"Realmente," ele disse, "Penso que sim. Todavia ele não pode revogar o insulto."
Estes homens retornaram com tal resposta ao lugar que Bendigeid Vran se encontrava, e o contaram a resposta que Matholwch os havia dado.
-"Realmente," ele disse, "não há maneiras de impedirmos que ele vá embora com animosidade a nós, mas isso não aceitaremos."
-"Bem, senhor," eles disseram, "mande atrás dele outra mensagem."
-"Farei tal," ele disse. "Levante, Manawyddan filho de Llyr, e Heveyd Hirrm Unic Glew Ysgwyd, a vão atrás dele, e digam-lhe que ele terá um sadio cavalo por cada um que lhe foi machucado. E além disso, como compensação pelo insulto, ele terá um cajado de prata, tão grande e alto como ele, e uma armadura de ouro com a largura de sua face. E mostre-o quem fez isto a ele, e que foi feito contra minha vontade; mas que quem fez isso é meu irmão, por parte de mãe, e que por tal razão seria duro para mim colocá-lo à morte. E deixe-o vir encontrar-me," ele disse, "e faremos paz da maneira que ele desejar."
A embaixada foi atrás de Matholwch e lhe disse todo o depoimento de maneira amistosa, e ele ouviu.
-"Homens", disse ele, "Tomarei conselho."
Então ao conselho ele foi. E no conselho e consideraram que se eles recusassem isto, eles provavelmente teriam mais vergonha do que ao obter a compensação. Eles resolveram então aceitar tal, e retornaram à corte em paz. Então os pavilhões e as tendas foram montadas em ordem ao feitio dum salão; eles foram se encontrar, e como sentaram no início do banquete, lá eles se sentaram.Matholwch e Bendigeid Vran começaram a discutir; e pareceu a Bendigeid Vran, enquanto conversavam, que Matholwch não parecia tão alegre como ele esteve antes. E ele pensou que o líder poderia estar triste, devido à pequena recompensa que ele havia oferecido, frente ao erro que lhe haviam cometido.
-"Oh, homem," disse Bendigeid Vran, "Tu não discutes alegre esta noite, como antes fazia. E se isso se deve ao pequeno tamanho da recompensa, tu deves adicionar o que for que tu escolheste, e amanha pagarei a ti os cavalos."
-"Senhor," ele disse, "Que o céu o recompense."
-"E eu irei aumentar a indenização," disse Bendigeid Vran, "pois irei dar a ti um caldeirão cuja propriedade é que se um homem teu for assassinado hoje, e for jogado dentro dele, amanha ele estará tão bem, quanto já esteve em sua melhor forma, exceto que ele não ganhará devolta sua retórica."
E após isso ele lhe deu grandes agradecimentos, e muito feliz ele ficou por tal motivo.
E na manhã seguinte eles pagaram os cavalos a Matholwch, os últimos cavalos treinados restantes. E então eles foram a outro lugar, onde ele lhe pagou com potros até que tudo havia sido pago, e tal lugar foi chamado Talebolion. E numa segunda noite eles sentaram juntos.
-"Meu senhor, " disse Matholwch, "de onde vieste o caldeirão que tu me hás presenteado? "
-"Eu o ganhei dum homem que esteve em tua terra," ele disse, "e eu não o daria exceto à uma pessoa de lá."
-"quem era ele ?" Matholwch perguntou.
-"Llassar Llaesgyvnewid; ele veio aqui da Irlanda com Kymideu Kymeivoll, sua esposa, que escapou da Casa de Ferro na Irlanda, quando se tornou quente vermelho ao seu redor, e fugiram para cá. E é de minha estranheza que tu não conheces nada sobre o fato."
-"Algo eu sei," ele disse. "e o que eu sei irei lhe contar. Um dia estava eu caçando na Irlanda, quando cheguei à uma colina na cabeça dum lago, que é chamado Lago do Caldeirão. E eu contemplei um enorme homem de cabelos amarelos vindo do lago com um caldeirão em suas costas. Ele era um homem de vasto tamanho, e aspecto horrível, e uma mulher o seguia. E se o homem era alto, duas vezes alta como ele era a mulher, eles vieram ao meu encontro e me saudaram.
-"Realmente", perguntei, "para onde estão viajando ?"
-"Contemple isto," ele disse à mim, "é a razão para que viajamos. No fim dum mês e uma quinzena esta mulher terá um filho; e a criança que nascerá no fim do mês e uma quinzena será um guerreiro inteiramente armado"
Então os levei comigo e os mantive. E eles ficaram comigo por um ano. E aquele ano os tive comigo sem má vontade. Mas desde então houve um murmúrio, por eles estarem comigo. Pois, no começo do quarto mês eles começaram a se tornar odiados e ilegais nas terras; cometendo ultrajes e incomodando os nobres e damas; então meu povo se levantou e implorou que os deixassem, e eles me ofereceram escolher entre eles e meus domínios. E eu consultei o conselho de meu país para saber o que deveria ser feito em relação à eles ; pois de sua própria liberdade eles não iriam, nem poderiam ser eles compelidos contra suas vontades, através de luta. E [as pessoas do país] estando nesse dilema, fizeram um cômodo de ferro. E quando o cômodo ficou pronto, lá veio todos ferreiros da Irlanda, e todos que possuíam tenazes e martelos. E colocaram carvões empilhados no topo do cômodo. E eles tinham o homem, e a mulher, e as crianças, servidos de bastante carne e bebidas; mas quando percebeu-se que eles estavam bêbados; começaram a colocar fogo nos carvões do cômodo, e eles assopraram com foles embaixo, até que a casa ficasse vermelha e quente ao seu redor. Então ouve um conselho realizado no centro do piso do cômodo. E o homem queimado até que as placas de ferro ficassem brancas com o calor; e então, por razão do grande calor, o homem se chocou contra as placas com seus ombros e as derrubou, e sua mulher o seguiu; mas exceto ele e sua esposa, ninguém mais escapou dali.
-E então eu suponho, senhor," disse Matholwch a Bendiged Vran , "que ele veio então até o senhor."
-"Sem dúvida ele veio até aqui," ele disse, "e me deu o caldeirão."
-"E de que forma o senhor os recebeu ?"
-"Eu os dispersei através de toda parte dos meus domínios, e eles se tornaram numerosos, e prosperam em qualquer lugar, e eles fortificam os lugares onde estão com homens e armas, dos melhores que já foram vistos."
Aquela noite eles continuaram a discutir o quanto puderam, e tiveram menestréis e farra, e quando era mais agradável a eles dormir que sentar mais tempo, foram descansar. E assim o banquete continuou com alegria, e quando terminou, Matholwch viajou em direção à Irlanda, e Branwen com ele, e eles se foram de Aber Menei com treze navios, e chegaram à Irlanda. E na Irlanda houve grande alegria com sua chegada. E não apenas um grande homem ou nobre visitou Branwen a quem ela não deu nem uma fivela, ou anel, ou jóia real para guardar, como era honorável de se ver repartir. E nessas coisas, ela passou aquele ano em grande reconhecimento, e passou seu tempo agradavelmente apreciando honra e amizade. E enquanto isso aconteceu que ela ficou grávida, e no devido tempo um filho nascia, e o nome que lhe deram foi Gwern o filho de Matholwch , e eles puseram o garoto para ser cuidado, num lugar onde estavam os melhores homens da Irlanda. E no segundo ano, um tumulto cresceu na Irlanda, devido ao insulto que Matholwch recebeu em Cambria e o pagamento feito por seus cavalos. E seus irmão de criação, que estavam perto dele, o culparam abertamente por este problema. E ele não teria paz devido ao tumulto até se vingarem dele pela desgraça. E a vingança que tomaram, foi afastar Branwen do mesmo cômodo que ele, e fazer ela cozinhar para a corte; e fizeram o açougueiro , após ter cortado toda a carne do dia, ir dar um golpe em sua orelha, e assim fizeram a ela a punição. -"Muito bem, senhor," dissera seus homens a Matholwch, "proíba agora os navios, as balsas e os barcos de pesca, de irem à Cambria, e os que vierem de Cambria à este lado, prendam-nos para que tal coisa não seja conhecida lá."
E assim ele fez; e foi assim por não menos que três anos.
Branwen criou um estorninho na cobertura da amassadeira, e lhe ensinou a falar, e contou ao pássaro que tipo de homem seu irmão era. E ela escreveu uma carta sobre suas angústias, e como ela havia sido tratada, e ela prendeu a carta na base da asa do pássaro, e o mandou à Bretanha. E o pássaro veia à essa terra, e um dia encontrou Bendigeid Vran em Caer Seiont em Arvon, conferenciando lá, e ele pousou em seus ombros e agitou suas penas, para que a carta fosse vista, e eles viram que o pássaro havia sido criado de maneira doméstica. Então Bendigeid Vran tomou a carta e a olhou. E quando a leu molestou-se excessivamente com as notícias das angústias de Branwen. E imediatamente ele começou a mandar cartas para conclamar a ilha unida. E sete pontos e quatro países vieram a ele, e ele os contou da aflição que sua irmã passava. Então eles tomaram conselho. E no conselho decidiram ir à Irlanda, e deixar sete homens como príncipes aqui, e Caradawc o filho de Bran, como seu chefe e seus sete cavaleiros. Em Edeyrnion sobraram estes homens. E por essa razão foram os sete cavaleiros postos na cidade. Agora os nomes dos sete eram, Caradawc o filho de Bran, Heveydd Hirr, Unic Glew Ysgwyd, Iddic o filho de Anarawc Gwalltgrwn, Fodor o filho de Ervyll, Gwlch Minascwrn, Llassar o filho de Llaesar Llaesgygwyd e Pendaram Dyved como jovem escudeiro. E estes permaneceram como sete ministros para tomar comando da ilha; e Caradawc o filho de Bran era o chefe entre eles.
Bendigeid Vran, como anfitrião de quem falamos, navegou rumo à Irlanda, e não era longe através do mar, e chegou em águas rasas. Eram dois rios; o Lli e o Archan eram chamados; e as nações cobriram o mar. Então ele procedeu com as provisões que tinha em suas costas, e se aproximou da costa da Irlanda. Agora os guardadores de porcos de Matholwch estavam no mar, e vieram a Matholwch.
-"Senhor", eles disseram. "saudações a ti."
-"Céus o protejam," têm vocês alguma notícia?"
-"Senhor," eles disseram, "temos admiráveis notícias, uma madeira vimos no mar, num lugar onde nunca havíamos visto uma árvore."
-"Isso é realmente admirável," ele disse; "algo mais avistaram?"
-"Nós vimos, senhor," eles disseram, "uma vasta montanha ao lado da madeira, que se movia, e havia um alto cimo no topo da montanha, e um lago em cada lado do cimo. E a madeira, a montanha, e todos essas coisas se moviam."
-"Muito bem," ele disse, "não existe ninguém que saiba qualquer coisa sobre isso, exceto Branwen."
Mensageiros foram até Branwen.
-"Senhora", eles disseram que achas tu que isso seja ?
-"Os homens da Ilha da Força, que vieram até aqui ao ouvir o mal trato de minhas aflições."
-"O que é a floresta vista no mar ? " eles perguntaram.
-"As jardas e os mastros do navio," ela respondeu.
-"Ai de nós!" eles disseram, "e o que é a montanha vista no lado do navios ? "
-"Bendigeid Vran, meu irmão," ela replicou, "vindo à água rasa; não há navio que possa o conter nele."
-"O que é o alto cimo com o lago nos lados daquilo ?
-"Olhando em direção desta ilha ele está irado, e seus dois olhos, em cada lado do nariz, são dois lagos ao lado do cimo."
Os guerreiros e o chefe da Irlanda foram reunidos com pressa, e tomaram conselho.
-"Senhor," disseram os nobres a Matholwch, "Não há outro conselho que não seja recuar até Linon (um rio que fica na Irlanda), e deixar o rio entre tu e ele, e quebrar a ponte que cruza o rio, pois há uma magnetita no fundo do rio que nenhum navio ou barco pode passar por cima. Então eles recuaram ao outro lado do rio, e destruíram a ponte. Bendigeid Vran veio à terra, e a frota com ele no banco do rio.
-"Senhor," dissera, seus maiorais, "sabes tu a natureza deste rio, que nada pode atravessá-lo, e que há nenhuma ponte ?
-"O que," eles disseram , "é teu conselho sobre uma ponte ?"
-"Não há nenhum," ele disse, "exceto que ele que for o chefe, seja a ponte.
-Eu serei," disse ele.
E então tal dito foi proferido, e é ainda usado como provérbio. E quando ele jazia sobre o rio, barreiras foram colocadas sobre ele, e o anfitrião passou por meio disso. E quando se levantou, contemplou os mensageiros de Matholwch vindo a ele, e o saudaram, e lhe deram boas vindas em nome de Matholwch, seu parente, e mostraram como por sua boa vontade ele havia merecido o bem.
-"Pois Matholwch deu o reino da Irlanda a Gwern seu filho, teu sobrinho e filho de tua irmã. E isto ele coloca frente a ti, pela compensação do errado, e a despeito do que fez a Branwen. E Matholwch será mantido aonde quer que tu desejares, ou aqui ou na Ilha da Força. " disse então Bendigeid Vran:
-"Não devo eu ter o reino ? Então por acaso eu tomarei conselho sobre tua mensagem, pois a partir de agora até então nenhuma outra resposta terás de mim."
-"Muito bem," eles disseram, "a melhor mensagem que recebamos, vamos conduzir a ele, e tu esperes a mensagem dele."
-"Esperarei," ele respondeu, "e vocês retornem rápido."
Os mensageiros foram em frente e vieram a Matholwch.
-‘Senhor," eles disseram," prepare uma melhor mensagem a Bendigeid Vran. Ele não ouviria a nenhuma mensagem que levássemos a ele."
-"Meus amigos," disse Matholwch, "qual é teu conselho ?"
-"Senhor," eles disseram, "não há nenhum conselho além deste sozinho. Ele nunca foi conhecido em estar dentro duma casa, faça então uma casa que conterá ele e os homens da Ilha da Força em um lado, e tu e e teu anfitrião no outro; e dê teu reino à vontade dele, e lhe faça homenagem. Então por razão de honra tu faças ele fazer a casa, considerando que ele nunca teve uma casa, ele fará paz contigo."
Então os mensageiros voltaram a Bendigeid Vran, portando a mensagem. Ele tomou conselho, e no conselho resolveu-se aceitar tal proposta, e isso tudo foi feito sob conselho de Branwen, para que o país não fosse destruído. E tal paz foi feita, e a casa foi construída vasta e forte. Mas os irlandeses planejaram astucioso mecanismo, e o plano era colocar prateleiras em cada lado dos cem pilares da casa, e colocar uma bolsa de couro em cada prateleira, e um homem armado e todas elas.Então Evnissyen veio até a tropa da Ilha da Força, e olhou a casa com ferozes e selvagens olhares, espreitou os sacos de couro que estavam em volta dos pilares.
-"O que são estes sacos?" perguntou ele a um irlandês.
-"Comida, boa alma," ele disse.
E ele sentiu tal até que veio a cabeça do homem, e a apertou até sentir seus dedos se encontrarem no cérebro através do osso. E ele deixou aquele e pôs a mão em outro, e perguntou o que havia lá dentro.
-"Comida," disse o irlandês.
E tal ele fez com todos eles, até que não tivesse deixado nenhum vivo, de todos os duzentos homens, exceto um; e quando ele chegou perto, perguntou o que havia lá dentro.
-"Comida, boa alma, " disse o irlandês.
E ele tateou tal até sentir a cabeça, e apertou aquela cabeça como havia feito com as outras. E, embora descobrindo que a cabeça desse estava protegida ele não o soltou até tê-lo matado. E então ele cantou a Englyn:
-"Há nesses sacos um diferente tipo de comida, o combatente pronto, quando o ataque é feito por seus companheiros guerreiros, preparados para batalha."
Após isso chegaram os bandos à casa. Os homens da Ilha da Irlanda entraram na casa por um dos lados, e os homens da Ilha da Força por outro. E logo que se sentaram houve concórdia entre eles; e a soberania foi conferida ao garoto. Quando a paz foi concluída, Bendigeid Vran chamou o garoto a si, e de Bendigeid Vran o garoto foi a Manawyddan, e ele foi amado por todos que o contemplaram. E de Manawyddan o garoto foi chamado por Nissyen o filho de Eurosswydd, e o garoto foi até ele afetuoso.
-"Por que razão," disse Evnissyen "não vem a mim meu sobrinho, filho de minha irmã ? Mesmo ele não sendo o rei da Irlanda, ainda assim espontaneamente acariciaria o garoto."
-"Alegremente deixe-o ir a ti," disse Bendigeid Vran, e o garoto foi a ele com alegria, "Por minha confissão ao Céu" disse Evnissyen em seu coração, "impensado pelo morador da casa é a matança que nesse instante irei cometer."
Então ele levantou o garoto pelos pés, e antes que qualquer um da casa pudesse controlá-lo, ele jogou impetuoso o garoto no fogo ardente. E quando Branwen viu seu filho queimando no fogo, esforçou-se a pular no fogo também, do lugar em que sentava entre seus dois irmãos. Mas Bendigeid Vran a segurou com uma mão, e o escudo na outra. Então todos correram para a casa, nunca lá houve tão grande tumulto por um bando em uma casa como houve por eles, enquanto todos homens se armavam. Então disse Morddwydtlyllyon,
-"As pessoas enfadonhas das vacas de Morddwydtlyon!"
E enquanto todos eles procuravam suas armas, Bendigeid Vran amparou Branwen entre seus ombros e seu escudo. Então os irlandeses acenderam um fogo sob o caldeirão da renovação, e jogaram os corpos mortos no caldeirão até este ficar cheio, e no dia seguinte vieram homens lutadores tão bons quanto antes, exceto que eles não podiam falar. Então Evnissyen não viu os corpos dos homens da Ilha da Força ressuscitados, e disse em seu coração,
-"Ai de mim! Angústia eu sou, por dever ser a causa a ter trazido os homens da Ilha da Força em tamanho apuro. O mal ocorrerá se não trouxer libertação a partir de então."
E ele se lançou em meio aos corpos mortos dos Irlandeses, e dois homens descalços vieram a ele, e o levaram para ser um dos irlandeses, o arremessaram no caldeirão. E torceu-se dentro do caldeirão, até rachá-lo em quatro partes, e estourar seus próprios olhos.
Em conseqüência de tal ato, os homens da Ilha da Força obteram tanto sucesso quanto tinham; mas eles não foram vitoriosos, pois apenas sete homens deles escaparam, e Bendigeid Vran foi ferido no pé por um dardo envenenado. Agora os sete homens que escaparam eram Pryderi, Manawyddan, Gluneu Eil Taran, Taliesin, Ynawc, Grudyen o filho de Muryel, e Heilyn o filho de Gwynn Hen. E Bendigeid Vran mandou eles cortarem sua cabeça.
-"Levem vocês minha cabeça," ele disse, "e carreguem-na até a Colina Branca, em Londres, e enterrem-na lá, com a face virada rumo a França. E por longo tempo estarão vocês na estrada. Em Harlech estarão banqueteando sete anos, os pássaros de Rhiannon cantando a vocês nesse tempo. E por todo este tempo a cabeça será para vós, companhia tão agradável quanto quando estava no meu corpo. E em Gwales no Penvro vocês serão contados quatro anos, e devem vocês permanecer lá, e a cabeça estará com vós incorruptível. Até abrirem a porta que olha rumo a Aber Henvelen, e rumo a Cornwall. E após terem aperto tal porta, lá não deverão mais permanecer, vão rumo à Londres para enterrar a cabeça, e sigam em frente."
Então eles cortaram a cabeça, e estes sete foram em frente então. E Branwen era a oitava entre eles, e eles chegaram a terra de Aber Alaw, em Talebolyon, e sentaram para descansar. E Branwen olhou rumo à Irlanda e rumo à Ilha da Força, para ver se podia avistá-las; e quando foram lá contemplar encontraram uma multidão de homens e mulheres.
-"Tens vós alguma novidade?" perguntou Manawyddan.
-"Não temos nenhuma," eles disseram, "exceto que Caswallawn o filho de de Beli, conquistou a Ilha da Froça, e foi coroado rei de em Londres."
-"O quê aconteceu," eles perguntaram, "a Caradawc o filho de Bran, e os sete homens que foram deixados com ele nesta ilha?"
-"Caswallan veio até eles, e escravizou seis dos homens, e o coração de Caradawc se partiu de tristeza daí; pois ele podia ver a espada que matou os homens, mas não sabia quem a portava. Caswallawn colocou sobre si o Véu da Ilusão para que ninguém pudesse vê-lo matar os homens, mas sua espada apenas podia ser vista. E não o agradou matar Caradawc, porque ele era seu sobrinho, o filho de seu primo. E agora ele era o terceiro cujo coração se partiu por tristeza. Pendaran Dyved, que havia permanecido como uma jovem página entre esses homens, escapou para a floresta," eles disseram.
Então eles foram a Harlech, e lá pararam para descansar, e providenciaram carne e bebida, e sentaram-se para comer e beber. E então vieram três pássaros, e começaram a cantar para eles uma certa melodia, e todas as canções que eles já tinham ouvido pareceram desagradáveis comparadas à essa, e os pássaros pareciam a eles estarem a uma grande distância, sobre o o mar, e ainda assim eles pareciam distintos como se estivessem perto, e nessa refeição eles continuaram por sete anos. E perto do sétimo ano eles foram rumo a a Gwales em Penvro. E lá eles acharam um ponto justo e digno de realeza com vista para o mar; e um espaçoso saguão existia naquele lugar. E eles foram ao saguão, e duas de suas portas estavam abertas, mas a terceira estava fechada, aquela que olhava rumo a Cornwall.
-"Veja além," disse Manawyddan, "é aporta que não devemos abrir."
E naquele noite eles banquetearam e ficaram alegres. E todos eles haviam visto comida posta em sua frente, e todos eles haviam ouvido sobre tal, mas não lembraram; nem disso, nem de qualquer mágoa que tiveram até então. E lá eles permaneceram por quatro anos inconscientes de já terem alguma vez passado um tempo tão alegre e jovial. E eles não estavam mais cansados como estavam ao chegarem , e nenhum deles sabia quanto tempo haviam ficado lá. E não era mais enfadonho ter a cabeça ali do que quando Bendigeid Vran estava propriamente com eles. E devido a estes quatro anos, foi chamado o divertimento da nobre cabeça. O divertimento de Branwen e Matholwch foi no tempo que foram à Irlanda, Um dia disse Heilyn o filho de Gwynn, --"O mal aconteça a mim, se eu não abrir a porta para saber se é verdade o que é dito sobre tal." Então ele abriu a porta e olhou rumo a Cornwall e Aber Henvelen. E quando eles olharam, eles tomaram conhecimento de todos os males que eles já haviam suportado, e de todos os companheiros e amigos que haviam perdido, e de toda a penúria que havia caído sobre eles, como se tudo tivesse acontecido naquele mesmo lugar; e especialmente do destino de seu senhor, E por sua perturbação eles não puderam descansar, mas viajaram em frente com a cabeça rumo à Londres. E eles enterraram a cabeça na Colina Branca, e quando ela estava enterrada, este foi o terceiro agradável segredo; e foi o terceiro mal-destinado descobrimento quando foi desenterrada, visto que nenhuma invasão vinda do mar veio à esta ilha enquanto a cabeça estava em segredo. E dessa forma é a estória relatada por aqueles que viajaram vindo da Irlanda. Na Irlanda ninguém foi deixado vivo, exceto cinco mulheres grávidas numa caverna no ermo da Irlanda; e dessas cinco mulheres nasceram na mesma noite cinco filhos, a quem elas cuidaram até se tornarem jovens crescidos. E eles pensaram em esposas e eles ao mesmo tempo desejaram possuí-las, e cada um tomou como esposa a mãe de seus companheiros, e eles governaram o país e o povoaram. E estes cinco a dividiram entre si, e por razão de tal partição há as cinco divisões da Irlanda ainda em termos. E eles examinaram as terras onde as batalhas haviam ocorrido, e eles acharam ouro e prata até se tornarem ricos.
E assim termina esta porção do Mabinogi, sob o golpe dado à Branwen, que foi o terceiro golpe infeliz desta ilha; a respeito do divertimento de Bran, quando os anfitriões dos sete países, e dez foram à Irlanda para vingar o golpe dado à Branwen; e a respeito dos sete anos de banquete em Harlech, e os pássaros cantores de Rhiannon, a e da jornada da cabeça pelo espaço de quatro anos.

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