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domingo, 19 de julho de 2009

A TERRA DE AVALON

A terra mística de Avalon foi imortalizada no ciclo Arturiano, o mais conhecido herói celta, e em torno dela realidade e ficção se confundem envolvendo em brumas a história do lugar.Avalon se situaria a sudoeste da Inglaterra, no local onde há o monte chamado Tor e a Abadia de Glastonbury. O Monte do Tor é envolvido por brumas, e o próprio nome Tor significa “passagem”.
Nas antigas lendas celtas, existia a Ilha dos bem-aventurados, algo como os campos Elísios dos Gregos ou o Valhalla dos germânicos, local de abundância e alegria. Com o passar do tempo a visão desta terra se fundiu com a lenda de Avalon, visto que era uma ilha cercada por brumas, de difícil acesso, e por ser imaginada como um paraíso, a terra das maçãs, que representam para os celtas o conhecimento e a magia.
Avalon também está associada à Terra da Juventude, um reino mítico no qual os habitantes são imortais.
Na versão mais conhecida e consagrada no clássico “As Brumas de Avalon” de Marion Zimmer Bradley, Avalon era uma ilha cercada por brumas que somente uma sacerdotisa poderia afastar para descobrir o caminho até a ilha, lá era o refúgio da antiga religião que foi reduzida pelo catolicismo.
A ilha ficava no mesmo local da Abadia de Glastonbury, mas em outro plano, de modo que quem tentasse chegar a Avalon acabaria no templo cristão.
Uma versão mais realista nos é apresentada por Bernard Cornwell na trilogia “As Crônicas de Artur”, nela Avalon é um feudo, um reino sob o domínio da Dumnonia, reino do qual Artur era o guardião.
A Avalon de Cornwell era liderada por um Lorde, e este era Merlin, que também era o maior de todos os druidas. Não há nenhuma ilha nesta versão, apenas o Tor, no topo do qual estão os aposentos onde Merlin, Morgana e Nimue fazem seus rituais, o Tor é povoado por crianças defeituosas e loucos, pois Merlin acreditava que eles tinham as bênçãos dos deuses.
Essa versão é mais realista por não envolve nenhum tipo de magia, apenas um velho druida e suas sacerdotisas numa terra governada por este druida, obviamente um lugar como este despertou a atenção e muitas lendas cresceram em volta dele.
Nas lendas de Etain e de Oisin há a participação de membros da família real da Terra da Juventude (Avalon), eles são imortais e belos, mas imaginem que na realidade fossem reis e príncipes como quaisquer outros que o imaginário popular acerca do lugar onde viviam haviam elevado a uma categoria superior.
Isso nos remete à Avalon apresentada por Cornwell, um reino como qualquer outro mas envolto em lendas e que cada vez foi ficando mais místico culminando com a versão apresentada nas Brumas de Avalon.
Não existe ilha na versão de Cornwell , e talvez isso tenha sido de propósito, para aproximar a lenda da realidade, pois pesquisas arqueológicas afirmam que o local de Glastonbury foi um pântano há milhares de anos, ai pode estar a origem das lendas de Avalon como uma ilha, e quando os pântanos secaram no mesmo local foi construída a abadia de Glastonbury, mas a ilha que um dia ali esteve não foi esquecida, de modo que Marion a colocou em outro plano mas no mesmo lugar da abadia.
Com isso chegamos à conclusão de que Avalon foi um dia uma ilha depois se tornou o nome para um reino e no local da ilha foi construída a abadia de Glastonbury, e de que o imaginário popular se encarregou das sacerdotisas, espadas mágicas e druidas que povoam este maravilhoso local.

Avalon, a Ilha das Maçãs, reino perfeito de amor e beleza, a busca constante de todo o ser humano que, apesar de todas as desilusões, ainda tem a esperança de fazer deste mundo uma lenda real, ou seja, um lugar melhor para se viver.
A maçã representa a imortalidade, o conhecimento e a magia.
Existem vários relatos referentes a sua simbologia e às viagens célticas, conhecidas como Immran, ao Outro Mundo, supostamente, uma realidade contígua à realidade comum.
Os "Immram", são jornadas místicas, nas quais um herói é atraído por uma fada, que lhe entrega um ramo de maçã e o convida para ir para o Outro Mundo, como em "A Viagem de Bran", Filho de Febal.

Num outro "Immram", relata "A Viagem de Maelduin", que trata da busca do herói pelos assassinos de seu pai.

Ele passa por uma ilha onde encontra uma macieira e dela corta um ramo com três maçãs.

Estes frutos são capazes de saciar a sua fome e a de seus companheiros por quarenta dias sem ingestão de qualquer outro alimento. (Jean Markale, 1979:246).



Avalon é o templo do mundo interior, terra da eterna magia e saber que oferece iniciação e esclarecimento a todos que iniciam nessa jornada. E, somente, aqueles que compreendem que a vida é infinita em suas possibilidades poderão abrir as portas deste mundo.
O universo nos coloca, sincronicamente, em caminhos que irão modificar não apenas a nossa existência, mas toda a realidade que nos cerca.
Avalon se apresenta nos corações daqueles que são sinceros e seguem o que lhes foi traçado pelos Deuses, mas, somente nós somos quem tecemos o fio do nosso destino.
A Luz da Deusa é a divina inspiração que nos chama, a todo instante, para o seu sagrado caminho.
A espiritualidade é a energia presente em tudo, a essência da vida que nos leva ao equilíbrio e a plenitude.

Através da sensibilidade e da intuição começamos a discernir aquilo que é melhor e o que realmente faz a nossa alma feliz.
Avalon é a lenda que nos desperta para essa nova realidade!


A Lenda e o Mito

São as lendas e os mitos que tornam os nossos dias mais reais e cheios de magia...
Sabemos que muitas lendas sobre o famoso Rei Arthur, foram inventadas, além do seu fim misterioso, bem como, a existência de "As Brumas de Avalon" de Marion Zimmer Bradley, romance envolvente, mas que poucas verdades traz sobre os povos celtas.
Os primeiros registros sobre Arthur, diz que ele viveu entre os séculos V e VI e liderou os bretões contra o avanço saxão no cerco da Colina de Badon. Alguns textos históricos datados entre os anos de 400 - 550 d.C, e que o descrevem, são:
- De Excidio Britanniae (A Destruição da Bretanha), de Gildas.
- Historia Brittonum (Histórias dos Bretões), de Nennius.
- Annales de Cambriae (Anais de Gales), de autoria desconhecida.
O folclore também é repleto de referências sobre as civilizações perdidas, como o povo ancestral dos Reinos do Mar de Atlântida, as ilhas submersas de Ys e Lyonesse, supostamente os ancestrais da Terra Antiga.
Glastonbury e o Caminho Espiral de Tor nos remete, novamente a Avalon, Camelot, aos Cavaleiros da Távola Redonda e a busca do Santo Graal.
O Graal relacionado-se à Pedra Filosofal, à Fênix e ao Caldeirão.
Nesse ponto existe uma linha muito tênue, onde dois mundos tão distintos se encontram.
Avalon é o despertar natural da consciência.
A fonte inesgotável de sabedoria da tríplice divina da Deusa: a Donzela, a Mãe e a Anciã.
O reencontro da unidade cósmica dentro do nosso templo sagrado.

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