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quinta-feira, 14 de abril de 2011

A HISTÓRIA DO TARTAN III

O Resurgimento do tartan, na Escócia, pós-Jacobita







Idealização da Batalha de Culloden, quadro de Davi Morier, ca.1750.

As tropas britânicas vestidas em estilo militar do século XVIII,

e da aristocracia rural das Highlands vestindo roupas rústicas de tartan lã.




Em 1746 o exército jacobita (adeptos da casa real de Santiago ou James da Escócia) foi derrotado pelas tropas britânicas na Batalha de Culloden.

Entre as medidas de repressão, o governo britânico proibiu os escoses de usarem roupas em tartan sob pena de prisão ou exílio, pois aquela era a maneira de vestir de muitos aristocratas rurais que lutaram ao lado do Jacobistas.


Quando a proibição do uso do tartan, na Escócia, foi abolida em 1782, após 36 anos de censura, não haviam vestígios dos antigos tartans. Os antigos tartans e teares tinham sido destruídos, os velhos tecelões haviam morrido, e toda uma geração de escoceses tinham crescido sem ver ou saber o que um tartan.


A censura tende a causar um resultado contrário ao que se pretende, e foi isso mesmo que aconteceu com o tartan, na Escócia. Apesar de que já não se consevavam exemplos de tartan antigos anteriores a Culloden, um grupo de pioneiros começaram a promover o tartan como o novo símbolo nacional da Escócia e no final do século XVIII, o tartan foi adotado como uniforme característico de regimentos militares Escocêsesa serviço da Corôa Britânica.




O Rei George IV vestida "com as roupas que os gauleses", seguindo as instruções de Sir Walter Scott.
Depois da visita de Estado do monarca a Escócia, em 1822, todos da aristocracia rural e urbana escocesa adotaram o traje como o vestimenta nacional escocesa moderna
.



O famoso escritor e poeta do Romântismo da Escócia, Sir Walter Scott, foi quem finalmente conseguiu estabelecer o tartan como moderno símbolo nacional escocês.

Aproveitando a visita de Estado do rei George IV à Escócia em 1822, o maquiavélico Sir Walter Scott persuadiu o monarca a "vestir uma roupas dos antigos gauleses", garantindo-lhe que assim iria ganhar o respeito dos fidalgos das Highlands,que anteriormente tinham apoiado o lado Jacobista.


Embora ninguém usasse tartan, na Escócia, há um século, Sir Scott, responsável pela organização da visita real, produziu rapidamente um manual de instrução de como vestir "a antiga roupa das Highlands" e informou a todos convidados da sociedade escocesa que para assistir à recepção Real era necessário estar vestindo tartan e kilt.


Rapidamente, toda a nobreza escocesa, urbana e rural, começou uma corrida desesperada para encontrar alfaiates que podessem fazer os novos itens a tempo para que pudessem assistir à recepção real, de acordo com as especificações feitas por Sir Walter Scott.


O evento foi um sucesso teatral e àpartir dessa cerimônia Real, o kilt se tornou moda entre as classes altas da Escócia. A pequena nobreza rural começou a criar cada um seu tartan caracterísco com o nome da sua família ou clã.


Em 1831 se publicou "The Scottish Gaël", a primeira compilação dos novos tartans dos clãs escoceses.

Cada ano que passava, se inventavam mais desenhos novos, consolidando o tartan como símbolo nacional do país.


Foi assim que o escocês conseguiu recuperar a moda antiga e rural que tinha se perdido. Embora os atuais tartans escoceses tenham apenas pouco mais de um século de idade, e provavelmente sejam muito diferentes dos anteriores tartans rudimentares para os Escocêses o tartan é certamente um dos símbolos nacionais mais amados de seu país.


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