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sábado, 12 de setembro de 2009

O SANTO GRAAL XLV - NA ÁSIA - PRESTE JOÃO


Não só a Europa tem o privilegio de sediar o Santo Graal. Temos notícias de que também poderia estar localizado na Ásia em terras outrora pertencentes ao reino do lendário rei “Preste João”, bem como da existência de uma história na qual Jesus, após a sua crucificação, foi pregar na Índia vindo lá a falecer no ano de 109 d.C.
Vejamos essas fabulosas histórias.

Na Ásia
- Preste João -
Quem foi Preste João e como ele aparece nas histórias do “Santo Graal” ?
Voltando um pouco atrás nos nossos relatos, falamos sobre o Graal na figura de uma pedra como nos relata o poeta bávaro Wolfram von Eschenbach no seu romance “Parcival”.
Lynn Picknett e Clive Prince em seu livro intitulado “A Revelação dos Templários”, nos informa: “No final da história, Repanse de Schoye (a portadora do Graal) e o meio-irmão de Percival, Fierefiz, partem para a Índia e têm um filho chamado João, o famoso “Prester” João, que é o primeiro de uma linhagem que sempre recebe o nome de João...
Seria essa uma referência codificada ao Priorado de Sião cujos grão-mestres, supostamente, recebem esse mesmo nome?

Imagem de Preste João em um mapa do séc. XIV

A primeira notícia que temos sobre a existência de Preste João, vem do bispo Hugo de Zabala no ano de 1145.
Esse religioso relata uma história em forma de uma crônica, em que falava sobre uma grande disputa guerreira das tropas desse rei contra os muçulmanos.
Essa notícia era bastante alentadora para o ocidente que, naquela época, tentava deter a expansão dos muçulmanos, porém não existia confirmação sobre as mesmas.
No ano de 1165, aconteceu uma misteriosa chegada de três cartas semelhantes, enviadas a três grandes personagens que se destacavam no cenário político no século XII: o papa Alexandre III, o imperador Manoel I de Bizâncio e o imperador Frederico Barba Roxa da Alemanha (que morreu durante as Cruzadas).
Atualmente apenas existe devidamente conservada, a carta enviada ao imperador Manoel I; o seu texto era o seguinte:
“Eu, Presbítero João, senhor dos senhores, excedendo a todos os que vivem sob o céu em virtude, riqueza e poder. Setenta e dois reis nos rendem tributo, nossa Majestade governa nas três Índias e em muitas terras que se estendem até os confins da Índia...”
Em seguida descreve: “Em nosso reino vivem elefantes, dromedários, camelos, panteras, macacos, leões brancos e roxos, ursos brancos, tigres, lhamas, hienas, cavalos, asnos, bois e homens selvagens, pessoas com chifres, gentes com um só olho, outros que os tem na frente e nas costas, centauros, faunos, sátiros, pigmeus, gigantes de quarenta ells de altura, ciclopes e suas fêmeas, a ave chamada Fênix e quase todas as demais espécies de animais que existem em baixo do céu”.
Preste João insiste mais adiante em destacar a grandiosidade de seu reino, quando afirma que em sua mesa serve diariamente mais de trinta mil pessoas, sendo que a mesma é construída de esmeraldas, suportadas por pilares de ametistas, que, a cada mês, se revezam sete reis para servi-los e que na mesma se sentam doze arcebispos à sua direita e vinte bispos à sua esquerda.
Preste João foi o centro de conversações e escritos durante boa parte da Idade Média.
Era considerado como um grande e rico príncipe religioso cristão que governava um reino situado ao oriente do mundo islâmico.

Reino encantado de Preste João
Os Templários também trouxeram de suas viagens muitas histórias sobre o Reino de Preste João. “Preste” é uma abreviação de Presbítero, título ocasionalmente adotado por sacerdotes e anciões. O nome próprio pode ter vindo de João, o Apóstolo que escreveu o quarto Evangelho.
Se o império de Preste João foi tão magnífico quanto aparece descrito em alguns relatos e cartas, as glórias de Roma e Constantinopla são triviais em comparação. Dizem que ele é um descendente da linhagem dos reis Magos, os quais são mencionados no Evangelho.
Geograficamente, essa região estende-se do Turquestão ao Tibet, e do Himalaia ao deserto de Gobi.
No ano de 1145 um historiador, Otto de Freiseing, relatou a existência deste reino misterioso, que guardava estranhas semelhanças com o domínio dos Hiarchas (Os Santos Mestres), descritos por Filóstrato na biografia de Apolônio de Tiana.
Essa Região distante estava cheia de maravilhas e o misterioso imperador indiano a regia com um danda (cetro) de esmeralda pura. Vivia dentro de um palácio de cristal e o seu leito era de safira. Seus trajes eram feitos com lã de salamandra e purificados na chama do fogo. Cavalgava dragões voadores e diante do seu palácio encontrava-se um espelho no qual o soberano podia observar todos os acontecimentos, não só nas províncias do seu reino, mas também nos países vizinhos.
E a maior atração era provavelmente a Fonte da Eterna Juventude. Quando se desejava rejuvenescer, bastava observar um tempo de jejum e depois beber três goles de água da fonte.
A doença e a velhice desapareciam e o corpo voltava aos trinta anos.
Diz-se que o próprio Preste João prolongou sua vida até a idade de 562 anos.
Podemos, então estabelecer estranhas e interessantes coincidências.
A Ordem do Templo foi fundada em 1118. Em 1184, o trovador e cavaleiro Wolfram Von Eschenbach escreveu “Titural”, no qual condensa todas as lendas sobre o Graal.
Ele deixava subentendido que existia uma relação entre o Graal e a Ásia, descrevendo-o como uma pedra (und dieser Stein ist Gral gennant, “e esta pedra tem o nome de Graal”).

Representação da fonte da juventude de Preste João

Será que ele falava de Shamballa e da pedra Chintamani? De fato, Wolfram liga a lenda do Graal à de Preste João.
O seu “Persival” levava a taça sagrada (ou a pedra) para a Ásia, onde é até hoje está guardada em uma grande gruta sagrada, sob a proteção dos Irmãos Maiores ou, como também são chamados, Hierarquia Branca do Himalaia, Grande Irmandade Branca, G.O.M. ou Governo Oculto do Mundo, etc.
Existe na Índia, desde tempos imemoriais, um festival chamado Kumbha Mele, o Festival dos Cântaros de Cerâmica.
Segundo as escrituras, deuses e demônios trabalharam juntos no passado distante para extrair do oceano o néctar da vida eterna, chamado “amrita”, que era recolhido em um cântaro de nome Kumbha Dourado. Então, desde milhares de anos até os tempos atuais, o Graal é utilizado pelos indianos em rituais e práticas (pujas), nos quais esse vaso ou cálice é chamado pela “ciência mística experimental” de kamandalu.
O material do qual ele é feito deve ser o mais puro e natural possível e, dependendo da tradição religiosa, vai do ouro, prata ou bronze até madeira (como a tigela de Buda), pedra, coco e crânios humanos.
O mais interessante é que os livros sagrados da Índia e os próprios santos (sadhus) afirmam que dentro do kamandalu está o néctar divino, o “amrita”, a bebida da imortalidade – ou, como os cristãos nomearam, “a água da vida”.

Preste João, gravura veneziana do século XVI
As ligações do reino de Preste João, com o Graal podemos vincular com a concepção do “Paraíso”, na qual os cavaleiros buscavam encontrar ao beber no “Cálice sagrado”, na existência naquele local de paisagens exuberantes e magníficas, animais curiosos e comida e bebida em abundância. Também se falava de uma famosa fonte da juventude com os seus aspectos semelhantes aos que proporcionavam a contemplação do Graal em poder curar as doenças e prolongar a vida.
- TOMÉ -
Muitas vezes se tem associado a Preste João com o apóstolo Tomé (também conhecido por Dídimo), aquele que fundou a Igreja Nestoriana no Oriente, mas precisamente na China e na Índia.
Uma crônica anônima da época, relata a visita a Roma de um tal patriarca João em 1122 que descreve seu reino:
“Uma cidade com altíssimas muralhas rodeadas por um lago e com uma montanha ao seu lado, em cujo cimo encontra-se a Igreja de Santo Tomé.
Na sua proximidade passa um rio que nasce no Paraíso.
Nas margens desse lago encontram-se doze monastérios.
Em determinada época do ano, as águas do lago descendo, abrem passagem a um andor levado por uma procissão o qual leva preso no seu teto um recipiente prateado donde se encontra o corpo do Apóstolo.
Quando se celebra a missa no dia Santo, o próprio Apóstolo Tomé carregando uma tigela (taça), distribui hóstias entre os presentes.
Somente os verdadeiros crentes se beneficiam com elas, pois os não crentes morrerão”.
- Jesus na Ásia-
Existe uma outra história, muito bem contada e com inúmeros detalhes, que nos fala da ida de Jesus para a Índia após a crucificação; mais especificamente para a Cachemira, culminando com o seu túmulo na cidade de Srinagar, no bairro ou subúrbio de Rauzibal Khanyar. O túmulo de Yuz Assaf. O profeta, que realizou diversos milagres, vinha de uma terra estrangeira e é também conhecido com Iésu, Issa, e morreu já muito velho no ano de 109 d.C.
Vejamos o que nos informa os escritores David Caparelli e Píer Campadello em seu livro “Templários – Sua Origem Mística” (Ed. Medras)
“Segundo Mirza Ghulam Ahmad, fundador da seita “Ahmadiyya”, Jesus morreu naturalmente e não ascendeu como ser vivo. Mirza realizou uma vasta pesquisa publicada após sua morte, com o nome de Izalah Auham, em que compara a Bíblia ao Alcorão Sagrado, dizendo que Jesus escapou da morte amaldiçoada da crucificação, devido à vontade Divina; depois, foi tratado e alimentado pelos seus discípulos, saindo secretamente da Palestina em busca das tribos perdidas de Israel rumo a Cachemira, na Índia, onde morreu.” Um discípulo de Mirza, chamado Khalifa Noor ud Din, que viveu em Cachemira, informou-o de que existia na cidade de Srinagar uma tumba que os locais diziam ser do profeta Yuzu Asaph, vindo de terras longínquas muito tempo atrás para pregar sua doutrina.”
“Investigações posteriores de Mirza comprovaram que Yuzu Asaph era Jesus. Nas suas pesquisas, Mirza menciona, ainda, o local do sepulcro conhecido como Rozabal, situado em Anzimar, Khanyar Srinagar, capital de verão de Cachemira, e fornecendo sua localização e uma longa lista de referências persas e árabes, que tratam sobre a vida de Jesus no Oriente, minuciosamente verificada pelo professor Fida Hassnain”.
Existem muitos escritores que afirmam que o “Graal” nada mais seria do que os restos mortais de Jesus, descobertos pelos Templários quando das suas escavações sob o Templo de Salomão em Jerusalém, transportados para a ilha de Chipre e posteriormente para a França onde desapareceu com os tesouros acumulados pelos mesmos, bem como dos seus conhecimentos registrados em pergaminhos quando do expurgo da Ordem em 1307.

No próximo artigo abordaremos diversos outros locais onde poderia estar escondido o Santo Graal.
O mistério continua, o que será o “Santo Graal”? Onde ele estaria localizado?

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